MARINA SAIU
FOTOS JB - CHARGE DO IQUE NO JORNAL DO BRASIL
CLIQUE AQUI ... Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO - em 15 de maio de 2008
Publicado no JORNAL DO BRASIL em 15 de maio de 2008
Publicado no O GLOBO em 14 de maio de 2008
Cometário sobre a notícia:
Enfim, aconteceu o que tinha que acontecer: Marina Silva entregou o seu pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
É muito difícil imaginar uma pessoa que tenha valores morais inabaláveis conviver pacificamente com a politicagem de grande parte dos auxiliares de Lula.
Marina Silva entrou em conflito com a Casa Civil e o setor da Agricultura, ao defender a proteção ambiental contra a selvageria dos grupos econômicos que trocam a devastação das florestas por dinheiro vivo.
Conforme Marina Silva sempre disse, ela 'pode perder a cabeça, mas não perde o juizo'. Eu diria que Marina Silva pode perder o cargo mas não perde os seus ideais, nem a sua honestidade.
Lula perdeu tudo isso.
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
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FOLHA DE SÃO PAULO, 13 de maio de 2008
PENSATA
Sapos amazônicos
Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997
Lula se disse surpreso com a decisão de Marina Silva de abandonar o barco e o governo. Como sempre, disse que não viu nada, não sabia de nada, nem que a ministra do Meio Ambiente estava cansada de engolir um sapo amazônico atrás do outro. O pedido de demissão era só questão de tempo. Foi agora. [...]LEIA MAIS ...
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ESTADO DE SÃO PAULO, 13 de maio de 2008, 20:16
Veja íntegra do carta de demissão de Marina Silva
Pedido foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva [...]LEIA MAIS...
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ESTADO DE SÃO PAULO, 14 maio de 2008
Titular do Meio Ambiente se sentiu desprestigiada
Gota d’água foi Mangabeira no conselho [...]LEIA MAIS ...
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JORNAL DO BRASIL, 14 de maio de 2008
Marina manda levar carta a Lula e deixa o governo
Irritada, ministra sequer despede-se do presidente. Minc, sondado, pode recuperar espaço do Rio no governo federal, mas Jorge Viana também é cotado [...] LEIA MAIS...
O Globo EDIÇÃO DO DIA 14.05.2008
EDITORIAL
Discurso e prática
A senadora Marina Silva foi o primeiro nome anunciado pelo presidente Lula para o Ministério, em 2002. Estava dado, assim, um recado: a complexa questão do meio ambiente seria tratada com seriedade pelo governo, pois a escolhida gozava de grande prestígio no país e no exterior.
Mas uma coisa é discursar no Senado, com o apoio de movimentos ambientalistas. Outra, sentar na cadeira de ministro e administrar os múltiplos interesses em jogo, num país que precisa preservar os recursos naturais, mas sem deixar de explorá-los, e crescer economicamente.
Logo surgiram problemas com grupos radicais incrustados no seu Ministério, que se constituíram em obstáculo a projetos essenciais de geração de energia, entre outros. E começaram os embates dentro do governo, o principal com Dilma Rousseff, desde quando esta era ministra da Energia e depois da Casa Civil. O problema inicial foram as licenças ambientais para uma das principais obras do PAC — as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, cuja liberação exigiu a intervenção do presidente Lula.
Marina não teria digerido a decisão de Lula de encarregar Mangabeira Unger, da Secretaria Especial das Ações a Longo Prazo, de formular uma política para a Amazônia, o que resultou na decisão de entregarlhe a gestão do Plano da Amazônia Sustentável (PAS). Marina ousou, ainda, criticar abertamente os biocombustíveis, tema freqüente nos discursos presidenciais. Antes, entrara em rota de colisão também com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao culpar o agronegócio pela expansão dodesmatamento da Amazônia entre agosto e dezembro de 2007, ocasião em que deixou transparecer algum ranço ideológico. Os dados sobre a destruição foram uma grande derrota política para a ministra, por sugerir que sua gestão não tinha de fato conseguido conter a ocupação irracional da Amazônia.
A trajetória de Marina fascina.
Ex-seringueira, alfabetizou-se no Mobral, fez supletivo, aos 26 anos formou-se em História. Símbolo da luta pela ecologia, fundou a CUT no Acre, ao lado de Chico Mendes. Ela se despede do governo sem arranhar a imagem de dignidade. O desfecho de sua gestão, porém, evidencia a distância entre o discurso fora do poder e a ação administrativa e política como ministra. Um caso típico da insuficiência das boas intenções.
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