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segunda-feira, 26 de maio de 2008

UM SOTAQUE AMEAÇA A FLORESTA




Publicado no JORNAL DO BRASIL em 28 de maio de 2008

Todos desconfiam que um sotaque ameaça a floresta. Eu diria que um Mangaba com sotaque de Unger ameaça o Brasil. Mangabeira Unger, representante da grife de Harvard no governo de Mr. Lula, está pronto para dar sequência as suas idéias experimentalistas.

Desta vez não se trata de confisco de poupança, mas sim, de acabar com o verde pendão da esperança que sobrevive heroicamente nas florestas da Amazônia brasileira.

Que o atual vice-presidente da República, José Alencar, ache o Mangaba um gênio, não é nada estranho.

De volta ao passado, até hoje niguém compreende porque o Leonel Brizola escolheu o "gênio" Unger para ser o seu principal assessor nas campanhas à presidência da República em 1989 e 1994. Brizoola perdeu as duas.

Em 1998 e 2002, o "gênio" Unger assessorou o candidato Ciro 'Collor' Gomes. Ciro perdeu as duas.

Por fim, depois de dizer em alto e bom som que o Lula tinha o governo mais corrupto de todos os tempos, foi chamado para participar do banquete experimental do PT.

Ser considerado gênio pelo Lula também não causa espanto nenhum.

A briga entre o Mangaba e o Minc terá como único vencedor o amigo do Lula, governador Blairo Maggi, o "agronegocista" que planta soja até nos Andes.

Vivemos numa terra de gênios da malandragem.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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JORNAL DO BRASIL, 25 DE MAIO DE 2008

Sete Dias

Um sotaque ameaça a floresta

Augusto Nunes


"Esse moço é um crânio!", derramou-se o vice-presidente José Alencar depois de meia hora de convívio com Roberto Mangabeira Unger. Mineiro sabido, nem pediu a algum intérprete que o ajudasse a decifrar o palavrório asfixiado pelo sotaque de quem foi transferido de Boston para Brasília sem escalas num curso de português. Para reconhecer um gênio, Alencar não precisa saber o que pensa [...]LEIA MAIS ...

sábado, 24 de maio de 2008

JEFFERSON PÉRES, um defensor da ética na política



Publicado no O GLOBO em 24 de maio de 2008

Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO em 24 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

Jefferson Péres não morreu! É impossivel aceitar tal absurdo.

Para mim, e tenho certeza que para a maioria dos brasileiros, ele apenas pediu um tempo para ficar longe de nós. Ele estará sempre ollhando atentamente o plenário do Senado Federal.

Será muito triste para todos nós ficarmos sem a presença forte e franzina deste grande homem público. Ele não fazia nada de inusitado.

Entretanto, chamava a atenção de todos porque cultivava dentro de si um hábito estranho à maioria dos seus colegas de parlamento: a honestidade.

Nunca tive o prazer de estender a mão e cumprimentar Jefferson Péres, mas a sua partida doeu fundo no meu coração


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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O GloboO, EDIÇÃO DO DIA 24.05.2008

Um defensor da ética na política

BRASÍLIA e MANAUS. Com pouco mais de um metro e meio de altura, o senador
Jefferson Péres (PDT-AM) tornava-se um gigante ao defender a ética na política.


Nos últimos tempos, porém, já não disfarçava o desencanto com os rumos do
corporativismo no Congresso e chegou a anunciar, da tribuna, a disposição de não se candidatar mais quando terminasse, em 2010, seu mandato — o segundo que exercia como senador.

Péres morreu na manhã de ontem de infarto, aos 76 anos, em sua casa em Manaus. O
corpo de Péres está sendo velado no Centro Cultural Palácio Rio Negro, no centro da capital do Amazonas. O enterro está marcado para as 16h em Manaus (17h em Brasília), no Cemitério São João Batista.

Durante a sua vida legislativa, Péres foi uma pedra no sapato de todos os parlamentares que enfrentaram problemas de decoro. Relatou, por exemplo, o processo de cassação do então senador Luiz Estêvão, o primeiro a ser aprovado na história da Casa, em 2000. Chegou a disputar a presidência do Senado contra o então poderoso Jáder Barbalho (PMDB-PA), que venceu a eleição, mas logo foi obrigado a renunciar ao mandato diante de denúncias de corrupção.

No ano passado, durante os dois processos enfrentados pelo então presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), sofreu ameaças veladas de retaliação por ter sido um dos primeiros senadores a defender publicamente o afastamento do colega do comando da Casa. Mas a cruzada de Péres pela moralidade nem sempre foi bem vista por seus colegas.

Alguns adversários chegaram a chamá-lo de “falso vestal”.

Mesmo desiludido, Péres não hesitou em cobrar satisfação de dois companheiros de
partido: o atual ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em razão de denúncias de que estaria usando a pasta para favorecer aliados do PDT e da Força Sindical, e o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho, sob suspeita de envolvimento no desvio de verbas do BNDES. Foi voz isolada ao pedir que a cúpula do PDT tomasse uma posição e chegou a sugerir o afastamento de Paulinho até a conclusão da investigação.

A notícia da morte deixou consternados políticos de todos os partidos e até mesmo desafetos. Lupi divulgou nota referindo-se a Péres como “homem de uma envergadura moral ética singular, que sempre se destacou na defesa intransigente do Brasil”. Lembrou, ainda, que no Congresso Péres “travou batalhas inesquecíveis, colocando sempre em primeiro plano seu amor e sua ferrenha defesa aos princípios básicos da ética política”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também divulgou nota solidarizando-se com a família Péres e destacando sua trajetória política na “defesa intransigente da democracia e da ética”. Para Lula, Péres “sempre procurou guiar-se pelo que julgava ser o interesse público, mesmo nos momentos de divergências com o governo".

— Era um homem correto, extremamente correto e dedicado às causas de interesse
do Brasil — disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), lembrou, num discurso emocionado, o apoio de Péres à luta pela recuperação da credibilidade do Legislativo.

— Ninguém como ele superou a defesa da democracia em seus pronunciamentos.

Ele esteve sempre voltado para a defesa do Senado, das prerrogativas da Casa. Ele era um dos primeiros senadores que se levantavam na defesa deste Senado.O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), decretou luto oficial por três dias noestado.

Para ele, Péres foi um marco na ética da política nacional.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lamentou em nota assinada por seu
presidente, Mozart Valadares Pires: “Símbolo da independência política, Péres lutoupela democracia durante todo a sua carreira com uma postura ética irrepreensível que serve de exemplo para gerações atuais e futuras”.

— Foi um homem público devotado às causas que abraçou, tanto em sua proeminente
vida parlamentar como na sua vida de advogado.

Deu ao Senado, ao Amazonas e ao Brasil o melhor de seu intelecto. Será uma sentida ausência em nosso plenário. Estou triste — disse o senador José Sarney (PMDB-AP).

De Budapeste, o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), de quem Péres foi vice na
chapa que disputou a Presidência da República em 2006, escreveu em nota: “Com o
seu falecimento, morre também a moral da política brasileira”.

— Ele era a consciência crítica de todos nós — resumiu o senador Pedro Simon
(PMDB-RS).

A ex-senadora do PSOL Heloísa Helena foi a primeira a chegar ao velório. Ela estava em Brasília e voltava para Alagoas. No aeroporto soube da morte do amigo e decidiu mudar o roteiro.

Um dos últimos políticos a conversar com Péres, na viagem de Brasília a Manaus na tarde de quinta-feira, o senador Arthur Virgílio (PSDBAM) contou que o encontro durou 40 minutos: — Ele parecia e estava absolutamente bem.

Para Virgílio, Péres foi um dos melhores senadores que o Amazonas deu ao Brasil:

— Ele tinha um senso de justiça extraordinário, um homem com profundo conhecimento da política.

De acordo com a assessoria do senador, nos últimos três meses ele apresentou um leve quadro de hipertensão, mas nada que chegasse a preocupar seus médicos nem a si mesmo. O senador nunca precisou se submeter a qualquer cirurgia.

Jefferson Péres deixa Marlídice, com quem estava casado há 40 anos, e três filhos: Ronald, de 39 anos, advogado e procurador do Amazonas; Roger, de 34, administrador de empresas; e Rômulo, de 32, também advogado e procurador.

Péres será substituído por seu primeiro suplente, o também pedetista Jeferson Praia — que atualmente é secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Manaus.

A VOLTA DA CPMF


CHARGE - Cotidiano - Conversa que não houve entre Lula e Artur Vrigilio

Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO em 24 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

Concordo plenamente com a leitora Izabel Avallone, quando diz que em 11 anos de CPMF, supostamente criada para melhorar a Saúde Pública, nada foi feito. Usaram o dinheiro arrecadado para todo o tipo de politicagem.

Pelo estado deplorável em que se encontra o sistema de Saúde Pública percebe-se que a CPMF foi uma lamentável idéia de alguns visionários, e muitos oportunistas, que foi mantida pelos petistas.

Pelo visto, a CPMF que foi derrubada no Congresso Nacional pelos seus criadores, está fazendo falta aos oportunistas que se apossaram dos cofres públicos no Brasil. Alguns já declararam que a CPMF atualmente não faz falta, mas poderá fazer algum dia. Essa grande cretinice é inacreditável, mas é verdade.

Lula não quer trancar cofre nenhum. A única coisa que interessa ao governo é a manutenção do 'sistema petista' de distribuição de renda para efeitos eleitorais.

O resto é mentira.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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O Globo, EDIÇÃO DO DIA 23.05.2008.

A volta da CPMF


Por mais que a base aliada e o presidente Lula insistam em dizer que não há dinheiro para a saúde, ninguém acredita. O que foi feito com a dinheirama arrecadada nos 11 anos de vida da extinta CPMF? A saúde só piorou, portanto, nenhum brasileiro confia em nenhum argumento político e, muito menos, em promessas, ainda mais vindas do Palácio do Planalto. Presidente Lula, use a receita que o senhor gosta de dar às donasdecasa. Tranque o cofre e use o dinheiro público como se ele fosse seu. Tenho certeza de que o senhor fará muito pelo país e ainda sobrará dinheiro em caixa. Pense na mágica que todos os brasileiros fazem com seus míseros salários para sustentar o governo e ainda pagar para ter saúde, educação e segurança, um dever do governo que há muito tempo foi esquecido.
IZABEL AVALLONE (por e-mail, 22/5), São Paulo, SP

MAIS UMA CPI QUE ACABA EM PIZZA



Comentário sobre a noticia:

A baixaria política na Casa da Mãe Joana, continua a pleno vapor. A Suprema Corte concedeu ao espião da casa Civil, Aparecidos Nunes, o direito de mentir ou ficar calado.

Esta decisão da justiça não causa nenhum espanto. Algum tempo atrás, um membro da "mais alta corte de justiça", colocou em liberdade um banqueiro que havia dado um golpe de bilhões de reais no sistema financeiro desta inacreditável Casa da Mãe Joana. O grande jurista que assinou esta façanha alegou que todo ladrão tem o direito de fugir. Diante disso, o banqueiro ladrão, Salvatore Cacciola, posto em liberdade, fugiu.

No Congresso Nacional da Casa da Mãe Joana, senadores e deputados, histéricos e mal educados, aos berros, interrogaram o assessor de um senador, André Eduardo, o receptor da bisbilhotagem feita pelo espião que não veio do frio, mas parece ter vindo das págínas do 'orkut'.

Congressistas de ambos o sexos, como fazem desde o tempo da CPI dos mensaleiros, por ocasião do interrogatório das testemunhas e indiciados, descarregaram em cima dos mesmos todas as suas neuroses da vida cotidiana, transformando aquela audiência investigativa em verdadeira terapia de grupo. Depois de muita baixaria, os "ilustres" membros da CPI chegaram a conclusão de que todos, indiciados e testemunhas, estão mentindo.

Como ninguém pode ser preso, nem precisa falar a verdade, a oposição resolveu dar o sinal verde para o encerramento da grande farsa que fingia investigar os gastos com cartões corporativos, e descobrir o responsável pelo vazamento do dossiê na Casa Civil.

A presidente da CPI, com uma agilidade espantosa, encerrou a sessão onde o folclórico personagem do universo 'orkutiano', Aparecido Nunes, estava lavrando os seus 'scraps'. Para quem conhece as entrelinhas das negociatas entre Legislativo e Executivo, a atitude da senadora foi um sinal claro de que um grande acordão acabara de ser feito.

Em clima de curiosidade, o povo aguarda o anúncio do final de mais essa grande sem-vergonhice na Casa da Mãe Joana.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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JORNAL DO BRASIL, 20 de maio de 2008

CLIQUE AQUI PARA LER... Espião consegue apoio do STF e ficará calado

Depois da surpreendente punhalada que fere fundo, o afago que afoga dores...



Publicado no JORNAL DO BRASIL em 20 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

Concordo com o Augusto Nunes. No Palácio do Planalto localiza-se a floresta dos afagados e afogados. Lula é o rei dessa selva repleta de cipós que se enroscam na falsidade de um sorriso.

A mão que afaga é a mesma que crava a espada. A lista de vítimas é enorme. Lula deve passar as madrugadas imaginando as maneiras mais sutis de se trair alguém. Ele é mestre no assunto.

Os eleitores foram afagados com os discursos éticos e morais do candidato petista. Com o decorrer do tempo todos foram friamente afogados. Para que a desilusão não fosse uma unanimidade nacional, a parte mais pobre dos afagados passou a receber bolsas de consolação. Um afago diabólico dado ao afogado que agoniza.

Mas Lula sabe muito bem que ninguém se equilibra durante muito tempo na aresta vertiginosa da ilusão. Assim sendo, ele descobriu que o único jeito é engatar uma mentira com a outra, formando um grande exército de afagados e afogados.

Os eleitores, os ideais do PT, e todos os auxiliares que poderiam atrapalhar os seus novos negócios, pasaram a fazer parte ativa destes afogamentos em série. Marina Silva quando percebeu que iria ser afogada nas águas podres do pãntano lulista, tirou um salva-vida da sua consciência, e não se afogou.

Mas podem estar certos de que o Lula já estava há muito tempo de olho num auxiliar do Cabral, não do Cabral que descobriu o Brasil, mas o Cabral governador do Rio de Janeiro.

O histórico do Carlos Minc, o ecologista de Ipanema, parece ser o de um homem que adora ser afagado. Só falta saber se o mesmo saberá usar o salva-vida a tempo.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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JORNAL DO BRASIL - 18 de maio de 2008

Sete dias - A floresta sem pai nem mãe

Augusto Nunes


Depois da surpreendente punhalada que fere fundo, o afago que afoga dores, cauteriza feridas e sufoca revides. O presidente Lula recorreu de novo a essa fórmula, testada com freqüência crescente desde janeiro de 2003, para enfraquecer ainda mais a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sem se expor ao risco de ver fora do governo uma figura mundialmente admirada como defensora da Amazônia.

"O companheiro Mangabeira vai ser o coordenador dos trabalhos", informou Lula ainda no meio do discurso que celebrou o lançamento do Plano Amazônia Sustentável. Era a punhalada: até aquele momento, a ministra acreditava que o posto lhe pertencia. "Mas ninguém tira de você, Marina, a idéia de ser a mãe do PAS", consolou o orador. Era o afago, sublinhado pelo sorriso confiante de quem está até cansado de tanto vencer.

Marina reagiu ao recado com o sorriso sem luz de quem enfim se cansara de perder. Compreendeu que, antes de ser promovida a mãe de sigla, perdera a guarda do filho para o ministro Mangabeira Unger, um sotaque à caça de idéias. Era o beijo da morte, constatou. Lula não percebeu que fora longe demais.

"Estou casado há 34 anos, e tenho uma relação política com Marina Silva há 30", diria com voz de espanto na terça-feira, cinco dias depois do desastrado improviso, um Lula atônito com a demissão da acreana franzina e valente que conheceu quando o PT nem nascera. A carta de despedida atesta que não há diferenças relevantes para a jovem discípula de Chico Mendes e a remetente. Quem mudou – e muito – foi o destinatário.

O Lula do século passado não dava um pio sobre questões ambientais sem consultar a companheira que nascera no meio da mata, começara a alfabetizar-se já adolescente, resistira a todas as doenças da selva, sobrevivera como empregada doméstica e chegara ao Senado com pouco mais de 30 anos. O novo Lula reduziu a estorvo o que já foi oráculo.

Marina talvez devesse ser menos teimosa, sugere um ligeiro balanço da gestão. Lula certamente não deveria ser tão flexível, sabem até as sucuris de quartel. O chefe do PT que ouvia Marina é o chefe de governo que ouve Blairo Maggi. A ministra ama a Amazônia, embora não saiba com clareza como defendê-la. O governador de Mato Grosso odeia a floresta, e sabe como destruí-la. "A crise dos alimentos só será resolvida com a derrubada de árvores", receita o terror das matas.

"Se deixar, ele planta soja até nos Andes", preveniu Carlos Minc horas depois de aceitar o convite para instalar-se no gabinete que Marina desocupou. Lula garante que Maggi, além de bom companheiro, é homem sensato. "Ele saberá conciliar o agronegócio com a preservação do ambiente", ilude-se. Abalado pelo contra-ataque, o presidente decolou rumo à estratosfera.

"A companheira Marina se foi, a política ambiental continua", viajou. Que política? A que entrega imensidões territoriais aos índios de Roraima ou a que mata de desnutrição as tribos de Rondônia? A que combate a devastação no Pará ou a que não enxerga nem ouve as motosserras de Mato Grosso?

E quem será o pai da sigla sem mãe? Carlos Minc, que desconhece a Amazônia? Ou Mangabeira Unger, que finge conhecê-la? Talvez seja melhor deixar o PAS na orfandade. Serão bem maiores as chances de não acabar perdido na floresta.

CARLOS MINC, O ECOLOGISTA DE IPANEMA



Comentário sobre a notícia:

Mais um aposentado no governo. Carlos Minc se aposentou aos 51 anos, com pensão equivalente a 42% do salário de parlamentar.

Mesmo que não resolva os atritos que as obras do PAC da ministra Dilma tem com a preservação ambiental, o novo ministro poderia dar uma ajuda aos anseios dos aposentados do INSS, que lutam para ter o mesmo aumento dado ao salário mínimo.

Segundo estou sabendo, o Minc se aposentou muito cedo porque ficou com receio de não ter outra maneira de faze-lo.

O cidadão brasileiro só se aposenta pelo INSS porque descontou a vida inteira nos seus contra-cheques tantos por cento sobre o número de salários mínimos que recebia.

Entretanto, ao se aposentar, ele descobre que o aumento no salário-mínimo só valeu na hora em que ele recolhia a sua contribuição mensal. Aposto que o novo ministro do Meio-Ambiente não tem esse problema.

Proporcionar uma velhice digna ao ser humano é a maneira mais maravilhosa, moral e ética de se preservar o meio-ambiente.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


CLIQUE AQUI PARA LER ..."Defesa do meio ambiente projetou Minc"

EROTILDES, O CIDADÃO


FOTO: O encarregado do almoxarifado central da Faetec, Erotildes Alves de Moura

Comentário sobre a notícia:

No dia 14 de maio de 2008, o Globo colocou a seguinte manchete : NOTÍCIAS DE CORRUPÇÃO. Isso é o que classifico como informação de Utilidade Pública.

Poderia ser criada no Globo uma coluna com o título 'COLUNA DO EROTILDES', tendo como sub-título 'Notícias de Corrupção', em homenagem ao Erotildes Alves de Moura, o encarregado do almoxarifado central da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), que denunciou ao MP uma compra superfaturada.

Estou feliz por ter tomado conhecimento da existência de um brasileiro possuidor de tamanha envergadura ética e profissional.

Erotildes, você é o cidadão.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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O Globo, EDIÇÃO DO DIA 16.05.2008


Funcionário já tinha feito acusação antes

'Agora vou até o fim'


Não é a primeira vez que o encarregado do almoxarifado central da Faetec, Erotildes Alves de Moura, de 69 anos, faz denúncias sobre superfaturamento. Isso já havia acontecido no período de janeiro de 1998 a fevereiro de 2001.

— Chegaram a me dizer que as minhas denúncias não dariam em nada. Eu incomodava, pois não aceitava receber o material que não estava com preço justo.

Eu só tenho o ensino fundamental, mas não sou bobo. Não tenho curso superior como esse pessoal que aprende a roubar — diz Erotildes.

Entre 2001 e 2004, ele ficou na Divisão de Patrimônio, para onde foi transferido depois de apontar irregularidades.

Suas denúncias não surtiram efeito. Finalmente, em 2005, voltou para o almoxarifado da Escola de Ensino Industrial.

Há dez anos na Faetec, o encarregado do almoxarifado ganha R$ 1.100 e conta que cansou de ver “coisas erradas” na instituição. Hoje, colegas aplaudem a sua atitude de denunciar:

— Estão dizendo por aí que quero promoção (o presidente da Faetec, Nelson Massini, disse isso).

Que promoção se eu estou indo para a (aposentadoria) compulsória? Em dezembro, faço 70 anos.

Com a experiência de quem já trabalhou na iniciativa privada na mesma função, Erotildes lamenta que existam tantas irregularidades com o dinheiro público:

— Estou cansado de ver roubalheira. Não fui criado com safadeza. Eu sou pobre, mas mantenho a minha dignidade. Estou fazendo isso pelos alunos, pelos meus colegas, pela instituição. A pior coisa é ver a escola precisando de tinta e não haver dinheiro para isso.

Dessa vez, para comprovar suas denúncias, ele tirou cópias das duas notas fiscais superfaturadas que foram parar nas suas mãos.

Além disso, tirou do próprio bolso dinheiro para comprar peças similares às que recebeu no almoxarifado.

Juntou todos os documentos e os entregou ao Ministério Público.

— Agora vou até o fim. O Ministério Público e a polícia estão apurando — conta.

Quando perguntado se não tem medo de sofrer represálias, não hesitou:

— Sou velho e não tenho medo de morrer. Se eu aparecer morto e disserem que reagi a um assalto, investiguem, pois foi execução.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

COM A VERBA PARA PESQUISAS CIENTIFICAS, O REITOR DA UnB COMPROU TRES LIXEIRAS DE R$ 2.738,00 E UM ABRIDOR DE GARRAFAS DE R$ 1.400,00


FOTO: As três lixeiras que viraram símbolo do luxo R$ 2.738,00 no apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava e o abridor de garrafas, de R$ 1.400,00, comprado também pelo magnífico ex-reitor.

FOLHA DE SÃO PAULO
21/05/2008

Desocupado há pouco mais de três meses pelo ex-reitor da Universidade de Brasília Timothy Mulholland, o apartamento então destinado para uso do reitor continua mobiliado com itens de luxo, informam Johanna Nublat e Lula Marques publicada na Folha
Lá estão as três lixeiras que viraram símbolo do luxo R$ 2.738,00. O abridor de garrafas, de R$ 1.400,00 está no fundo de um armário. [LEIA MAIS...]

Comentário sobre a notícia:

TUDO COMPRADO COM DINHEIRO DESTINADO A PESQUISA CIENTIFICA! CONFORME DIRIA O NELSON RODRIGUES: É SÓ !

Veja fotos do apartamento reitor Timothy Mulholland:


FOTO: Sala de TV na cobertura do apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Escritório do apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Sala do apartamento duplex que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Thimoty Mulholland morava


FOTO: Churrasqueira na cobertura do apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Cozinha do apartamento duplex que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Copa e cozinha do apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Piscina e hidromassagem para 7 pessoas na cobertura do apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava


FOTO: Banheiro da suíte do casal no apartamento que o ex-reitor da UNB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland morava

quarta-feira, 14 de maio de 2008

MARINA SAIU


FOTOS JB - CHARGE DO IQUE NO JORNAL DO BRASIL

CLIQUE AQUI ... Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO - em 15 de maio de 2008

Publicado no JORNAL DO BRASIL em 15 de maio de 2008

Publicado no O GLOBO em 14 de maio de 2008

Cometário sobre a notícia:

Enfim, aconteceu o que tinha que acontecer: Marina Silva entregou o seu pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É muito difícil imaginar uma pessoa que tenha valores morais inabaláveis conviver pacificamente com a politicagem de grande parte dos auxiliares de Lula.

Marina Silva entrou em conflito com a Casa Civil e o setor da Agricultura, ao defender a proteção ambiental contra a selvageria dos grupos econômicos que trocam a devastação das florestas por dinheiro vivo.

Conforme Marina Silva sempre disse, ela 'pode perder a cabeça, mas não perde o juizo'. Eu diria que Marina Silva pode perder o cargo mas não perde os seus ideais, nem a sua honestidade.

Lula perdeu tudo isso.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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FOLHA DE SÃO PAULO, 13 de maio de 2008

PENSATA

Sapos amazônicos

Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997


Lula se disse surpreso com a decisão de Marina Silva de abandonar o barco e o governo. Como sempre, disse que não viu nada, não sabia de nada, nem que a ministra do Meio Ambiente estava cansada de engolir um sapo amazônico atrás do outro. O pedido de demissão era só questão de tempo. Foi agora. [...]LEIA MAIS ...

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ESTADO DE SÃO PAULO, 13 de maio de 2008, 20:16

Veja íntegra do carta de demissão de Marina Silva


Pedido foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva [...]LEIA MAIS...

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ESTADO DE SÃO PAULO, 14 maio de 2008

Titular do Meio Ambiente se sentiu desprestigiada


Gota d’água foi Mangabeira no conselho [...]LEIA MAIS ...

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JORNAL DO BRASIL, 14 de maio de 2008

Marina manda levar carta a Lula e deixa o governo


Irritada, ministra sequer despede-se do presidente. Minc, sondado, pode recuperar espaço do Rio no governo federal, mas Jorge Viana também é cotado [...] LEIA MAIS...



O Globo EDIÇÃO DO DIA 14.05.2008

EDITORIAL

Discurso e prática


A senadora Marina Silva foi o primeiro nome anunciado pelo presidente Lula para o Ministério, em 2002. Estava dado, assim, um recado: a complexa questão do meio ambiente seria tratada com seriedade pelo governo, pois a escolhida gozava de grande prestígio no país e no exterior.

Mas uma coisa é discursar no Senado, com o apoio de movimentos ambientalistas. Outra, sentar na cadeira de ministro e administrar os múltiplos interesses em jogo, num país que precisa preservar os recursos naturais, mas sem deixar de explorá-los, e crescer economicamente.

Logo surgiram problemas com grupos radicais incrustados no seu Ministério, que se constituíram em obstáculo a projetos essenciais de geração de energia, entre outros. E começaram os embates dentro do governo, o principal com Dilma Rousseff, desde quando esta era ministra da Energia e depois da Casa Civil. O problema inicial foram as licenças ambientais para uma das principais obras do PAC — as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, cuja liberação exigiu a intervenção do presidente Lula.

Marina não teria digerido a decisão de Lula de encarregar Mangabeira Unger, da Secretaria Especial das Ações a Longo Prazo, de formular uma política para a Amazônia, o que resultou na decisão de entregarlhe a gestão do Plano da Amazônia Sustentável (PAS). Marina ousou, ainda, criticar abertamente os biocombustíveis, tema freqüente nos discursos presidenciais. Antes, entrara em rota de colisão também com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao culpar o agronegócio pela expansão dodesmatamento da Amazônia entre agosto e dezembro de 2007, ocasião em que deixou transparecer algum ranço ideológico. Os dados sobre a destruição foram uma grande derrota política para a ministra, por sugerir que sua gestão não tinha de fato conseguido conter a ocupação irracional da Amazônia.

A trajetória de Marina fascina.

Ex-seringueira, alfabetizou-se no Mobral, fez supletivo, aos 26 anos formou-se em História. Símbolo da luta pela ecologia, fundou a CUT no Acre, ao lado de Chico Mendes. Ela se despede do governo sem arranhar a imagem de dignidade. O desfecho de sua gestão, porém, evidencia a distância entre o discurso fora do poder e a ação administrativa e política como ministra. Um caso típico da insuficiência das boas intenções.

terça-feira, 13 de maio de 2008

APOSENTADOS



Pulbicado no Estado de São Paulo em 13 de maio de 2008

Publicado no JORNAL DO BRASIL em 14 de maio de 2008

Comentário sobre os Aposentados:

Sempre que acabo de ler alguma notícia sobre os Aposentados, cada vez mais acredito que aposentadoria aqui no Brasil não é simplesmente um momento na vida do trabalhador. Ela é uma arte que exige muito malabarismo e sangue frio por parte do trabalhador que passou a vida inteira equilibrado na aresta vertiginosa dos sucessos e insucessos do seu trabalho.

Tenho certeza que os traidores da classe trabalhadora que assumiram o poder com o Lula vão achar todas as artimanhas possíveis para achatar cada vez mais a aposentadoria do trabalhador brasileiro. Dentro de pouco tempo os aposentados deverão estar com suas aposentadorias totalmente defasadas e cheios de dívidas consignadas.

O projeto que estende o reajuste do salário mínimo a todas as faixas de aposentadorias pagas pelo INSS, do petista Paulo Paim, que não aceita o cabresto do Lula, foi aprovado no Senado e rejeitado na Câmara.

Os ministros da área econômica encontram fontes de receita para tudo o que é projeto eleitoreiro, sobram verbas bilionárias para a corrupção, mas para os trabalhadores aposentados não existe um tostão siquer.

Parece até que o aposentado nunca trabalhou durante toda a vida, nem contribuiu para os cofres da Previdência. No governo lula, aposentadoria para o trabalhador, é palavrão.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

sábado, 10 de maio de 2008

CLAMOR PÚBLICO


FOTOS do Estado de São Paulo: Pai e madrasta de Isabella são presos; tumulto na delegacia

CLIQUE AQUI ... publicado na Folha de São Paulo em 11 de maio de 2008

Publicado no ESTADo DO SÃO PAULO em 10 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

O promotor Francisco Cembranelli, que denunciou por assassinato o pai e a madrasta da menina Isabella, nas centenas de entrevistas em que apareceu, sempre citou como causa principal da sua ação, o forte clamor público por justiça.

Parabenizo o mesmo pelo ineditismo desta preocupação com a opinião pública. Um promotor com estas idéias é que está faltando nas investigações sobre a roubalheira no Brasil.

Todo o dia existe um clamor de revolta popular para que os ladrões dos cofres públicos sejam jogados na cadeia como aconteceu com o casal Nardoni.

Os ladrões do dinheiro público assassinam milhares de Isabellas quando roubam as verbas da Saúde Pública e da Educação.

O trágico dessa história é que nunca ouvi nenhum promotor, juiz, ministro, Presidente da Repúlica, dizer que os ladrões precisavam ir para a cadeia para que fosse dada uma resposta firme à opinião pública.

Pelo visto, o clamor público não atinge os ladrões e assassinos de colarinho branco.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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JB - 09 de maio de 2008

Promotor diz que torceu pela inocência do casal


O promotor Francisco Cembranelli, que denunciou formalmente à Justiça o pai e a madrasta de Isabella, como acusados pela morte da menina, afirmou ontem que chegou a torcer para que o casal fosse inocente.[...]LEIA MAIS ...

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Caso Isabella: promotor diz que agiu como advogado

Portal Terra - 09/05/2008


SÃO PAULO - O promotor Francisco Cembranelli, que denunciou formalmente à Justiça Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, afirmou que agiu muitas vezes como o advogado do próprio casal [...]LEIA MAIS ...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"OPOSIÇÃO"


VIDEO - PROGRAMA DO JO SOARES ! SENADOR É ESCULACHADO PELA MINISTRA DILMA ROUSSEFF

Quinta-feira, 8 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

Depois de assistir ao lamentável comportamento dos parlamentares que fazem parte da "oposição", no interrogatório da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o brasileiro descobriu porque o Lula tem mais de 60% de aprovação nas pesquisas.

A maioria dos senadores e deputados dos partidos que são contra o governo nunca foi oposição de nada. Oposição para eles sempre teve como meta uma agregação vantajosa ao executivo.

Conforme diria Leonel Brizola, se vivo fosse, são todos "filhotes do poder".

Somente depois da eleição do Lula em 2002 eles descobriram que um dia teriam que ser oposição, e representar os anseios políticos de uma eventual minoria. A oposição atual está dominada por velhos caciques que não inspiram a mínima confiança ao eleitor que não está de acordo com o governo. Diante deste quadro, triste e melancólico, o brasileiro prefere ficar com quem está no poder.

Seria bom para o Brasil que neste momento surgisse na Câmara e no Senado, um movimento de rebelião entre os parlamentares que são contra o governo, e estão com os seus direitos de agir cerceados pelas velhas oligarquias que dominam a atual "oposição" no Congresso Nacional.

A reforma política que deverá ser feita nesse país terá que começar na mudança do comportamento dos oposicionistas que transformaram o parlamento num balcão de negócios.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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O Globo EDIÇÃO DO DIA 08.05.2008

Agripino apela e é criticado até por seu partido


Gerson Camarotti

BRASÍLIA. Com a intenção de pressionar a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), constrangeu os colegas e fortaleceu a ministra quando citou, no início do depoimento, uma entrevista dela, de 2003, na qual admite que mentiu muito para sobreviver, quando foi presa pela ditadura. A citação de Agripino pôs Dilma em posição de vítima e desarmou a oposição.

Em resposta emocionada, ela disse que foi barbaramente torturada e que se orgulhava de ter mentido para salvar companheiros, sendo aplaudida.

Antes da fala inicial de Dilma, Agripino pediu a palavra.

— Numa entrevista que deu, em 2003 (...), vossa excelência refere-se ao estado de exceção, ao qual também combati. Lhe perguntaram que lembrança a senhora guardou dos tempos de cadeia. Na resposta, vossa excelência contou: “Nos depoimentos a gente mentia feito doido.

Mentia muito, mas muito”. Me tocou sua sinceridade. Claro que vossa excelência mentia para sobreviver — disse, sugerindo que a ministra poderia faltar com a verdade novamente.

Numa resposta dura, com a voz embargada, ela disse que são situações muito distintas: — Não é possível supor que se dialogue com pau-de-arara ou choque elétrico. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira — disse Dilma, emocionando a platéia: — Eu tinha 19 anos. Fiquei três anos na cadeia. E fui
barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais.

Entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador

Porque mentir na tortura não é fácil. Na democracia se fala a verdade. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira. E isso, senador, faz parte e integra a minha biografia, de que tenho imenso orgulho. E completou: — Agüentar tortura é dificílimo. Todos nós somos muito frágeis, somos humanos, temos dor, a sedução, a tentação de falar o que ocorreu. A dor é insuportável, o senhor não imagina o quanto.

Criticado, Agripino reagiu: — Fui mal interpretado. A ministra adotou uma postura de esperteza emocional para desviar do assunto principal, que é a truculência na elaboração do dossiê com elementos de um Estado policialesco. Tudo o que eu queria era esclarecer o assunto.Se algo que coloquei desviou o foco, não hesitaria em retirar.

Mas nem o DEM o perdoou.

— O Agripino me perguntou se a fala dele tinha sido ruim.

Eu respondi que foi péssima.

Ele só podia estar dopado — lamentou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

"INVESTIMENTI GREIDI"


VIDEO: Discurso do Lula, no nordeste, para o Collor, Renan Calheiros e outros fãs

Publicado no JORNAL DO BRASIL em 10 de maio de 2008

Comentários sobre a noticia:

O show do Lula continua pelo Brasil afora. O mote atual dos comícios é a expressão 'investment grade'.

O presidente explicou para a platéia de fãs lá em Manaus, que 'investment grade' é o nome que os gringos dão para o bom pagador.

O Lula tem toda a razão !

Pagamos toda a Dívida Externa sem siquer olharmos o porque das despesas.
E olha que o Partido dos Trabalhadores passou a vida inteira exigindo uma auditoria naquelas contas à pagar.

Esse 'investment grade' que o Standard & Poor's nos deu, presidente Lula, é a maior "sacanagem pura" de todos os tempos.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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06/05/2008 - 12h52

Moody's aponta dívida pública como principal razão para manter rating do Brasil

da Folha Online

A agência Moody's apontou a dívida pública brasileira como um dos principais empecilhos à melhora na avaliação do rating soberano do país) (nota de risco de crédito), em seu relatório anual sobre o Brasil divulgado nesta terça-feira [...]


LEIA MAIS ...

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O Globo EDIÇÃO DO DIA 07.05.2008.

Lula afirma que acusações de países ricos ao etanol são 'sacanagem pura'


'Pode vir dólar, euro, iene que o povo não tem preconceito', diz, sobre nota da
S&P

Chico de Gois Enviado especial

MANAUS. O tema foi o mesmo e, mais uma vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom das críticas aos que classificam o programa brasileiro de biocombustível de prejudicial à oferta de alimentos. Desta vez, o presidente usou expressões como “sacanagem pura” e “malandragem pura” para atacar os países ricos que, em sua opinião, são palpiteiros e tratam equivocadamente o Brasil como coitadinho.

Em tom de desafio, ele disse que o Brasil não precisa de conselhos e, se precisar, pedirá.

As declarações do presidente foram dadas durante entrega de obras de urbanização de uma área de igarapés em Manaus, que custaram R$ 24,6 milhões.

— É preciso que o mundo aprenda uma lição. O Brasil já não é mais um coitadinho. Já sabe andar com suas próprias pernas. Já sabe enxergar com seus próprios olhos, e não queremos mais que palpiteiros venham aqui dizer o que a gente tem de fazer. Quando a gente quiser conselho, a gente pede.

Quando a gente quiser opinião, a gente pede — afirmou.

Lula disse que “inventaram” que vai faltar alimento no mundo por causa do biocombustível.

E aproveitou para criticar os países ricos.

— Sacanagem pura. Malandragem pura de quem não tem competência para competir com o Brasil. O álcool americano produzido de milho custa mais que o dobro do nosso e produz muito menos; o álcool produzido de beterraba, na Alemanha, produz menos
que o nosso por hectare e é mais caro que o nosso.

O presidente atribuiu o problema da crise de alimentos no mundo ao fato de que mais pessoas estão comendo.

— Esse é um bom problema — classificou, acrescentando que o Brasil é um dos lugares no mundo onde há terra suficiente para plantar. — Eles não sabem que o Brasil adquiriu vontade de ser grande.

Lula voltou a brincar que não sabia o que era o investment grade (grau de investimento), como fizera na semana passada: — O investment grade é aquele cara que paga as coisas bem, e o Brasil virou investment grade porque toma conta do seu nariz, exibe sua política econômica e aquilo que queremos fazer.

Lula disse não estar preocupado se vai entrar mais dólar ou não na economia com o selo recebido pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Mas rechaçou o capital especulativo: — Nós precisamos diferenciar o dólar que vem para investir na geração de empregos e o dólar que vem para investir na especulação financeira. Este da especulação financeira nós temos que banir. Agora, aquele que vem para investir em uma fábrica, nós temos que dizer: pode vir dólar, pode vir euro, pode vir iene, pode vir o que quiser porque o povo brasileiro não tem preconceito contra dinheiro. O nosso preconceito é contra a miséria, contra a pobreza a que o povo está submetido. O nosso preconceito é que este país perdeu quase 50 anos em seu desenvolvimento.

terça-feira, 6 de maio de 2008

PF descobre fraude no BNDES quando investigava uma rede de prostituição. Escutas ligam Paulinho a propina, diz procuradora


VIDEO: JG - PF descobre fraude no BNDES invest. rede de prostituição

Publicado no O GLOBO em 07 de maio de 2008

Pulbicado no ESTADO DE SÃO PAULO em 07 de maio de 2008


Comentário sobre a noticia:

O Paulinho da Força é o mais novo sócio do incrível clube dos que nunca sabem de nada. Ele é também a mais nova vítima das "calúnias" acirradas dos autoritários conservadores, segundo a Força Sindical.

Entretanto, mesmo que seja provado que o deputado Paulinho sabe de tudo, nada poderá acontecer com o mesmo, porque ele tem imunidades parlamentares para saber de tudo, e fazer o que quiser com o tudo que sabe.

A defesa do deputado se baseia na prova da existência de muitos outros Paulinhos espalhados por esse Brasil afora.

Entretanto, a procuradora Adriana Scordamaglia, responsável pelo caso, acha que no contexto geral das investigações, fica evidente que o Paulinho citado nas ligações telefônicas é o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força (PDT-SP).

Resumindo, mesmo que ele seja o Paulinho citado nas ligações, não poderá ir para a cadeia.

E assim caminha o Brasil.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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ESTADÃO - Terça-feira, 6 maio de 2008

NACIONAL

Escutas ligam Paulinho a propina, diz procuradora


Cópia dos autos de inquérito que indica esquema de desvio de verbas do BNDES deve chegar hoje ao STF, a quem cabe decidir se investiga deputado

Fausto Macedo e Luciana Nunes Leal

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ESTADÃO - Terça-feira, 6 maio de 2008

A 'parte do Paulinho' no STF

[...]O Ministério Público Federal requereu a sua prisão preventiva, mas não foi atendido. De todo modo, a origem da lambança está no aparelhamento do BNDES. A nomeação de conselheiros a pedido de políticos cria as condições para a rapina, à revelia dos quadros técnicos da instituição. Na trama de relações escusas que vai se formando a partir daí, um executivo que deu consultoria ao banco e prestou serviços às Lojas Marisa, Boris Timoner, depois obtém dois empréstimos para o grupo, somando R$ 394 milhões. (Ele também teria parte com o financiamento à Prefeitura de Praia Grande.)[...] LEIA MAIS ...



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O Globo EDIÇÃO DO DIA 06.05.2008.

Força: Paulinho é 'vítima de implacável perseguição'

Central sindical, porém, não rebate suspeita de ligação de seu presidente com desvio de recursos do BNDES

Ricardo Galhardo


SÃO PAULO. A Força Sindical divulgou nota ontem em que afirma que o presidente da entidade e deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), é vítima de perseguição política.

A nota não rebate as acusações de que ele estaria envolvido num esquema de liberação de recursos do BNDES, segundo afirmam a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. A Força informa que promoverá manifestações e paralisações em todo o país com o objetivo de reduzir a jornada de trabalho.

“O presidente da Força Sindical está sendo vítima, mais uma vez, de implacável perseguição política, cujo único objetivo é impedir que mantenha, como sempre manteve, sua independência política e sua luta incansável na defesa dos direitos dos trabalhadores”, diz a nota.

No texto, a central diz que o deputado é vítima de calúnias devido ao seu bom desempenho no Congresso. “Estamos enfrentando a oposição acirrada dos autoritários conservadores.

Aqueles mesmos que buscam nosso apoio político e, ao vê-lo negado, não se conformam com nossa independência! A vitória de Paulinho no Congresso, onde se tornou um dos parlamentares mais influentes e um defensor ferrenho dos direitos dos trabalhadores, é um exemplo para todos nós”, diz a nota.

Desde a semana passada o deputado é procurado pelo GLOBO para comentar as denúncias de envolvimento com o grupo que cobrava propinas para intermediar empréstimos do BNDES, investigado pela PF.

— O nome dele é citado mais de uma vez — disse a procuradora Adriana Scordamaglia, responsável pelo caso.

Para PF, o Paulinho citado em gravações é o deputado Segundo ela, embora nas interceptações telefônicas feitas pela PF apareça apenas o apelido, Paulinho, e não haja provas materiais contra ele, outras informações levam a crer que se trata mesmo do deputado.

— No contexto, fica evidente — disse ela.

Paulinho é amigo e foi chefe de um dos principais integrantes do esquema, o lobista João Pedro de Moura, ex-conselheiro do BNDES. João Pedro e o advogado Ricardo Tosto, que também é investigado, foram indicados para o Conselho de Administração do banco pela Força.

Uma das gravações levou a PF a concluir que Paulinho teria participado com três pessoas da partilha de R$ 1,3 milhão, proveniente de uma propina paga pela prefeitura de Praia Grande em troca de um empréstimo de R$ 124 milhões do BNDES.Na sexta-feira, o Ministério Público pediu que uma cópia do inquérito fosse remetida ao Supremo Tribunal Federal. Segundo a procuradora Adriana, o objetivo é que o STF inicie investigação sobre o deputado, que tem direito a foro privilegiado.

Ontem, o GLOBO voltou a procurar Paulinho pelo celular.Um assessor chamado Gil atendeu e disse que o deputado não daria entrevista ontem.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

AS PERDAS NO SETOR AÉREO



VIDEO : 1996 Varig Commercial

Comentário sobre a notícia:

Há mais ou menos uns 10 anos atrás, quando eu via no Aeroporto Tom Jobim, no Rio, os enormes e luxuosos balcões da American e da United Airlines, completamente vazios de passageiros, mas com muitos funcionários sem ter a quem atender, eu ficava sem entender o porque daquilo.

Os balcões da VARIG estavam sempre superlotados. Eu forçava o raciocínio e ficava a meditar no porque os americanos estariam investindo tanto dinheiro naquele aeroporto.

Tempos depois a VARIG faliu, e os balcões das empresas americanas ficaram lotados. Nos dias de hoje eu tenho absoluta certeza que os americanos sabiam que aquilo iria acontecer. Investiram no prejuizo durante um bom tempo.

Diante disso, algumas perguntas me passam pela cabeça:

'Será que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também não sabia que a VARIG iria falir?'

É lógico que sabia, e por agluma razão muito conveniente não tomaram nenhuma providência. Eles sabiam que as empresas americanas, e europeias, estavam prontinhas para servirem aos passageiros brasileiros.

Agora é só esperar a GOL e a TAM fecharem as portas para que o mercado doméstico aéreo fique nas mãos das companhias americanas.

Os céus do Brasil serão a salvação da aviação comercial dos Estados Unidos, e do resto do mundo.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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ESTADO DE SÃO PULO de 05 de maioo de 2008

CLIQUE AQUI para ler sobre ... As perdas no setor aéreo

FALHAS NA REDE ELÉTRICA


VIDEO: Eletricidade - A tensão era muito alta e quando se abriu os - dijuntores - saiu uma faisca

Pulbicado no Estado de São Paulo de 05 de maio de 2008

Comentário sobre a noticia:

É impressionante a liberdade com que as concessionárias de distribuição de energia elétrica transferem para os contribuintes as despesas mais absurdas que aparecem em suas planilhas. Depois de privatizadas, as concessionárias adotaram a política da demissão de funcionários para aumentar a lucratividade.

Os que ficaram não dão conta de fazer a manutençaõ preventiva na rede elétrica, só restando alternativa para as ações corretivas, quando os defeitos causam muitos aborrecimentos aos usuários.

A conta de luz do brasileiro, em qualquer localidade do Brasil, é um exemplo iluminado do capitalismo mais selvagem e imoral que existe na face da terra.

Enquanto tudo isso acontece aqui na Terra, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), confortavelmente instalada em outro planeta, assiste de camarote aos desmandos das concessionárias que ela deveria fiscalizar.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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ESTADO DE SÃO PAULO, 01 de Maio de 2008

Falhas na rede elétrica


As concessionárias de distribuição de energia elétrica que operam na região metropolitana de São Paulo foram multadas, nos últimos dez anos, em mais de R$ 33,5 milhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os autos de infração foram motivados por falhas nos procedimentos de manutenção, desrespeito aos padrões de indicadores de qualidade e faturamento indevido, entre outras causas.

O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo denuncia a falta de investimentos em equipamentos e nos serviços de manutenção. Segundo seus representantes, as empresas teriam reduzido suas equipes de manutenção preventiva e dado preferência às ações corretivas, que teriam custo menor. De acordo com a entidade, quando foi privatizada, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) tinha 3,2 mil funcionários. Hoje, a equipe conta com 1,2 mil profissionais.

A Eletropaulo, a Cteep e a Bandeirante Energia fornecem energia elétrica para a região mais rica do País. A interrupção no fornecimento tem altos custos para as próprias empresas, com reparos e multas, e causa grandes prejuízos para os consumidores, sejam as famílias, seja o setor produtivo.

A Aneel controla a qualidade dos serviços prestados aos consumidores, registrando a duração e a freqüência das interrupções. Nos 24 municípios em que a Eletropaulo atua, por exemplo, cada consumidor sofreu, em 2007, em média, 5,64 ocorrências de queda de energia (consideradas apenas as interrupções acima de 3 minutos e expurgados os dias com "volume atípico" de ocorrências), ficando 8,9 horas sem luz.

O Sindicato dos Eletricitários estima que haja pelo menos um defeito grave nas redes da Eletropaulo a cada dois quilômetros de fios. Há pouco mais de 15 dias, quando duas subestações de energia se incendiaram em Pirituba, na zona norte da capital, e em Guarulhos, na Grande São Paulo, deixando 1,2 milhão de pessoas sem energia, a secretária de Estado de Saneamento e Energia, Dilma Penna, afirmou que a vida útil dos equipamentos em operação em São Paulo já passou dos 30 anos e reafirmou a necessidade de substitui-los. A subestação de Pirituba é da Cteep e a de Guarulhos, da Bandeirante Energia.

As concessionárias asseguram que investimentos altos e constantes são realizados nas suas redes e, ainda que os equipamentos sejam antigos, revisões completas garantem seu bom funcionamento.

A Cteep informa que destina, anualmente, R$ 105 milhões à manutenção das redes de transmissão. Os investimentos anunciados pela Eletropaulo neste ano para expansão, manutenção e renovação do sistema chegam a R$ 550 milhões, sendo 75% utilizados na conservação.

Segundo a empresa, 120 equipes em caminhões e 96 em motocicletas percorrem toda a área de concessão para identificar problemas na rede. Conforme a gerência de Operações da Eletropaulo, nas subestações há checagem constante e inspeções mais detalhadas pelo menos duas vezes por ano.

Fosse tudo isso suficiente, o número de multas aplicadas e as ocorrências de interrupção de energia seriam bem menores. Considerados a dimensão das redes - somente a Eletropaulo tem 38.730 quilômetros de linhas -, o total de consumidores (18 milhões) e o constante aumento do consumo de energia (mais de 5,5% em 2007 na Grande São Paulo), os investimentos estão aquém do necessário.

Reportagem publicada pelo Estado, na sexta-feira da semana passada, mostrou graves falhas de manutenção visíveis para qualquer leigo nas redes instaladas nas ruas da região metropolitana de São Paulo. Cruzetas de madeira que sustentam a fiação estão quebradas, há postes com ferragem exposta e pára-raios danificados, deixando transformadores sob risco. É comum em grande parte dos bairros, principalmente da periferia, faltar energia em dias de chuva, mesmo de fraca intensidade.

A precária manutenção da rede e as constantes interrupções de energia afetam a economia da região e a segurança da população. As concessionárias têm muito a fazer para melhorar seus serviços

Que saudade da belíssima e corajosa primeira-dama Maria Teresa Goulart


FOTO: A PRIMERIA-DAMA MARIA TERESA GOULART AO LADO DE JANGO, DIAS ANTES DA QUARTELADA DE 1964

Comentário sobre a noticia:

O que o Augusto Nunes quis dizer em sua coluna SETE DIAS foi que não existe mais primeira-dama do gabarito de uma Maria Teresa Goulart, esposa do presidente João Goulart.

Depois dela, só mesmo a Dona Ruth Cardoso, que aliás detestava ser mulher de presidente, segundo suas próprias palavras. Entretanto, ela nunca exigiu nenhum favor de FHC.

As outras que existiram, e existem, ninguém sabe o nome das mesmas, nem o que fazem. Aliás, ninguém quer saber, porque todos tem que trabalhar muito para sobreviver.

E só sabemos quando elas aparecem no noticiário da imprensa fazendo alguma coisa nada recomendável, como foi o caso da primeira-dama cearense que obrigou o governador Cid Gomes a levar a sua mãe num passeio turistico na Europa, às custas do dinheiro do povo.

Que saudade da belíssima e corajosa primeira-dama Maria Teresa Goulart.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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Jornal do Brasil, 4 de maio de 2008

SETE DIAS

Augusto Nunes


MARIA TERESA GOULART ­ Supor tou o exílio sem pedir a Jango que chamasse a sogra Tremenda quarta-feira, pressentiu o presidente Lula ao saber da agenda de 1º de Maio.

Estaria longe do serviço em Brasília. Estaria perto de platéias e microfones. Embrulhadas para viagem, promessas de obras do PAC e verbas federais atulhavam o compartimento de carga. E decolaria para a festança política em Alagoas com o índice de popularidade flutuando na estratosfera. Seria uma tremenda quarta-feira.

Em dias assim, Lula sempre retribui a generosidade da Divina Providência com a absolvição de algum pecador companheiro. Foi assim na recente viagem a Pernambuco, onde enxugou lágrimas imaginárias do extorsionário Severino Cavalcanti, condenado por negociatas miúdas a uma temporada no purgatório.

Foi assim no dia seguinte. Grávido de misericórdia, o Grande Pastor absolveu mais um. Ninguém conseguiria abalar a bonita amizade que o liga ao senador Renan Calheiros, avisou. Ao taxiar na pista, Lula já decidira que, em Maceió, absolveria dois injustiçados.

Quando os corações são companheiros, não existem pecados imperdoáveis. Tanto não há que Lula apareceu por lá em companhia do ex-presidente Fernando Collor. Aquele mesmo do episódio Miriam-Lurian. Aquele mesmo do mais medonho insulto sofrido por Lula.

Renan e Collor estavam juntos em Brasília quando aplaudiram, em outubro de 1989, a maior das abjeções eleitorais. Estavam juntos também na quarta-feira, quando festejaram a absolvição de Collor.

E juntos aplaudiram a absolvição do governador cearense Cid Gomes, que escondia sob o terno a faixa de Genro do Ano. Teve peito para conquistá-la. Em fevereiro, anexou a sogra à comitiva completada pela primeira-dama e por dois casais amigos, embarcou a turma no jatinho fretado e foi passear na Europa. Gastou R$ 388 mil numa excursão que ficaria bem mais barata se viajasse sozinho, e em aviões de carreira.

Cid se fez de surpreso com a repercussão da façanha. A idéia nem fora dele, informou. Pauline Carol Habib Moura, a sogra, embarcara por sugestão da primeira-dama, Maria Célia, que enxergou a tempo o fantasma da solidão.

O maridão estaria às voltas com uma agenda estafante. Não tinha tanta intimidade com as companheiras de comitiva.

Poderia levar a mãe?, perguntou a Cid.

Como dizer não?

"Elas têm uma ligação muito estreita, minha mulher tem 29 anos", informou o genro.

A gaúcha Maria Teresa Goulart tinha 21 quando João Goulart se tornou presidente e 24 quando foi deposto. Estava no exílio quando chegou à idade da cearense Maria Célia. Ficou longe da mãe para ficar ao lado de Jango. Nunca pediu ao marido que chamasse a sogra. Pior para Maria Teresa, decidiu Lula.

"Não podemos permitir que um companheiro como o Cid seja mostrado em nível nacional apenas porque atendeu a um pedido da mulher para levar a mãe da mulher", complicou.

"Tem muita coisa mais importante, não que a sogra não seja importante, que ele faz e que não apareceu".

O povo concorda, atestam as pesquisas. Se não esganarem a enteada, se não jogarem a filha pela janela, todos os pecadores merecerão vaga no céu infinito dos bons companheiros.

Será que ninguém da família sente falta do sorriso de Isabella?


FOTO: MADRASTA - ISABELLA - ALEXANDRE, O PAI

Comentário sobre a notícia:

Desde o início das reportagens sobre o assassinato de Isabella que eu percebo o distanciamento frio, e constante, de toda a familia com relação a qualquer sentimento de perda ,ou saudade, da menina.


FOTO: O AVÔ - A TIA - UMA AMIGA DA TIA

O comportamento dos familiares de Isabella dá a impressão que nada aconteceu de muito grave, e ela apenas fugiu pela janela.

Madrasta, mãe, avó, tia, pai, avô, praticamente todos, parecem estar fazendo parte de uma peça teatral absurda, onde ninguém consegue vislumbrar uma lágrima de saudade, ouvir um grito de revolta ou uma palavra de amor.



FOTO: ISABELLA E A MÃE, PASSANDO UM LENÇO PELO ROSTO

Será que ninguém da família sente falta do sorriso de Isabella?

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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Cid Gomes pede desculpa por levar sogra em viagem oficial, mas já havia feito um convênio no valor de R$ 2.356.557,36 com entidade da sogra


FOTO: CID GOMES FAZENDO UMA REFEIÇÃO

Comentário sobre a noticia:

É inacreditável, mas é verdade!

O governador Cid Gomes (PSB) colocou a culpa da carona que deu para a sogra num passeio turistico pela Europa, a bordo de um jato do governo cearense, na sua mulher. Segundo ele, se erro houve, foi ter realizado um desejo da sua cara-metade. Ser mulher de político está a exigir um sangue frio muito grande, para que elas possam consolidar adequadamente as incríveis desculpas do marido.

O espanhol Pedro Alomodovar deveria passar uma temporada aqui no Brasil, e fazer um filme sobre os politicos brasileiros. O nome poderia ser 'Mente-me', ou 'Rouba-me", ou 'Engana-me'.

Um elemento que tem a cara-de-pau de inicialmente negar tudo, e depois dar uma desculpa dessas, só pode achar mesmo que vive num país de alienados.

Se Rui Barbosa fosse vivo, estaria dizendo: ' De tanto ver triunfar as falsidades, de tanto ver prosperar a mentira, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos mentirosos, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da verdade, a ter vergonha de não ser mentiroso'.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


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28/04/2008 - 13h18 - Atualizado em 28/04/2008 - 13h36

Cid Gomes pede desculpa por levar sogra em viagem oficial

Governador do Ceará afirmou que não houve despesa extra para o estado.

"Não me consta que tenha cometido qualquer ilegalidade", afirmou.

Clique aqui e leia a ÍNTEGRA DA NOTA ...

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Cid Gomes fez convênio com entidade da sogra

O governo Cid Gomes (PSB) firmou um convênio, no valor de R$ 2.356.557,36, com uma entidade presidida pela sogra do governador. Com vigência até dezembro, o acordo com a Federação das Apaes do Estado do Ceará, presidida por Pauline Carol Habib Moura, é para atender a crianças e adolescentes em situação de risco. É o que mostra Isabela Martin em reportagem nesta segunda-feira em 'O Globo'. Em fevereiro, Pauline acompanhou o genro Cid Gomes e a filha Maria Célia em viagem de dez dias à Europa em um jatinho custeado pelo governo do estado. A viagem está sendo investigada pela Assembléia Legislativa do Ceará.

O projeto da Federação - que reúne 24 Apaes no Ceará e é notadamente pelo atendimento a pessoas portadoras de deficiência - concorreu em licitação realizada no segundo semestre de 2007. Foram liberadas até agora três parcelas do pagamento, a última referente a março, no valor de R$ 196.379,67 cada uma. A meta é atender a 7.500 famílias cadastradas nos Centros Especializados de Assistência Social (Creas). A licitação envolve outros convênios, alguns de valores mais elevados.

Mãe de uma filha com necessidades especiais, Pauline Carol milita nessa área há mais de dez anos, e é também presidente da Apae de Juazeiro do Norte, no sul do Ceará. As Apaes e a respectiva Federação têm uma longa parceria com o governo estadual. O que chama atenção na página da internet do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) é que só no governo Cid Gomes aparecem três convênios que totalizam R$ 2.542.917,26.

Pauline Carol informou, através da assessoria de imprensa de sua filha Maria Célia, que foi a primeira vez que participou de uma licitação na modalidade "contribuição corrente" porque antes não sabia que entidades que trabalham com excepcionais também poderiam concorrer.

Através da assessoria, Pauline Carol negou que tenha havido favorecimento porque ela é sogra do governador. Disse que a entidade já foi desclassificada em outras duas ou três licitações. Desde que a viagem de jatinho pela Europa foi noticiada pela imprensa, ela não tem falado com a imprensa.

Cid Gomes chegou neste sábado da Ásia e se negou a comentar a denúncia de que teria fretado um jatinho por R$ 388 mil e gastado R$ 35 mil em hotéis de luxo em viagem que fez com a primeira-dama do estado, Maria Célia Habib Gomes, a sogra, o secretário de Turismo, um assessor e suas respectivas mulheres.

"Eu estou chegando de 24 horas de viagem. Eu vou falar sobre isso na segunda-feira, Vou me interirar de tudo e na segunda-feira eu falo", limitou-se a dizer.

O circuito de dez dias, por seis cidades européias, foi de luxo. A comitiva se hospedou em hotéis suntuosos, como revelou o "Jornal da Globo" na sexta-feira. Tudo pago com dinheiro público. O governo alega que o objetivo da viagem era participar de reuniões nas áreas de turismo, fruticultura e energia alternativa.

Na lista de hotéis em que o governador e sua trupe se hospedaram está, por exemplo, o Rocco Forte Balmoral, o melhor de Edimburgo, na Escócia (segundo guias turísticos), que funciona em um castelo medieval. Em Madri, na Espanha, primeira escala da viagem, o grupo se hospedou por duas noites no Mirasierra Suites Hotel. No período, segundo o governo, Cid Gomes participou da feira de turismo da cidade.

No início de fevereiro, o grupo seguiu para Londres, onde se hospedou no hotel Hilton, do Park Lane, em região nobre da cidade. A comitiva ficou na capital inglesa por dois dias. Em Glasgow, na Escócia, mais uma hospedagem no hotel Hilton, dessa vez para reuniões sobre energias renováveis. O jatinho com a comitiva seguiu, então, para Dublin, na Irlanda - onde não há registro de hospedagem. Em seguida, voltou à Escócia, dessa vez para Edimburgo. O governo não informou a agenda do governador.

Para encerrar a programação, o grupo parou em Potsdam, na Alemanha. Entre os dias 7 e 9 de fevereiro, o governador e sua comitiva ficaram hospedados no hotel Voltaire, para participar de uma feira de fruticultura. O total pago aos hotéis foi de R$ 35 mil.

Deputado quer criar a CPI da Sogra na Assembléia do Ceara

Neste fim de semana, quando retornar da Ásia, Cid Gomes deverá se deparar com o pedido de abertura da CPI da Sogra, para investigar as viagens internacionais feitas em seu governo, de 2006 até agora. O deputado estadual Heitor Férrer (PDT), que pretende coletar as assinaturas, quer apurar se, em viagens anteriores, foi respeitado o princípio constitucional da economicidade, o meio de transporte usado, quem integrou a comitiva e quais os objetivos.

Férrer sabe que dificilmente coletará as 12 assinaturas mínimas necessárias para instalar a CPI da Sogra. Dos 46 deputados, apenas dois são de oposição. Ele diz que irá em frente "por desencargo de consciência". Nesta terça, o deputado protocolou no Ministério Público representação pedindo que sejam tomadas providências para garantir o ressarcimento ao erário de R$ 166.541,13. O valor equivaleria aos gastos das três pessoas que integraram a comitiva e não fazem parte do governo: as mulheres de dois secretários e a sogra do governador, Pauline Carol Habib Moura.

Da Agência O Globo

PALAVRAS DO LULA


CHARGE: AÉCIO NEVES E A NAMORADA NATHALIA, MISS BRASIL

BSB/BH/POA - 28 de abril de 2008

Comentário sobre a notícia:

Lula mandou um recado avisando que o PT terá candidato único à presidência em 2010.

Os petistas de Belo Horizonte, que são chegados ao sorriso de pavão misterioso do governador Aécio Neves, começaram por ignorar a determinação dos donos do PT, e sacramentaram uma 'mistura exótica' com o PSDB mineiro.

Lula tratou logo de dizer que essa aliança era um problema localizado em BH, e não tem nada a ver com os caminhos de PT de Roraima ou de Pernambuco.

Horas depois da entrevista, a aliança do PT de BH foi vetada pelo Diretório Nacional do PT. Essa história parece até scrap do orkut.

A única coisa que o cidadão brasileiro não gostaria que fosse um papo de pardal do Lula, seria com relação a afirmação categórica e incisiva que ele fez sobre o terceiro mandato:

"Isso é uma coisa obscena para a sustentabilidade da democracia no Brasil."

Todos esperam que o Diretório Nacional do PT não vete a continuidade da democracia brasileira.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

*

Jornal do Brasil - 28 DE ABRIL DE 2008


PT abre prazo para analisar alianças

Coligação com PSDB em Minas irrita setores do partido, que decide estudar caso a caso


Karla Correia

Brasília

Um dia depois de o diretório municipal do PT em Belo Horizonte aprovar a possibilidade de alianças com o PSDB nas eleições municipais na capital mineira, defendendo a coligação em torno da chapa encabeçada por Márcio Lacerda, do PSB, a cúpula do partido decidiu dar prazo de um mês para a apreciação de alianças com partidos de fora da base de sustentação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A resposta política da executiva nacional da legenda à rebelião mineira, que desobedeceu o veto imposto pela executiva à aliança com o PSDB, tenta, na prática, ganhar tempo para o partido na costura de apoios entre aliados, diante da investida do PSDB em buscar acordo com o governista PMDB na chapa em Belo Horizonte.

Segundo o secretário de Comunicação do partido, Gleber Naime, os diretórios municipais terão até o dia 10 de maio para apresentar pleitos de alianças com partidos de fora da base às instâncias estaduais. Em caso de aprovação das alianças, o diretório nacional se pronunciará caso a caso até o dia 26 de maio.

Nada muda

De acordo com o secretário-geral da legenda, deputado José Eduardo Cardozo (SP), entretanto, o posicionamento da cúpula do partido tende a se manter igual e barrar qualquer aliança com partidos de fora da base do governo Lula.

– Não vejo nenhuma razão para retroceder – disse Cardozo.

Segundo o secretário da legenda, a aliança com o PSB atende aos requisitos do PT e deve ser mantida. O problema está na coligação com o PSDB, que para o diretório municipal petista em BH é considerada como estratégica para o pleito de 2008. Mas, na avaliação de Cardozo, tal aliança sinalizaria o enfraquecimento do PT em relação ao PSDB, o que seria prejudicial para a estratégia do partido para as eleições presidenciais em 2010.

– Nunca se dá um tiro no pé quando se tem um projeto nacional pela frente. Não teria nenhum sentido se fizéssemos uma aliança prejudicial ao nosso projeto nacional para 2010 – acrescentou.

O veto imposto à aliança entre PT e tucanos na capital mineira irritou o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), um dos principais articuladores da coligação, ao lado do governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves. Pimentel chegou a ameaçar entrar na Justiça para garantir o direito à aliança com os tucanos em BH.

– Seria algo inédito e lamentável um membro do PT levar à Justiça uma decisão democrática da cúpula do partido, conhecendo o prefeito Pimentel, posso dizer que não creio que isso aconteça - disse Cardozo.

[ 29/04/2008 ] 02:01

Eleição em BH pode ficar sem petista candidato

O PT de Belo Horizonte cogita, em último caso, não ter candidato na eleição municipal e apoiar informalmente Márcio Lacerda, do PSB, paraa prefeitura, caso a Executiva Nacional não recue na proibição de aliança com o PSDB.

Esse é o cenário considerado extremo pela cúpula petista em BH na hipótese de fracassar os dois passos anteriores: anular internamente a decisão da direção nacional do partido ou buscar sua revogação na Justiça Eleitoral. Ontem, a direção do PT repetiu que não voltará atrás e manterá a proibição.

O prefeito Fernando Pimentel ainda aposta, porém, na possibilidade de uma negociação. No domingo, depois da convenção que escolheu o petista Roberto Carvalho para ser vice de Lacerda, ele falou por telefone com o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e marcou uma reunião. Pimentel disse a amigos que sua preocupação foi abrir um caminho para um entendimento. (Folhapress)


[ 29/04/2008 ] 02:01