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sexta-feira, 9 de maio de 2008

"OPOSIÇÃO"


VIDEO - PROGRAMA DO JO SOARES ! SENADOR É ESCULACHADO PELA MINISTRA DILMA ROUSSEFF

Quinta-feira, 8 de maio de 2008

Comentário sobre a notícia:

Depois de assistir ao lamentável comportamento dos parlamentares que fazem parte da "oposição", no interrogatório da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o brasileiro descobriu porque o Lula tem mais de 60% de aprovação nas pesquisas.

A maioria dos senadores e deputados dos partidos que são contra o governo nunca foi oposição de nada. Oposição para eles sempre teve como meta uma agregação vantajosa ao executivo.

Conforme diria Leonel Brizola, se vivo fosse, são todos "filhotes do poder".

Somente depois da eleição do Lula em 2002 eles descobriram que um dia teriam que ser oposição, e representar os anseios políticos de uma eventual minoria. A oposição atual está dominada por velhos caciques que não inspiram a mínima confiança ao eleitor que não está de acordo com o governo. Diante deste quadro, triste e melancólico, o brasileiro prefere ficar com quem está no poder.

Seria bom para o Brasil que neste momento surgisse na Câmara e no Senado, um movimento de rebelião entre os parlamentares que são contra o governo, e estão com os seus direitos de agir cerceados pelas velhas oligarquias que dominam a atual "oposição" no Congresso Nacional.

A reforma política que deverá ser feita nesse país terá que começar na mudança do comportamento dos oposicionistas que transformaram o parlamento num balcão de negócios.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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O Globo EDIÇÃO DO DIA 08.05.2008

Agripino apela e é criticado até por seu partido


Gerson Camarotti

BRASÍLIA. Com a intenção de pressionar a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), constrangeu os colegas e fortaleceu a ministra quando citou, no início do depoimento, uma entrevista dela, de 2003, na qual admite que mentiu muito para sobreviver, quando foi presa pela ditadura. A citação de Agripino pôs Dilma em posição de vítima e desarmou a oposição.

Em resposta emocionada, ela disse que foi barbaramente torturada e que se orgulhava de ter mentido para salvar companheiros, sendo aplaudida.

Antes da fala inicial de Dilma, Agripino pediu a palavra.

— Numa entrevista que deu, em 2003 (...), vossa excelência refere-se ao estado de exceção, ao qual também combati. Lhe perguntaram que lembrança a senhora guardou dos tempos de cadeia. Na resposta, vossa excelência contou: “Nos depoimentos a gente mentia feito doido.

Mentia muito, mas muito”. Me tocou sua sinceridade. Claro que vossa excelência mentia para sobreviver — disse, sugerindo que a ministra poderia faltar com a verdade novamente.

Numa resposta dura, com a voz embargada, ela disse que são situações muito distintas: — Não é possível supor que se dialogue com pau-de-arara ou choque elétrico. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira — disse Dilma, emocionando a platéia: — Eu tinha 19 anos. Fiquei três anos na cadeia. E fui
barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais.

Entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador

Porque mentir na tortura não é fácil. Na democracia se fala a verdade. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira. E isso, senador, faz parte e integra a minha biografia, de que tenho imenso orgulho. E completou: — Agüentar tortura é dificílimo. Todos nós somos muito frágeis, somos humanos, temos dor, a sedução, a tentação de falar o que ocorreu. A dor é insuportável, o senhor não imagina o quanto.

Criticado, Agripino reagiu: — Fui mal interpretado. A ministra adotou uma postura de esperteza emocional para desviar do assunto principal, que é a truculência na elaboração do dossiê com elementos de um Estado policialesco. Tudo o que eu queria era esclarecer o assunto.Se algo que coloquei desviou o foco, não hesitaria em retirar.

Mas nem o DEM o perdoou.

— O Agripino me perguntou se a fala dele tinha sido ruim.

Eu respondi que foi péssima.

Ele só podia estar dopado — lamentou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

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