"INVESTIMENTI GREIDI"
VIDEO: Discurso do Lula, no nordeste, para o Collor, Renan Calheiros e outros fãs
Publicado no JORNAL DO BRASIL em 10 de maio de 2008
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O show do Lula continua pelo Brasil afora. O mote atual dos comícios é a expressão 'investment grade'.
O presidente explicou para a platéia de fãs lá em Manaus, que 'investment grade' é o nome que os gringos dão para o bom pagador.
O Lula tem toda a razão !
Pagamos toda a Dívida Externa sem siquer olharmos o porque das despesas.
E olha que o Partido dos Trabalhadores passou a vida inteira exigindo uma auditoria naquelas contas à pagar.
Esse 'investment grade' que o Standard & Poor's nos deu, presidente Lula, é a maior "sacanagem pura" de todos os tempos.
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
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06/05/2008 - 12h52
Moody's aponta dívida pública como principal razão para manter rating do Brasil
da Folha Online
A agência Moody's apontou a dívida pública brasileira como um dos principais empecilhos à melhora na avaliação do rating soberano do país) (nota de risco de crédito), em seu relatório anual sobre o Brasil divulgado nesta terça-feira [...]
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O Globo EDIÇÃO DO DIA 07.05.2008.
Lula afirma que acusações de países ricos ao etanol são 'sacanagem pura'
'Pode vir dólar, euro, iene que o povo não tem preconceito', diz, sobre nota da
S&P
Chico de Gois Enviado especial
MANAUS. O tema foi o mesmo e, mais uma vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom das críticas aos que classificam o programa brasileiro de biocombustível de prejudicial à oferta de alimentos. Desta vez, o presidente usou expressões como “sacanagem pura” e “malandragem pura” para atacar os países ricos que, em sua opinião, são palpiteiros e tratam equivocadamente o Brasil como coitadinho.
Em tom de desafio, ele disse que o Brasil não precisa de conselhos e, se precisar, pedirá.
As declarações do presidente foram dadas durante entrega de obras de urbanização de uma área de igarapés em Manaus, que custaram R$ 24,6 milhões.
— É preciso que o mundo aprenda uma lição. O Brasil já não é mais um coitadinho. Já sabe andar com suas próprias pernas. Já sabe enxergar com seus próprios olhos, e não queremos mais que palpiteiros venham aqui dizer o que a gente tem de fazer. Quando a gente quiser conselho, a gente pede.
Quando a gente quiser opinião, a gente pede — afirmou.
Lula disse que “inventaram” que vai faltar alimento no mundo por causa do biocombustível.
E aproveitou para criticar os países ricos.
— Sacanagem pura. Malandragem pura de quem não tem competência para competir com o Brasil. O álcool americano produzido de milho custa mais que o dobro do nosso e produz muito menos; o álcool produzido de beterraba, na Alemanha, produz menos
que o nosso por hectare e é mais caro que o nosso.
O presidente atribuiu o problema da crise de alimentos no mundo ao fato de que mais pessoas estão comendo.
— Esse é um bom problema — classificou, acrescentando que o Brasil é um dos lugares no mundo onde há terra suficiente para plantar. — Eles não sabem que o Brasil adquiriu vontade de ser grande.
Lula voltou a brincar que não sabia o que era o investment grade (grau de investimento), como fizera na semana passada: — O investment grade é aquele cara que paga as coisas bem, e o Brasil virou investment grade porque toma conta do seu nariz, exibe sua política econômica e aquilo que queremos fazer.
Lula disse não estar preocupado se vai entrar mais dólar ou não na economia com o selo recebido pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Mas rechaçou o capital especulativo: — Nós precisamos diferenciar o dólar que vem para investir na geração de empregos e o dólar que vem para investir na especulação financeira. Este da especulação financeira nós temos que banir. Agora, aquele que vem para investir em uma fábrica, nós temos que dizer: pode vir dólar, pode vir euro, pode vir iene, pode vir o que quiser porque o povo brasileiro não tem preconceito contra dinheiro. O nosso preconceito é contra a miséria, contra a pobreza a que o povo está submetido. O nosso preconceito é que este país perdeu quase 50 anos em seu desenvolvimento.
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