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quarta-feira, 30 de março de 2011

DATA NEGRA: 31 DE MARÇO DE 1964


Publicado no DIÁRIO DA MANHÃ, Goiás. "DATA NEGRA", em 30 de março de 2011

Comentário sobre a notícia, em 29 de março de 2011:

Vale a pena lembrar e nunca esquecer. Há muitos anos atrás, no dia 31 de Março de 1964, aconteceu em nossa terra, uma tragicômica quartelada, que iria colocar o Brasil nas mãos dos militares, permitindo que eles fizessem o que bem entendessem com o País e todo o seu povo.

Desde o início dos anos 50, quando houve a eleição democrática de Getúlio Vargas, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes, que as elites brasileiras estavam tentando implantar no País um governo que as favorecesse.

Com o suicídio de Vargas em agosto de 1954, depois de muita confusão, tivemos a conturbada posse do vice-presidente Café Filho na presidência.

Logo após, o povo elegeu Juscelino Kubitchek, que iria fazer 50 anos em 5, e havia derrotado o candidato das elites, o general Juarez Távora.



"Uma homenagem ao grande Presidente do Brasil Juscelino Kubitschek! jingle da campanha JK-55"

Tentaram derrubar o Juscelino do poder, iniciando uma quartelada na selvas amazônicas, em Jacareacanga e Aragarças, lá pelo lado do Pará. Mas o negócio era muito louco e não deu certo.

Por fim, em 1960, as nossas elites conseguiram eleger o seu representante para a presidência do País, um aloprado chamado Jânio Quadros, o homem que iria "varrer" a corrupção doBrasil.

Por motivos ocultos, e segundo o mesmo, "pressionado por forças ocultas", o referido personagem resolveu largar a presidência seis meses depois de eleito. Antes de entrar no navio que iria levá-lo para um exílio etílico na terra do wiskey, o ainda presidente Jânio Quadros, lucidamente , assinou uns decretos que favoreciam as multinacionais.

Como o vice-presidente eleito era o João Goulart, que personificava as classes trabalhadoras , não pode ser empossado, porque os militares, não queriam.

Assim sendo, foi adotado o regime parlamentarista no Brasil. Tempos depois, com o País voltando ao presidencialismo, João Goulart tomou posse.

Mesmo sendo um grande proprietário de terras, ele assumiu um compromisso com as forças progressistas da nossa sociedade, de levar avante todas as reformas de base.

No entanto, a sua visão política era muito limitada, e, ao invés de isolar os conservadores dentro de suas próprias contradições, o que fez foi unir todos eles contra sí.

João Goulart foi um dos políticos mais frágeis que o Brasil já teve, conciliador sem nunca conseguir conciliar nada, fraco nas articulações políticas, e um reformista que não soube conduzir a reforma.

Ele lutou pela reforma agrária e urbana, pela nacionalização do sistema bancário, não executou nenhuma política de achatamento salarial, e fez com que o Congresso Nacional aprovasse a lei que limitava a remessa de lucros para o exterior.

Mas tudo isto foi feito atabalhoadamente, e ao invés de unir as forças políticas em torno de si, conseguiu distanciá-las.

O capitalismo nacional, que estava surgindo, se uniu ao capitalismo internacional. Pelo temor que Goulart provocava, os empresários do campo se uniram aos da cidade.

E para completar o festival de inconpetência, rompeu com a hieraquia militar, comparecendo a um comício no Rio de Janeiro, patrocinado pelos sargentos.



"Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas. Ele anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para a implementação da reforma agrária, numa tentativa desesperada de conseguir apoio popular."

Depois disto tudo, em 31 de março de 1964, aconteceu a quartelada, um golpe militar arquitetado e tramado pelas elites brasileiras, gerenciada pelo embaixador americano Lincoln Gordon.

Como era unanimidade entre os militares, não foi necessário que se disparasse qualquer tiro, mas aconteceram alguns lances cômicos e rocambolescos.

No Rio de Janeiro, o filho de uma tradicional família de milicos, capitão na época, saiu da Vila Militar, cruzou a cidade a bordo de um potente tanque usado na Segunda Guerra mundial pelos USA, e foi estacioná-lo no palácio Guanabara, residência do governador golpista Carlos Lacerda, para defendê-lo de uma possível invasão que os fuzileiros navais, supostamente aliados de Goulart, iriam fazer, desembarcando na praia de Botafogo, vindos da cidade de Niterói.

Na praia de Copacabana, Posto Seis, o coronel do exército, conhecido por Montanha, depois de tomar alguns chopps no bar que fica ao lado do Forte Copacabana, acompanhado de alguns outros bêbados, resolveu invadir a fortaleza militar. Adentrando de peito aberto pela guarita, mostrou a sua carteira, tomou o fuzil do sentinela, e determinou que a partir daquele momento o forte estava sob seu comando.

Os oficiais do forte estavam tomando banho, pois tinham acabado de jogar o habitual e cansativo vôlei de praia.

Ao mesmo tempo, partia de Minas Gerais, em ritmo de piquenique cívico, um grande comboio militar, comandado por alguns generais, que estavam a serviço do banqueiro Magalhães Pinto, governador do estado.

Dias depois, eles iriam se confraternizar num grande churrasco na cidade de Petrópolis, com as tropas do 1º exército, sediadas no Rio de Janeiro, supostamente leais ao presidente.

O grande "amigo" de João Goulart, General Amauri Kruel, tinha o comando do 2º exército. Alí estava o ponto mais importante do mapa militar barsileiro. Mas depois de algumas conversinhas de bastidores, o referido general mudou de casaca, e colocou a sua tropa a serviço do embaixador Lincoln Gordon.



"Operação Brother Sam - Imagens do Filme Jango mostrando a verdade (revelada anos depois pela CIA) sobre o apoio norte americano a um golpe militar em países que os contarie, como fazem mundo afora"

No sul, o histerismo inútil de Brizola, sempre foi de grande valia para a queda do presidente constituído. Naquela época, o grande caudilho ainda não tinha se dado conta que já tinha passado o tempo em que o sujeito saia lá do sul e vinha amarrar o cavalo em algum monumento aqui no sudeste.

Assim sendo, atolados nos seus erros de avaliação política, Goulart, Brizola, Arraes e todos os outros que defendiam as reformas de base na sociedade brasileira, foram obrigados a deixar o país, e entrega-lo nas mãos dos militares, que iriam dar início a era da tortura, da corrupção sem limites, do endividamento externo e interno, e da obra mais satânica da quartelada de 1964, que foi a despolitização de toda uma geração, transformando os nossos jovens em brasileiros sem nenhuma emoção política.

Toda esta podridão moral e cívica, e esta impunidade crônica que beneficia os ladrões de colarinho branco que vemos hoje em dia neste País, devemos em grande parte a esta tragicômica quartelada de 31 de março de 1964.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Artigo publicado no DIÁRIO DA MANHÃ, Goiás. "DATA NEGRA", em 30 de março de 2011


Publicado integralmente no JORNAL UNIÃO,Londrina, "31 de março de 1964", em 31 de março de 2011
31 DE MARÇO DE 2011[LEIA MAIS...]


A VOZ DA SERRA,Nova Friburgo, "Tragicômica quartelada", publicado em 1 de abril 2011

Tragicômica quartelada

Vale a pena lembrar e nunca esquecer. Há muitos anos atrás, no dia 31 de Março de 1964, aconteceu em nossa terra uma tragicômica quartelada, que iria colocar o Brasil nas mãos dos militares, permitindo que eles fizessem o que bem entendessem com o País e todo o seu povo. Desde o início dos anos 50, quando houve a eleição democrática de Getúlio Vargas, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes, que as elites brasileiras tentavam implantar no País um governo que as favorecesse.

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"Joana Ferraz, professora da UNI-RIO, nos conta sobre os dois momentos da ditadura militar no Brasil"

DENIZE GOULART tinha apenas seis anos quando saiu às pressas da Granja do Torto, acompanhando os pais, na noite do dia primeiro de abril de 1964, deixando Brasília para um longo exílio no Uruguai. Em 22 de maio de 2007, ela concedeu esta entrevista, "Em nome do pai, João Goulart" ...
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"Lula elogiando o general Médici, isto é, a ditadura militar. Muitos dizem que o general Golbery foi quem lançou Lula na política, para que ele fizesse frente ao Brizola."

Folha de S. Paulo - 25/03/2010
SEM ADJETIVOS
Eliane Cantanhede

Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele [delegado Fleury] ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com olhar de louco."
De Rose Nogueira, jornalista em São Paulo. Da ALN, foi presa em 1969, semanas depois de dar à luz.

"No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar."
De Izabel Fávero, professora de administração em Recife. Da VAR-Palmares, foi presa em 1970.

"Eu passei muito mal, comecei a vomitar, gritar. O torturador perguntou: "Como está?". E o médico: "Tá mais ou menos, mas aguenta". E eles desceram comigo de novo."
De Dulce Chaves Pandolfi, professora da FGV-Rio. Da ALN, foi presa em 1970 e serviu de "cobaia" para aulas de tortura.

"Eu não conseguia ficar em pé nem sentada. As baratas começaram a me roer. Só pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos."
De Hecilda Fontelles Veiga, professora da Universidade Federal do Pará. Da AP, foi presa em 1971, no quinto mês de gravidez.

"Eu era jogada, nua e encapuzada, como se fosse uma peteca, de mão em mão. Com os tapas e choques elétricos, perdi dentes e todas as minhas obturações."
De Marise Egger-Moellwald, socióloga, mora em São Paulo. Do então PCB, foi presa em 1975.

Ainda amamentava seu filho. "Eu estava arrebentada, o torturador me tirou do pau de arara. Não me aguentava em pé, caí no chão. Nesse momento, fui estuprada."
De Gilze Cosenza, assistente social aposentada de Belo Horizonte. Da AP, foi presa em 1969. Sua filha tinha quatro meses.

Trechos de 27 depoimentos de sobreviventes, intercalados às histórias de 45 mortas e desaparecidas no livro "Luta, Substantivo Feminino", da série "Direito à Verdade e à Memória". Será lançado na PUC-SP hoje, a seis dias do 31 de março de 2010.




* Prezada Eliane Cantanhede, emocionante este seu texto, "Sem adjetivos". O ser humano que não se emociona quando lê estes relatos, é um monstro



"64 - O golpe" - Vídeo com roteiro de Maraísa Paes e produção da roteirista em parceria com Neto Souza - mnmidia - Faz um apanhado geral sobre o golpe militar e os anos de chumbo. Apresentado como parte integrante de seminário na Fundação Universidade Vale do Acaraú, em Belém - PA"

segunda-feira, 28 de março de 2011

IMPUNIDADE PARA TODOS, JÁ !


O rap da politica. Agradecendo ao STF por apoiar os fichas sujas. [De: KuanYinDao - Criado em: 04/10/2010]

Comentário sobre a notícia em

"Como cidadão cônscio dos meus deveres perante a nação, sempre acreditei que os ministros do Supremo Tribunal Federal fossem pessoas integras, independentes e de caráter ilibado. Entretanto, diante do resultado de alguns julgamentos acontecidos naquela casa, e esta derrota dos fichas limpas para os fichas sujas, sou levado a deixar de lado as lindas idéias que tinha sobre o que deveria ser o Supremo, e encarar a realidade que domina aquele orgão: o STF é uma instituição política. Tal como os politicos que estão no Congresso Nacional, os seus ministros estão se lixando para a opinião pública. O país dos recursos jurídicos infinitos atingiu o seu orgasmo máximo. Entregamos a última palavra a Deus. Acabamos com esse negócio de sentença definitiva. Isto quer dizer na prática que o criminoso rico e poderoso, nunca receberá uma sentença final. Esta bagunça jurídica tomou impulso a partir de 1988, quando o atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, era deputado Federal e articulou a votação das leis na nova Constituição da República. Segundo declarações do mesmo, todas as leis para serem aprovadas, tinham que ser ambíguas, para que pudessem contentar todos os grupos que detinham o poder no Congresso Nacional. Por causa deste absurdo somente foram aprovadas leis propositalmente controversas, destinadas a manter fora da cadeia todos os corruptos e assassinos de colarinho branco. A partir daí, o crime começou a compensar. Como parece ser impossível acabar com esse status quo, e com a entrada do Supremo Tribunal Federal no corredor da ambiguidade, a única maneira de haver justiça no Brasil será fazer com que a impunidade venha beneficiar todos os brasileiros. Para que isto ocorra, será necessário que os homens honestos e de boa vontade desse país criem o movimento "Impunidade Para Todos, Já"."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2011
STF pode adiar vigência da lei por uma década. Isso ocorrerá se a Corte decidir que candidatos só podem ser barrados após esgotados todos os recursos à Justiça
Felipe Recondo e Mariângela Gallucci
Depois de anular o efeito da Ficha Limpa sobre as eleições do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) caminha para outro debate que pode adiar a entrada da lei em vigor por cerca de uma década. Os próximos julgamentos na Corte sobre a Ficha Limpa indicam que dificilmente a lei valerá integralmente para as eleições municipais de 2012.

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Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "IMPUNIDADE PARA TODOS, JÁ"

Correio Braziliense - 25/03/2011
Ficha limpa corre risco de não valer nem em 2012
E a Ficha Limpa subiu no telhado
Alana Rizzo, Denise Rothenburg, Diego Abreu, Bertha Maakaroun
Queda da validade da lei para 2010 foi só o primeiro golpe. Ministros do STF e especialistas avaliam que é grande o risco de a Ficha Limpa ser desconstruída item por item em novo julgamento no Supremo. Além disso, a corte do TSE que sustentou a legislação para as eleições do ano passado não será a mesma no ano que vem

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O Globo - 25/03/2011
Para especialistas, lei corre risco de ser contestada nas eleições de 2012
Autor(es): agencia o globo:Sérgio Roxo e Carolina Benevides
Ações podem usar argumentos como o da presunção da inocência
SÃO PAULO e RIO. Professores de Direito Constitucional ouvidos pelo GLOBO acreditam que novas ações contestando a Ficha Limpa devem surgir durante a disputa eleitoral de 2012:
- Toda vez que uma lei mexe com muitos interesses se torna complexa a avaliação jurídica - afirma Antonio Carlos Mendes, professor da PUC-SP.

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Publicado na A VOZ DA SERRA,Friburgo,"IMPUNIDADE PARA TODOS, JÁ",em 29 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

OS FICHAS SUJAS SÃO INTOCÁVEIS


Jader Barbalho, um Ficha Suja beneficiado pela decisão do STF, comenta o assunto

Comentário sobre a notícia em 25 de março de 2011:

"Antes mesmo de ser aprovada, a lei dos fichas limpas já estava sendo trapaceada no senado, com a mudança do tempo verbal na expressão "os que tenham sido condenados", que foi substituída para "os que forem condenados". Na época, o relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), declarou que só tinha havido uma pequena mudança na redação final da lei. Esta emenda na redação do Ficha Limpa foi apresentada pelo senador Francisco Dornelles, do Partido Progressista, que pertence ao deputado Paulo Maluf, que é procurado pela Interpol no mundo todo. Atualmente, Maluf se esconde no plenário da Câmara dos Deputados, graças a uma liminar. Assin sendo, icones da roubalheira nacional como Maluf e muitos outros, podem continuar a se candidatar livremente. Nesta triste história dos fichas limpas e sujas, constatamos o seguinte: o corporativismo impera no Brasil, grande parte dos eleitores continua votando nos fichas sujas, e a única realidade jurídica que existe por aqui é a impunidade dos ladrões de colarinho branco. E ainda existem personalidades supremas do judiciário dizendo que a lei do ficha limpa não é democrática. Na "democracia" brasileira os fichas sujas continuam intocáveis."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Do G1, em Brasília
23/03/2011 - 18h15
Luiz Fux vota contra validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010
Voto do ministro do STF pode definir posição do STF sobre o tema.
Supremo julga recurso de candidato a deputado estadual barrado.
Débora Santos
O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, votou nesta quarta-feira (23) contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições do ano passado. A norma, que barra a candidatura de políticos condenados por decisões de colegiados, entrou em vigor em junho de 2010.
Em seu voto, que durou pouco menos de uma hora, o ministro elogiou a iniciativa popular da lei e os objetivos da ficha limpa, mas afirmou que as regras constitucionais precisam ser respeitadas. Para Fux, apesar da intenção de moralizar a política, a ficha limpa interferiu no processo eleitoral e gerou insegurança jurídica.

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Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO, "FICHA LIMPA", em 27 de março de 2011


Publicado no O GLOBO, "FICHA LIMPA", em 25 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO BRASIL, "FICHA LIMPA", em 25 de março de 2011


Publicado na GAZETA DO SUL, "OS FICHAS SUJAS INTOCÁVEIS",RS, em 25 de março de 2011


Publicado no jornal HOJE EM DIA, MG, "FICHA SUJA", em 25 de março de 2011


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "OS INTOCÁVEIS", em 28 de março de 2011


Publicado no DIÁRIO DE SÃOM PAULO, "POUCO INTERESSE NO FICHA LIMPA", em 28 de março de 2011"

terça-feira, 22 de março de 2011

OBAMA IN BRAZIL


[...]Segundo fontes ouvidas pelo 'Estado', havia sido firmado um acordo com a Casa Branca para que os ministros não fossem revistados quando chegassem ao local da realização do encontro. Após o almoço oferecido no Itamaraty, os ministros seguiram para o centro de convenções onde era realizado o encontro empresarial. O acordo firmado com a Casa Branca foi ignorado pelos seguranças que estavam no local. O ministro Aloizio Mercadante reclamou muito, mas acabou passando pela revista junto com seus colegas de ministério. Mantega chegou a comentar que nem em viagens internacionais tinha passado por tal constrangimento. [...] Edna Simão e Renato Andrade, O Estado de S. Paulo - Transcrito do Blog do Noblat
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Comentário sobre a notícia em 20 de março de 2011:

"Obama é o novo gênio da comunicação. Lembra os grandes apresentadores de televisão que conseguem falar sem parar. Sempre sorrindo, uma alegria certeira. "Obrigado", "Maravilhoso", passou a impressão para muitos de que ele é louco para falar o português. Não é atoa que conseguiu vender a sua candidatura a presidência para os eleitores americanos. Antes de sair dos EUA, ele justificou a viagem ao Brasil como uma missão comercial muito importante, destinada a criar empregos que irão estimular a economia americana. Vale a pena salientar que nos dias de hoje a China é o nosso maior parceiro comercial, tendo desbancado os americanos. Outro ponto importante na viagem seria fazer sociedade com o Brasil na exploração do pré-sal, parcerias na organização e segurança na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, e outros assuntos de grande interesse para os EUA. Aparentemente, o Obama não declarou, nem assinou, nenhum acordo em que se compromete a acabar com as altissimas tarifas cobrada sobre alguns dos nossos principais produtos de exportação, como o etanol, suco de laranja, frango, sapato e outros. E pelo jeito, a agonia que o cidadão brasileiro passsa ao solicitar um visto nos consulados americanos, vai continuar. O lado bom de tudo isto é que o governo americano já deve ter percebido que a presidente Dilma não vai se alinhar de olhos vendados aos seus desejos, mas que também nao irá aceitar os ditadores que existem aqui pelas Americas, ou no resto do mundo. Os cientistas políticos da Casa Branca já devem ter colocado na ficha de Dilma Rousseff, a seguinte observação: "Osso duro de roer"."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Obama falou ao POVO BRASILEIRO bem protegido no THEATRO MUNICIPAL. Apareceu de terno sem gravata, talvez para ficar com uma aparencia bem popular. Interessante é que o convite avisava que o traje para a entrada no evento seria PASSEIO COMPLETO. Realmente, os americanos ditaram as regras aqui no BRÉZIUUUU ... É INACREDITÁVEL !

Valor Econômico - 21/03/2011
O bom motivo da viagem de Obama
Mary Anastasia O'Grady, é editorialista do The Wall Street Journal

[...]Infelizmente, Obama desacreditou sua viagem - antes mesmo de ela começar - ao vendê-la como uma missão comercial para criar empregos a estimular a economia dos EUA. Com esses objetivos em mente, melhor seria ele ter ficado em casa fazendo lobby no Congresso para derrubar a tarifa de US$ 0,54 por galão de 3,79 litros imposta sobre o etanol brasileiro e acabar com todos os subsídios americanos ao algodão, que foram declarados ilegais pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no caso levantado pelo Brasil. Ou ele poderia ter enviado os acordos de livre comércio com a Colômbia e o Panamá para o Congresso, onde eles teriam sido facilmente ratificados.

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O Globo - 22/03/2011
Com barreiras dos EUA, Brasil perde US$ 2 bi
Comércio ainda travado
Agencia o globo : Fabiana Ribeiro, Lino Rodrigues, Marcelle Ribeiro e Wagner Gomes
Barreiras americanas impõem perdas de pelo menos US$2 bilhões por ano ao Brasil

Avisita do presidente americano Barack Obama ao Brasil foi vista por especialistas como uma importante iniciativa para destravar as relações comerciais com os Estados Unidos. Porém, a única medida concreta nessa área, a criação de um grupo de monitoramento das relações econômico-comerciais, um dos acordos assinados durante a visita, é apenas um primeiro passo, dizem analistas. Afinal, as barreiras americanas às exportações brasileiras ainda provocam prejuízos de ao menos US$2 bilhões por ano, segundo estimativas do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone). E muitos entraves precisariam de mudanças legislativas, com aprovação de parlamentares americanos, para serem removidos.

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Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "OSSO DURO DE ROER", em 20 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO BRASIL, "OBAMA", em 22 de março de 2011


Publicado no O DIA, "Carisma de Obama não iludirá Dilma Rousseff", em 23 de março de 2011


Publicado no jornal A RAZÃO, Santa Maria,RS, "VISITA DE OBAMA", em 23 de março de 2011


Publicado no jornal IMPRENSA LIVRE, Litoral Norte de SP, "OSSO DURO DE ROER", em 24 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO COMÉRCIO, PE, "IMPRESSÃO", em 24 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

OBAMA NO BRASIL



Comentário sobre a notícia em 18 de março de 2011:

"A visita do presidente Obama ao Brasil deverá ser um marco na história política do país. O Palácio do Planalto está censurando, e tentando impedir, qualquer movimento popular que seja, não especificamente contra o Obama, mas sim, contra os interesses que ele representa. Parece que a idéia geral do governo é impedir que surja nas ruas, qualquer faixa parecida com o famoso jargão: "FULANO, GO HOME". É bom lembrar que essas faixas nos tempos do Brasil democrático, nunca faltaram nas recepções aos presidentes americanos que nos visitaram. O governador do Rio de Janeiro pretende colocar várias caravanas do interior para aplaudir e gritar o nome de Obama. As camisetas com a inscrição "I LOVE OBAMA" não deverão faltar. Os políticos são mestres em forjar mainifestações deste tipo. Mas isto também faz parte da nossa democracia. O que é inadmissível é a censura a qualquer movimento popular pacífico que seja contra alguém ou alguma coisa. Este tipo de repressão só aconteceu aqui no Brasil no tempo da ditadura. Na democracia, ninguém é obrigado a ficar calado no seu país quando não gosta de uma pessoa que venha visita-lo. Num país onde a liberdade de expressão esteja inserida na Constituição, nenhuma autoridade pode impedir que o cidadão saia no meio da rua com uma camiseta, ou faixa, com uma inscrição deste tipo: "I DON´T LIKE OBAMA"."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

O GLOBO - 17/03/2011
Protesto de petistas contra Obama irrita Planalto
Agência o globo: Gerson Camarotti e Dandara Tinoco
Luiz Sérgio diz que debate sobre visita do presidente americano não tem autorização do PT; ordem é abafar mobilização
BRASÍLIA E RIO. O Palácio do Planalto não gostou da mobilização de setores do PT contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e determinou que o partido enquadre os descontentes. A ordem foi abafar ações como a do secretário de Movimentos Populares do PT do Rio, Indalécio Wanderley Silva, que anunciou uma manifestação contra Obama num comunicado ao partido.
A ideia é evitar mobilizações que possam causar constrangimentos tanto em Brasília como no Rio, as duas cidades que serão visitadas por Obama.

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Publicado no JORNAL DA CIDADE, Bauru, "OBAMA NO BRASIL", em 18 de março de 2011


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "MARCO", em 19 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO BRASIL, "OBAMA", em 18 de março de 2011


Publicado no JORNAL IMPRENSA LIVRE, Litoral Norte de SP, em 19 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

OPOSIÇÃO TERCEIRIZADA


Itamar Franco (PPS-MG), o único da oposição, no senado, que bota a boca no trombone; Roberto Requião (PMDB-PR), que está se oferencendo para falar pela oposição como terceirizado.

Comentário sobre a notícia em 17 de março de 2011:

"Os políticos da oposição desapareceram do mapa. O medo de falar lhes tirou a voz. Estão dormindo no berço esplendido da derrota. Em matéria de oposição o Brasil está à deriva. As exceções são raríssimas. Sendo assim, me chamou a atenção uma entrevista na TV Record, do senador Roberto Requião, (PMDB-PR), na qual ele se oferece para ser um oposicionista terceirizado. Requião seria o ideal na oposição, pois é um fanfarrão inteligente, valente e de fino trato. Os discursos dos oposicionistas são retóricas inúteis para encher linguiça na ata da Cãmara ou do Senado. O senador Itamar Franco (PPS-MG) é o único que tem coragem de lutar e fazer críticas no plenário do senado. Aécio Neves (PSDB-MG) apareceu meio assustado, falou baixinho meia dúzia de palavras, e sumiu. Deve estar contemporizando os opostos nas vielas escuras do toma-lá-dá-cá. Se a oposição não acordar para a realidade, pode preparar o seu caixão. Será o maior enterro coletivo de oportunistas já realizado em toda a história da política brasileira. E com o passar do tempo, e cada vez com mais veemência, o povo se pergunta: "para que serve o tal Congresso Nacional?" E de tanto perguntar, o povo já está chegando a uma conclusão: "O tal Congresso Nacional serve para aprovar todas as tais Medidas Provisórias que não passam de grandes mutretas inconstitucionais que o governo envia para que sejam aprovadas em toque de caixa. A democracia, de mãos atadas e olhos vendados, está encostada no paredão."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)



Publicado no DIÁRIO DA MANHÃ, Goiânia, em 20 de março de 2011

CONSULTOR JURIDICO
Quarta, dia 16março de 2011
SENADO
VEJA SE ENTENDE A BAGUNÇA QUE É O SENADO FEDERAL

[LEIA AQUI...]


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "OPOSIÇÃO TERCEIRIZADA", em 17 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO BRASIL, "OPOSIÇÃO", em 17 de março de 2011


Publicado no CORREIO BRAZILIENSE, "OPOSIÇÃO", em 21 de março de 2011

Publicado na Revista BRASÍLIA EM DIA, "OPOSIÇÃO TERCEIRIZADA", em 26 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

TRAGÉDIAS


"Guaíra recorda o fim de uma das maravilhas da natureza. O Salto de Sete Quedas (também chamado Salto Guaíra) era a maior cachoeira do mundo em volume de água, que desapareceu com a criação do lago de Itaipú." [blogdacidade]

Comentário sobre a notícia em 15 de março de 2011:

"A natureza cansou de ser devastada. Por todo o planeta ela se rebela. A ganância dos homens está recebendo uma resposta trágica e violenta. A tragédia no Japão nada mais é do que a prova insofismável de que a natureza está muito acima de toda a tecnologia da humanidade. Aqui no Brasil as tragédias naturais passaram a ser diárias. As grandes chuvas que acontecem seguidamente no sul e sudeste, e todos os outros fenomenos climáticos que estão surgindo, não deveriam ser surpresa para os técnicos no assunto. De forma genérica, só se fala no aquecimento global que afeta todo o planeta. Jamais mencionam o fato concreto que é o reservatório de Itaipu, criado artificialmente em 1982, com uma área total de 1.300 km2. No fundo do mesmo ficaram toda a fauna e flora local. O grandioso Salto de Sete Quedas ficou submerso. A formação deste lago não modificou apenas a geeografia daquela área. Modificou todo o eco-sistema da região. Não é preciso ter nenhum mestrado em ecologia para perceber que tamanha agressão a natureza não poderia ficar impune. Em 1980, quando estava em Foz do Iguaçu, um engenheiro ambiental alemão disse uma frase que nunca esqueci: "daqui uns 30 anos vocês vão começar a pagar por este crime ecológico que é o Lago Artificial de Itaipú". Outros lagos iguais ao de Itaipú vem sendo criados por todo o Brasil ao longo do tempo. Os assassinos da natureza desmatam a região amazônica, para ganhar dinheiro com a venda da madeira, criando pastagens para a enogorda do gado ou para a plantação de soja. As florestas das nossas regiões serranas são devastadas para darem lugar as favelas ou residências e hoteis de alto luxo. As praias que foram aterradas para a construção de casas, hoteis e grande comércio, começam a ser devastadas pela revolta dos oceanos. Todas essas ações criminosas são embaladas impunenemente pela pior tragédia do Brasil: a corrupção."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Lago de Itaipu - Wikipédia,
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Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "TRAGÉDIAS", em 15 de março de 2011


Publicado no O DIA, "Natureza responde à agressão humana", em 15 de março de 2011


Publicado no VALOR ECONOMICO, "VINGANÇA", em 15 de março de 2011


Publicado no DIÁRIO DA MANHÃ, Goiania, "AÇÃO E REAÇÃO", em 16 de março de 2011


Publicado no HOJE EM DIA, MG, "JAPÃO 1", em 16 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO BRASIL, "TRAGÉDIAS", em 15 de março de 2011


Publicado na A VOZ DA SERRA, "TRAGÉDIAS", em 18 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

JAQUELINE RORIZ



Comentário sobre a notícia em 11 de março de 2011:

"Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), acordou um belo dia e resolveu dar uma de Glauber Rocha. Começou a filmar tudo o que acontecia nos subterrâneos da corrupção. Durval Barbosa foi o braço direito do ex-governador Joaquim Roriz que antecedeu o governo de Arruda. A corrupção em Brasilia parece estar toda interligada. Lá começa a banda larga da roubalheira nacional. Legislativo e executivo conectados. Todos de mãos dadas. O "cineasta" Durval Barbosa filmou tudo o que podia. Dezenas de videos. Imagens limpas e bem visíveis. Audio bem alegre e nítido. Corruptos rezando com os bolsos abarrotados de propina. O governador Arruda escarrapachado numa poltrona recebendo alegremente um pacote de dinheiro. Uma farra geral. Durval Barbosa deveria ser condecorado, pois a crocodilagem que ele fez filmando os ladrões, sem distinção partidária, é a única maneira possivel de trazer as grandes roubalheiras para o conhecimento da opinião pública. Depois da série sobre a roubalheira da quadrilha de José Roberto Arruda, o grande cineasta Durval está lançando em 2011 a série feminina da corrupção, video em que a elegante deputada Federal, Jaqueline Roriz (PMN), filha de outro astro da corrupção, Joaquim Roriz, aparece recebendo alegremente um maço de dinheiro. Jaqueline havia sido indicada para fazer parte da comissão que irá estudar a reforma política na Câmara dos deputados. Pediu demissão alegando que acima dos seus interesses políticos estão os anseios da sociedade. O PMN distribuiu uma nota afirmando que a deputada foi induzida por terceiros a receber a propina. O presidente da Cãmara, Marco Maia (PT-RS), disse que vai investigar o fato, e aguarda provas mais concretas sobre o ocorrido. Parece até o Lula, que na época em que os vídeos do cineasta Durval Barbosa começaram a circular no mercado, afirmou que não tinha entendido nada do que se passava neles. Só chorando lágrimas de esguicho, conforme dizia o escritor Nelson Rodrigues."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Reportagem publicada na pag. 1 de O GLOBO, em 5 de março de 2011

OPINIÃO E NOTICIA - 10/03/2011
Grita Brasil
Propina, confetes e serpentinas
Jaqueline Roriz, que aparece num vídeo recebendo propina de Durval Barbosa, delator do mensalão, deixou seu cargo na comissão de reforma política. Coisa linda essa filha do Roriz. Fofa ela. E olha que ela integra (pelo menos até o presente momento em que escrevo essas linhas) a comissão de reforma política. Bela reforma que ela iria querer fazer. Se bem que integram essa comissão só gente da mais alta estirpe. Vale dizer que tem gente boa, mas tem gente dessa mesma linhagem da Jaqueline Roriz. Estamos bem representados.

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Correio Braziliense - 10/03/2011
PRESSIONADA, FILHA DE RORIZ SAI DE COMISSÃO
Lilian Tahan
Em silêncio desde o surgimento do vídeo em que aparece com o marido, Manoel Neto, pegando dinheiro com Durval Barbosa, Jaqueline Roriz (PMN) manifestou-se ontem. Por meio de uma nota pública, a deputada federal anunciou o primeiro efeito colateral do flagrante que pode complicar sua carreira política. Sem citar o episódio da gravação, ela anunciou na carta endereçada à secretária-geral do partido, Telma Ribeiro dos Santos, que abre mão de integrar a Comissão Especial de Reforma Política da Câmara dos Deputados. “Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN”. A direção nacional da legenda também resolveu se pronunciar. Considerou a hipótese de Jaqueline ter ido ao encontro de Durval “induzida por terceiros”, na condição de “ingênua” e avisou que, por enquanto, vai aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

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Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "DURVAL CINEASTA", em 12 de março de 2011


Publicado no JORNAL DO COMÉRCIO, PE, "Filmes", em 13 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Brasil, país da injustiça e do carnaval


Charge de Fernando Botelho Mendonça (charges.uol.com.br/)

Comentário sobre a notícia em 09 de março de 2011:

"O "velhocídio" que continua sendo feito com os aposentados merece ser investigado por uma comissão Internacional de Direitos Humanos. Esta ação de extermínio é realizada nos subterrâneos do Congresso Nacional e do Palácio da Alvorada, sem que seja dado um tiro ou qualquer tipo de tortura física. Simplesmente, os exterminadores vão cortando, de tempos em tempos, os meios que permitem a precária sobrevivência do aposentado brasileiro. Todos vão morrendo aos poucos, contaminados por uma angústia generalizada, uma tristeza sem fim, uma eterna expectativa de doença e fome, presente e futura, que aterroriza o corpo cansado e a alma sofrida daqueles que trabalharam a vida inteira pelo desenvolvimento deste país injusto e sem memória. Este "velhocídio" já vinha de longa data na história do Brasil. Entretanto, os aposentados vislumbraram em Lula a esperança de melhores dias, pois antes de ser eleito, ele vivia denunciando que os presidentes no poder nada faziam pelos aposentados. Quando chegou a presidência, Lula passou a considerar cada aposentado como um estorvo financeiro que poderia levar o Brasil à falência. A sua sucessora, Dilma Rousseff, continua com o mesmo pensamento. Brasil, país da injustiça e do carnaval".

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Publicado no jornal A RAZÃO, Santa Maria,RS, "Brasil, país da injustiça e do carnaval", em 09 de março de 2011


Publicado na Revista BRASÍLIA EM DIA, "VELHOCÍDIO", EM 12 de março de 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


A PROFESSORA GEISA FIRMO GONÇALVES NO DIA 12 DE JUNHO DE 2000

Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, eu sempre lembro de mulheres que nunca conheci pessoalmente, mas que ficaram marcadas para sempre na minha memória.

Foi no dia 12 de junho de 2000 que eu ví, e ouvi, o nome de Geisa Firmo Gonçalves pela primeria vez. Ela estava á caminho da morte, servindo de escudo para um psicopata, numa transmissão ao vivo da TV.

Geisa, havia deixado o interior do Ceará para tentar a vida no Rio, ao lado do marido Alexandre Magno de Macedo Oliveira, de 22 anos, que trabalha como tratador de cavalos no Jockey Clube do Rio. O casal morava na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul da cidade. Segundo os vizinhos, Geisa optou por morar ali para ficar mais perto do trabalho. Ela nunca teve medo da violência da cidade, comentou a colega Márcia Maria Silvestre.Há oito meses Geisa trabalhava com crianças de 6 a 14 anos. Seu salário era de R$ 300,00.

Quem a matou foi um policia militar. O atirador fazia parte de uma "Tropa de Elite", que tem o nome de “força de operações especiais”. Foi criada no tempo da ditadura Vargas, e aperfeiçoada pelos militares que fizeram a quartelada de 1964, para combater estudantes, trabalhadores e o povo em geral, impedindo que eles saissem às ruas, e clamassem por liberdade.

Essa "Tropa de Elite" é basicamente instruída para matar no momento certo. Seus componentes são treinados para fuzilar algums marginais, sem matar incoentes. Estão sempre em busca da perfeição. Uma adrenalina mortal fervilha nos seus cérebros, Olhos frios, estão sempre procurando alguém que mereça ser morto.

A vítima, deveria ser sempre um marginal da sociedade, localizado na banda podre da sociedade, e esteja pondo em risco alguém que está na banda boa. Quando o fato surge, cruel e real, não adianta pensar porque um está no lado bom e o outro no ruim. O problema já deveria ter sido pensado, e encarado de frente, há mais ou menos uns cinquenta anos atrás.

No entanto, os governantes transferiram a solução da questão para a policia militar. Transformaram os problemas sociais num caso de segurança pública.

Entregaram o problema para a "Tropa de Elite".

A morte de Geisa em 12 junho de 2000, quando estava num onibus da linha 174, que liga a Central do Brasil à favela da Rocinha, no Rio de janeiro, serviu para constatar que na famosa "Tropa de Elite" existem soldados despreparados para exercerer qualquer atividade relacionada à segurança pública.

Depois da trágica morte de Geisa, alguns “técnicos” em guerra urbana, ou que nome tenha as operações feitas pelas policias militares nas cidades, começaram a exigir armamentos mais modernos, alegando que uma inocente morreu porque eles não tinham armas adequadas para fuzilar o culpado.

Geisa foi enterrada lá no Ceará.

Jovem, cheia de vida e sonhos, morreu vitimada por uma série de absurdos, que acontecem em nossa sociedade há uma eternidade de anos. Os homens do poder, até a morte de Geisa, nunca haviam feito nada para acabar com aquele status quo.

Dias depois do ocorrido, o presidente da República na época, FHC, acompanhado de alguns ministros, resolveu lançar mais um “produto” no mercado político-eleitoral, que foi um tal plano “antiviolência”. Num linguajar sonolento e irritante, falaram em bilhões de reais, novos métodos, contratração de policiais, construção de presídios etc. A frieza dos participantes, contrastava com as emoções vividas pelos brasileiros que haviam assistido ao vivo na TV, um bandido dar tiros para o ar, colocar o cano de sua arma na cabeça das vítimas, gritando que ia matar à todos, o rosto aterrorizado dos reféns, e para finalizar, o estúpido desfecho da tragédia, quando um policia militar matou a professora Geisa, e depois os seus colegas estrangularam o bandido dentro da ambulância.

A reunião dos executivos-políticos bem poderia ter sido feita à portas fechadas, como tantas outras o são, e depois distribuido um comunicado à nação.

Entretanto, o tal lançamento público do plano antiviolência, serviu para se constatar que os burocratas governamentais estavam mais perdidos e sem comando do que o “batalhão de forças especiais” da PM do RJ. Para um bom observador, dava para perceber que todos os presentes estavam distante do problema, tanto no seu lado humano como administrativo.

Com a morte de Geisa, o govêrno FHC viria a descobrir depois de seis anos, que o ministério da justiça tratava de tudo, menos do combate à violência.

Hoje, em 08 de março de 2011, a situação continua a mesma. No entanto, a produção dos filmes "Tropa de elite 1 e 2", estão enchendo de dinheiro as contas bancárias dos produtores dos filmes. Em 2002, o diretor José Padilha, rodou um filme documentário sobre o sequestro e morte de Geisa, chamado "ONIBUS 174".

O presidente Lula para lançar o PAC, e a candidatura da ministra Dilma Houssef à presidência da república em 2010, em tres favelas do Rio de Janeiro, precisou da proteção de 1.500 policiais da Tropa de Elite.

Minha querida Geisa, perdoe-nos.

O autor, Wilson Gordon Parker, é escritor


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Folha de S.Paulo, no Rio
Delegada responsável por caso de sequestro de ônibus é exonerada

A delegada Martha Rocha foi exonerada hoje do cargo de titular da 15ª DP (Delegacia de Polícia), na Gávea, zona sul do Rio. A delegada foi transferida para a 16ª DP, na Barra da Tijuca. [...] Na conclusão do inquérito, ela indiciou o então comandante do Batalhão de Operações Especiais, coronel José Penteado, sob a acusação de homicídio culposo, pela morte da refém Geísa Gonçalves.

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A delegada Martha Rocha, agora em 2011, é a atual Chefe de Polícia do Estado do Rio de Janeiro

domingo, 6 de março de 2011

VALE VINHO E BOLSA CACHAÇA



Comentário sobre a notícia em 03 março de 2011:

"O lider do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que se cada membro do Bolsa Familia comprar uma garrafa de cachaça, isto irá ajudar a economia do Brasil, pois seriam 12 milhões de garrafas de cachaça vendidas por mês. Como uma idéia sempre puxa outra, porque sua excelência não faz um movimento no Congresso Nacional para a criação do Vale Vinho, com direito a trinta vales durante o mês. Cada Vale daria direito a uma garrafa de vinho. Este vale seria distribuido para todos os trabalhadores que descontam para a Previdência Social, e também aos beneficiados pelo Bolsa Familia. Os produtores de vinho dizem que o vinho faz muito bem a saúde. O grande consumo de vinho nacional iria incrementar a criação de novas destilarias e um aumento na plantação de uva por todo o Brasil. Seriam criados milhares de postos de trabalho. No ranking dos paises com melhor economia, garanto que o Brasil passaria a ser a terceira no mundo. Cada Vale Vinho seria acompanhado de um Vale Saúde, que iria se acumulando, e o trabalhador só poderia usa-lo para o tratamento do alcoolismo. Aos que vivem perguntando para que serve o Congresso Nacional, o deputado Cândido Vaccarezza daria uma resposta a altura."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Correio Braziliense - 04/03/2011
E os alcoólatras?
Vivina do C. Rios Balbino
Psicóloga, mestre em Educação e professora da Universidade Federal do Ceará
O dado é assustador. O pesquisador Pablo Roig estima, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que o número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão. O álcool tem 16 milhões de dependentes e nada se faz? De acordo com o Ministério da Saúde, um levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 108 cidades brasileiras sobre consumo de drogas em 2005 aponta que 0,1% da população fumou crack nos 12 meses anteriores à pesquisa. No mesmo período, 2,6% haviam fumado maconha, 1,2% tinha utilizado solvente, 0,7% havia usado cocaína, enquanto 49,8% das pessoas consumiram álcool. Dados defasados, mas altíssimos. Pesquisa recente da prefeitura de São Paulo aponta 18% de alcoólatras.

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