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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL E UM 2008 MARAVILHOSO PARA TODOS


Caros Amigos,

Tenho certeza que o ano de 2008 será muito melhor para nós todos.

Entra ano, sai ano, esta esperança cíclica sempre volta ao nosso coração.

Sempre esperamos que tudo melhore, e que o próximo ano seja melhor do ano que passou.

Sempre temos esperança.

Sempre !

Ela não pode morrer junto com o ano que se foi.

Um forte abraço em todos,

Wilson


Nota: estou entrando em férias e só voltarei em 05 de janeiro de 2008, a não ser que aconteça alguma coisa de virar o mundo de cabeça prá baixo.

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domingo, 16 de dezembro de 2007

A derrota do governo na votação da CPMF será provisória ?



Comentário sobre o fato:

A arrogância agressiva do presidente da República em todos os discursos em que se dirigia aos adversários mostrou um Lula tenso e despreparado para qualquer conversa civilizada.

O sabor amargo da derrota talvez seja o calmante que o presidente precisava para voltar a civilização.

O histerismo constante do Lula nos seus improvisos se tornou uma rotina no dia à dia do brasileiro.

Todos que são contrários ao governo, são imediatamente rotulados como inimigos do povo. Esse é o golpe da chantagem social. Chavez faz isso na Venezuela. Lula aprendeu, e gostou.

Para amenizar o constrangimento intimidatório, o governo sempre providenciava um trôco para os parlamentares amendrotados, liberando créditos, e oferecendo cargos.

Podem estar certos os governistas envolvidos na negociação política para a votação da CPMF que o grande causador desta derrota foi o linguajar histérico e violento do presidente da República.

Quem sabe o Lula não acorde para a realidade, e entenda que defender projetos políticos no Congresso Nacional não é a mesma coisa que discutir política no bar as esquina.

Lula nunca aceitou qualquer argumento dos opositores. Durante meses manteve a mesma postura irredutível.

A CPMF tinha que ser aprovada tal como estava.

Lula tinha a certeza que liberando créditos, e oferecendo alguns cargos públicos aos senadores, a coisa estaria resolvida.

Entretanto, alguns parlamentares perceberam que havia chegado a hora de fazer alguma coisa com cara de honesto dentro do Senado Federal.

Duas horas antes da votação, desesperados com a derrota iminente, a arrogãncia dos governistas cedeu lugar ao oportunismo político.

Veio a público uma carta do presidente e um comunicado de dois ministros, garantindo que todo o dinheiro da CPMF iria para a saúde.

O porta voz em plenário dessa desesperada cretinice de última hora foi o senador Pedro Simon, simbolo da moral e da ética no parlamento.

Depois desse lamentável episódio da surpreendente adesão do senador gaúcho à marmelada governista, a votação iniciou, e a CPMF deixou de existir.

Até quando, ninguém sabe ao certo.

Quem sabe se a madrugada de 13 de dezembro de 2007, no Senado Federal, que acabou com a CPMF, não seja uma luz no fim do túnel para o Congresso Nacional.

Entretanto, já estão falando em nova CPMF.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

GOVERNO LULA SOFRE PIOR DERROTA E OPOSIÇÃO REJEITA CPMF


ESTADO DE SÃO PAULO
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007, 01:07

Governo sai derrotado e Senado derruba prorrogação da CPMF

FOLHA DE SÃO PAULO

13/12/2007 - 02h15

Veja como cada um dos senadores votou a emenda da CPMF

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O apoio de 45 senadores à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) não foi suficiente para garantir ao governo federal a aprovação da matéria no plenário do Senado na madrugada desta quinta-feira (13). Com o apoio de senadores governistas, a oposição conseguiu derrubar a manutenção do "imposto do cheque" no plenário do Senado --já que o governo precisava de 49 votos pró-CPMF para garantir a vigência da contribuição.

Os 27 senadores da oposição (DEM e PSDB) votaram unidos contra a prorrogação da CPMF, mesmo com a pressão de governadores do PSDB para que mantivessem o "imposto do cheque".

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) foi o único ausente na votação, pois retornou ao Estado para participar do enterro do governador Ottmar Pinto --apesar de já ter declarado o voto contra a CPMF. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também não registrou voto porque só participa em caso de empate.

Confira abaixo como foram os votos dos senadores na prorrogação da CPMF:

Contra:

Adelmir Santana (DEM-DF)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Antonio Carlos Junior (DEM-BA)
Arthur Virgílio (PSDB-AM)
César Borges (PR-BA)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Efraim Morais (DEM-PB)
Eliseu Rezende (DEM-MG)
Expedito Junior (PR-RO)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Geraldo Mesquita (PSDB-AC)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
João Tenório (PSDB-AL)
Jonas Pinheiro (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
José Nery (PSOL-PA)
Kátia Abreu (DEM-TO)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Mão Santa (PMDB-PI)
Marco Maciel (DEM-PE)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Mario Couto (PSDB-PA)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Raimundo Colombo (DEM-SC)
Romeu Tuma (PTB-SP)
Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)

A favor

Almeida Lima (PMDB-SE)
Aloísio Mercadante (PT-SP)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Augusto Botelho (PT-RR)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Delcídio Amaral (PT-MS)
Edson Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Euclydes Melo (PTB-MA)
Fatima Cleide (PT-RO)
Flavio Arns (PT-PR)
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Gerson Camata (PMDB-ES)
Gilvam Borges (PMDB-AP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ideli Salvatti (PT-SC)
Inácio Arruda (Pc do B-CE)
Jefferson Péres (PDT-AM)
João Durval (PDT-BA)
João Pedro (PT-AM)
João Ribeiro (PR-TO)
João Vicente Claudino (PTB-PI)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Sarney (PMDB-AP)
Leomar Quintanilha (PMDB-TO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Neuto do Conto (PMDB-SC)
Osmar Dias (PDT-PR)
Patricia Saboya (PDT-CE)
Paulo Duque (PMDB-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Renato Casgrande (PSB-ES)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Rosenana Sarney (PMDB-MA)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS)
Serys Slhessarenko (PT-MT)
Sibá Machado (PT-AC)
Tião Viana (PT-AC)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Valter Pereira (PMDB-MS)
Wellington Salgado (PMDB-MG)

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domingo, 9 de dezembro de 2007

A hora da estrela Clarice Lispector


JORNAL DO BRASIL - 9 de dezembro de 1977

"E agora - agora só me resta acender um cigarro e ir para casa. Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. Mas - mas eu também?! Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos" (Clarice Lispector), em sua última obra, A hora da estrela.

O meio literário brasileiro ficou mais pobre.


A escritora Clarice Lispector, 52 anos, morreu em um hospital na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde estava internada em conseqüência de uma neoplasia generalizada.

Clarice veio de longe para criar no Brasil uma literatura feminina com dimensões particulares. Nascida na Ucrânia, chegou ao país com dois meses de idade. Foi no Recife que viveu sua infância e descobriu o prazer da literatura. Na juventude, mudou-se para o Rio de Janeiro e publicou seu primeiro conto. Não parou mais, como era seu desejo, declarado um ano antes de sua morte, ao conquistar o Prêmio Brasília pelo conjunto de obras publicadas:


- Eu não me aposentarei. Espero morrer escrevendo.
Chegada a hora da estrela Clarice, ficou a saudade, além de um inestimável acervo para a literatura brasileira. Mas, na releitura de seus textos, nos certificamos de que jamais morrerá quem os escreveu.

Clarice Lispector: "Eu quero renascer sempre".

Veja tudo sobre Clarice em : http://www.claricelispector.com.br/

Não vai embora, não ...leia sobre o histerimo do Lula no tópico abaixo ...

sábado, 8 de dezembro de 2007

O HISTERISMO DO PRESIDENTE


FOTO: 'Se fosse para rico, ninguém votava contra CPMF', diz Lula

Comentário sobre a noticia:

Publicado no Jornal do Brasil Segunda-Feira, 10 de Dezembro de 2007

CPMF

"É de abismar a inocência das pessoas em não entender o histerismo do presidente Lula quando o mesmo defende a aprovação da CPMF.

Atentem todos para o seguinte detalhe: no final de maio deste ano, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que estuda a formação de cartel em concorrências públicas, calculou que o país perde R$ 40 bilhões de reais, por ano, com obras superfaturadas.

Assim sendo, o governo está desesperado atrás dessa receita de 40 bilhões da CPMF para poder cobrir esse assalto que é feito anualmente aos cofres públicos.

Este dinheiro é imprescindível para a sobrevivência dos corruptos, sejam do serviço publico, ou das empresas privadas envolvidas nas negociatas.

O dinheiro desse imposto não tem nada a ver com a sobrevivência do Bolsa Familia ou da Saúde Pública.

A CPMF é um dinheiro cobrado dos ricos, e dos pobres, para que a roubalheira do superfaturamento das obras e serviços dos governos federais, estaduais e municipais, continue locupletando o bolso dos ladrões.

Resumindo, a CPMF é o imposto que permite a existência amigável do Bolsa-Familia, da Saúde Pública e do superfaturamento de obras do governo."


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

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JORNAL DO BRASIL, 08 de dezembro de 2007

COISAS DA POLITICA
Villas-Bôas Corrêa


Fraturas expostas

O governo, o Congresso e o regime democrático parecem enredados numa cadeia da infelicidade, em que nada dá certo para ninguém e o distinto público que vota é brindado com um macabro desfile de fraturas expostas.

Pois, na ainda inclusa batalha em que o governo se empenha para obter a aprovação da cobrança da Contribuição Provisória sobre a Mobilização Financeira, a CPMF, mais conhecida pelo apelido de imposto do cheque, o que tem passado pelo picadeiro, em saracoteios e rebolados que raspam na pornografia é a falência das instituições democráticas.

O que sobrou das badaladas espertezas oficiais, que o presidente Lula não se esquece de louvar, é uma crise que se alastra como fogo de morro acima.

Lula não poupou recursos e promessas, distribuídos com generosidade perdulária para amaciar teimosas resistências e garantir os 49 votos de senadores para aprovar a CPMF ainda este ano.

Mas, a cada dia, novas rachaduras nas paredes sujas reclamam os retoques na pintura. E as nódoas no quadro denunciam a degringolada institucional. A cooptação de votos no varejo, um a um, expõe, na sua exata dimensão, a quebradeira dos partidos. E é chocante a mobilização para a aquisição de cada voto, que pode ser o decisivo.

A oposição - noves fora as siglas nanicas que se dão ao respeito, como o PSOL ou o Partido Verde - cerca os pouco confiáveis com ameaças e apelos que aumentam de tom. Mas como levar a sério o venerando Senado de outros tempos, quando acolhe entre os seus 81 senadores a excrescência de suplentes "eleitos" sem um único votinho, na verdade agraciados com o mimo por indicação do candidato para valer?

A cada passo no roteiro da incerteza, Lula perde o controle e diz o que lhe vem à boca. Mais uma vez bateu no peito as pancadas do arrependimento pelo erro cometido como presidente do PT quando, no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, forçou os deputados petistas a votarem contra o imposto do cheque. Com a idade, aos 62 anos, não tem mais tempo de ser violento.

Com a liberalidade com que promete ou antecipa verbas para consolidar o apoio dos governadores, insubstituíveis cabos eleitorais para derrubar a resistência dos hesitantes que não descem do muro e a distribuição de milhões para tapar os buracos da omissão oficial, boa parte dos R$ 40 bilhões da CPMF para 2008 já viraram fumaça.

O balanço dos estragos na caçada aos votos é de arrepiar. Partidos em pandarecos com fraturas de difícil correção nos choques entre as bancadas e líderes e governadores, com a mão estendida para o cofre da viúva.

Na festa do arraial para o lançamento do PAC da Saúde, com previsão de investimentos de R$ 89 bilhões em quatro anos, Lula apelou para os governadores sentadinhos na primeira fila de cadeiras, com a advertência de que sem a aprovação da CPMF nada feito, não haverá recursos para atender aos pobres, a eterna vítima das picuinhas da oposição.

Mas, como muda de idéia no meio da frase, Lula resolveu emendar na louvação do Sistema Único de Saúde (SUS), em que equipara o tratamento que recebe o casal presidencial com aquele a que tem acesso "uma parte da população". Inclusive exames sofisticados de laboratório e equipamentos de última geração.

Estamos advertidos pelo presidente de que todas as vezes que a mídia exibir imagens de filas à porta de hospitais públicos e posto de saúde, dando a volta no quarteirão e varando a madrugada, não se trata de doentes em busca de socorro mas de alegres notívagos que adoram bater papo na vadiagem para passar o tempo.

E a fila? Esqueçam...


[ 08/12/2007 ] 02:01

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O GLOBO

Página 1

Governo admite o roubo

Notícia na Edição do dia 31.05.2007

País perde R$ 40 bi por ano com obras superfaturadas

Valor do desvio, calculado pelo governo, equivale ao orçamento da Saúde

A corrupção e o superfaturamento em compras e obras públicas causam prejuízos anuais ao Brasil de até R$ 40 bilhões. A estimativa foi feita pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que estuda a formação de cartel em concorrências públicas e calculou as perdas em 13,3% do total.

O valor desviado é superior ao orçamento anual do Ministério da Saúde e corresponde a quase quatro anos de Bolsa Família, principal programa social do governo federal. Segundo a SDE, um terço das compras públicas é alvo de cartéis que geram sobrepreço de 25% a 40% em relação aos valores de mercado.

Diante desse quadro e das descobertas de operações da Polícia Federal, como a Navalha e a Hurricane, será colocada em funcionamento a Coordenação Geral de Análise de Infrações em Compras Públicas, que trabalhará em parceria com vários órgãos federais.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

"O Senado Federal se tornou um cancro que está levando a democracia brasileira para um estado terminal."


Comentário sobre a noticia:

Publicado no Jornal do Brasil, em 06 de dezembro de 2007

Renan escapa outra vez

"Segundo alguns, a renúncia de Renan Calheiros conseguiu colocar a cassação de seu mandato em segundo plano. Esta situação foi o pretexto que os seus comparsas procuravam para não cassar o mandato de um chantagista e corrupto que tem todos eles na palma da mão.

É impossível que os eleitores aceitem com naturalidade mais essa agressão moral e cívica que este bando de covardes e corruptos praticou contra toda a sociedade. Como a votação foi secreta, e não se pode separar o joio do trigo, temos que colocar todos, safados e honestos, no mesmo barco.

Ademais, são todos culpados pela manutenção das votações secretas.

Realmente, o Senado Federal se tornou um cancro que está levando a democracia brasileira para um estado terminal. Um tumor maligno que terá que ser extirpado das entranhas do Brasil. Ninguém sabe direito como, mas alguma coisa tem que ser feita.

Não é possivel mais conviver diáriamente com os escândalos que nascem dentro dessa arapuca democrática. São poucos os que escapam da marginalidade naquela gaiola de ouro.

Neste momento, o que está em primeiro plano é como acabar com aquele covil constitucional.

Há que ter uma solução legal que possa encerrar as atividades espúrias dos elementos eleitos para o Senado Federal."


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


RENAN SOLTO SINOPSE JORNAIS EM 05 DE DEZEMBRO DE 2007

JORNAL DO BRASIL - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007

- Renan escapa outra vez

- O senador Renan Calheiros renunciou ontem ao cargo de presidente do Senado, cumprindo o acordo que havia fechado com seus possíveis aliados no PSDB e no DEM. Com isso, acabou absolvido por 48 votos contra 29 e três abstenções, na sessão secreta em que foi votado o parecer do Conselho de Ética acusando-o de ter usado laranjas para comprar rádios em Alagoas. A disputa pela sucessão de Renan no
comando do Senado, deflagrada imediatamente após a votação, tem o PMDB como favorito e é grande a corrida interna no partido, com pelo menos sete candidatos no páreo. O presidente interino, senador Tião Viana (PT-AC), marcou para a quarta-feira da semana que vem a eleição do sucessor de Renan. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)

O GLOBO - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007

- Renan renuncia antes da hora e complica a CPMF

- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) rompeu acordo com o governo e renunciou à presidência do Senado antes da votação da CPMF. Garantiu
assim votos na oposição que, somados aos de seus aliados, impediram a perda de seus direitos políticos: por 48 votos a favor de Renan, 29 contra e três abstenções, foi rejeitado o parecer de Jefferson Peres, que recomendava a cassação do mandato do senador alagoano


O ESTADO DE SÃO PAULO - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007

- Renan deixa cargo e escapa da cassação

- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou ontem à presidência do Senado e, quatro horas e meia depois, foi absolvido pelo plenário da acusação de comprar um jornal e emissoras de rádio em nome de testas-de-ferro. Foram 48 votos pela absolvição, 29 pela perda do mandato e 3 abstenções. "Me sinto de alma lavada", comemorou Renan. A renúncia já era esperada: não causou surpresa entre os senadores nem nas galerias. As atenções estavam voltadas mais para as discussões sobre quem sucederá Renan no comando do Senado. "Isso aqui não parece sessão de julgamento. Está todo mundo falando de tudo, menos apresentando a acusação e a defesa", protestou o senador Pedro Simon (PMDB-RS). O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), marcou para a próxima quarta-feira a eleição do sucessor de Renan - embora o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), tenha tentado retardar o processo, alegando que "o ideal é não fazer a escolha" antes da votação da prorrogação da CPMF. (págs. 1 e A4 a
A8)

FSP - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007

Acordo salva Renan pela segunda vez

- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), 52, foi absolvido pela segunda vez, no plenário do Senado, de processo de cassação de mandato por quebra de decoro. No início da sessão, ele renunciou à presidência da Casa. Em votação secreta, 48 senadores optaram pela absolvição, 29 pela cassação e 3 se abstiveram. Faltaram 12 votos para cassar o peemedebista. (pág. 1)

- Eliane Cantanhêde: Com renúncia, senador conseguiu deixar cassação em segundo plano - Renan Calheiros decidiu enfim dar os anéis para salvar os dedos: renunciou para manter o mandato de senador e os direitos políticos. Com a renúncia, deu um pretexto para a parte da Casa que se sentia compelida a puni-lo, mas sem radicalizar cassando-lhe o mandato. (...) Com o gesto de ontem, Renan desanuviou o clima e desviou o foco das discussões: sua cassação ou não passou a segundo plano. No Senado, só se falavam em duas coisas: a disputa pela presidência e o reflexo da crise na votação da CPMF, o que, de fato, preocupa o Planalto. (...) (pág. 1)


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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Chávez reconhece derrota e oposição articula frente


Publicado no O GLOBO, em 04 de dezembro de 2007

Chavez reconhece derrota

"A "derrota" de Hugo Chávez foi a melhor coisa que poderia acontecer para o grande fanfarrão. E tenho certeza que ele percebeu isso. O mundo inteiro vai começar a olhar a Venezuela como um exemplo de democracia. Os fanfarrões do Pentágono já estão achando que a vitória foi dos Estados Unidos. Por aqui, o Lula irá fazer um improviso, e dizer: "Eu não disse que na Venezulea havia democracia?". E o povo, em geral, irá enxergar a Venezuela como um belo exemplo de como podem conviver harmonicamente as idéias contraditórias. Na hora da eleição Chavez tinha um bebê no colo. Pela madrugada ele reconheceu a derrota, e fez questão de frisar que essa derrota prova que ele é um democrata. Vamos tentar ler, intuir e perceber o que está oculto nas entrelinhas da democracia venezuelana."
WILSON GORDON PARKER (por e-mail, 3/12), Nova Friburgo, RJ


O GLOBO - 03 DE DEZEMBRO DE 2007

Chávez reconhece derrota e oposição articula frente

- Abatido, o presidente Hugo Chávez reconheceu a derrota no referendo para reformar a Constituição venezuelana e que lhe daria plenos poderes. Comedido, referiu-se a defensores do "não" como adversários e não mais fascistas ou contra-revolucionários. Mas reafirmou que sua proposta continua viva.

"Estamos pontos para uma batalha longa. Por enquanto, não conseguimos".

No bloco de votação das propostas feitas por Chávez, o "não" teve 50,7%, contra 49,3%. Fortalecida com antichavistas e estudantes, a oposição já articula uma frente para novos desafios. Uma das propostas é a convocação de uma Constituinte.

(págs. 1, 31 a 34 e editorial "Limites de Chávez")

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Hugo Chávez: "Por enquanto, não pudemos".



JB INTERNACIONAL PAG A 21

internacional@jb.com.br

Publicado no JORNAL DO BRASIL - TERÇA-FEIRA, 4 de dezembro de 2007

OPINIÃO

VENEZUELA

"A derrota de Hugo foi a melhor coisa que poderia acontecer a ele. E tenho certeza que ele percebeu isso. O mundo inteiro vai começar a olhar a Venezuela como um exemplo de democracia. Os fanfarrões do Pentágono já estão achando que a vitória foi dos Estados Unidos. Por aqui, o Lula vai fazer um improviso e dizer: "Eu não disse que na Venezuela há democracia?" E o povo, em geral, vai enxergar a Venezuela como um belo exemplo de como podem conviver harmoniosamente as idéias contraditórias."
Wilson Gordon Parker, Nova Friburgo (RJ)



"Os jovens são atores-chave para se entender o que passou na Venezuela este ano. Eles têm temas concretos a defender e deram sinal de amadurecimento."
Carlos Correa, analista da Ucab

"O desafio é ver Chávez como um democrata que respeite as instituições. Os problemas que a reforma já não resolveria agora terão de ser resolvidos por ele, com menos poderes."
Francisco Coello, sociólogo


Presidente reconhece vitória do "não", mas insiste na revolução bolivariana

Chávez não abdica da reforma

Camila Arêas


"Por enquanto, não pudemos".

A frase do presidente venezuelano, Hugo Chávez, logo depois de reconhecer a reprovação à sua reforma constitucional ilustra que o líder não deu sua revolução por vencida. No entanto, o peso e simbolismo da primeira derrota chavista nas urnas em nove anos de governo fortalece uma oposição até ontem sem legitimação.

A diferença foi apertada: o "não" à reforma ganhou por apenas 124.962 votos num universo de 9 milhões de eleitores. O resultado é crítico porque Chávez criou os meios de sua derrota pessoal: ao condicionar a reforma à continuidade de seu governo, restou a imagem de que o derrotado foi ele. Mas esta é uma impressão que tem cinco anos pela frente ­ Chávez deixa o poder em 2012 ­ para ser reconstruída. Por isso, o líder não cedeu:

­ Não pudemos agora, mas a proposta segue viva. Digo a todos os venezuelanos que a proposta social contida aqui a seguiremos trabalhando. Aprendemos a converter aparentes derrotas em vitórias morais que depois se convertem em vitórias eleitorais. Para mim, esta não é uma derrota. É um outro "por enquanto". Tenho preferido assim, tem sido melhor assim ­ disse, repetindo a frase de 1992, quando sua tentativa de golpe fracassou.

As declarações foram dadas minutos depois de conhecido o resultado. Pelos seus gestos e expressões, pareceu derrotado, avalia Humberto Njaim, cientista político da Universidade Metropolitana:

­ Ele saiu golpeado. Não há dúvida para quem está habituado com suas aparições diárias. Mas ele está acostumado com longas batalhas.

Para o sociólogo Francisco Coello, da Universidade Católica Andrés Belllo, o líder não deu sinal de compreensão do que se passa no país:

­ Chávez deveria ter dito que quer se aproximar das aspirações dos venezuelanos, mas ao insistir na revolução, se distancia. Ao tentar implantar seu modelo por outras vias, trará problemas.

O sociólogo ressalta que "o desafio é ver Chávez como um democrata que respeite as instituições":

­ O resultado reforçou os valores políticos. O Congresso governista que aprovou a reforma sai deslegitimado. Os golpistas ficaram de lado, a vitória foi da via política, ganhou a reconciliação, o consenso. Os problemas que a reforma já não resolveria agora terão de ser resolvidos por ele, com menos poderes, com escassez de alimento, com enorme déficit econômico. Difícil será governar como um democrata.

O politólogo Carlos Correa analisa que a derrota é a expressão de um duplo erro político, primeiro no modo como foi formulada a reforma e, depois, no antagonismo entre seu conteúdo e o socialismo:

­ A reforma não foi escrita com as bases civis que apóiam a revolução, foi imposta de cima para baixo. Por isso, os venezuelanos que votarem em Chávez na eleição não votaram pela reforma agora. Chávez não os convenceu e isso terá um custo.


Oposição deve rumar ao centro

O contexto revolucionário transformou os jovens em políticos. Os partidos de oposição deixaram a máscara golpista para assumir o perfil democrático. A configuração das novas forças de oposição na Venezuela começa a se esboçar agora. E a tendência que se indica é a centralização ideológica.

Os jovens são atores-chave para compreender tudo o que aconteceu este ano, ilustra Carlos Correa:

­ O movimento estudantil do país é uma incubadora de líderes. Muitos vislumbram uma carreira política, outros já são integrantes dos partidos Novo Tempo e do Primeira Justiça, outros simplesmente rechaçam um modelo de país como Cuba. Foram seus porta-vozes que chamaram os abstencionistas a votar, que se pronunciaram depois do resultado das urnas. Os jovens têm temas concretos, específicos a defender e deram agora um claro sinal de amadurecimento.

O presidente da Federação de Centros Universitários da Universidade Central da Venezuela, Ricardo Sánchez, assegurou ontem que o "movimento estudantil seguirá na luta em função de assumir os espaços de uma nova direção política e trabalhar em prol da construção de uma maioria":

­ Ganhamos visibilidade e assumimos os espaços de direção política tanto universitária como de rua para dar novas caras ao país.

Mas a tarefa pela frente não é fácil: a oposição deve ser completamente reestruturada. Francisco Coello avalia que o primeiro passo é definir as linhas políticas:

­ Uma fusão da oposição com plataforma única é muito difícil, por isso é preciso pensar na criação de tendências de centro, direita, social-democracia. É preciso, portanto, simplificar a política e torná-la mais fluida. O modelo de coalizão da Concertación, do Chile, é uma boa saída. Além disso, é preciso criar pontes de negociação com setores do governo, o que não é fácil.

O secretário-geral do partido socialista Podemos, que se desligou da aliança chavista durante o debate da reforma no Congresso, disse que a derrota expõe o que há muito tempo já se percebia:

­ A conformação de um novo mapa político, um país cuja maioria não está com as posições extremas, mas de centro ­ declarou Ismael García.

Um primeiro passo poderia ser dado com a proposição de uma alternativa à reforma do presidente, avalia Coello:

­ Até agora a oposição não foi capaz, mas se agora conseguir traduzir o rechaço da população em uma nova proposta e modelo de país, então ganhará adeptos. A oposição ganhou moralidade, agora precisa de consistência. Precisa pensar quais são as necessidades da população e propor sua plataforma.

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domingo, 2 de dezembro de 2007

NOSSO CÉREBRO

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.


Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.


35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Ministro do STJ concede salvo-conduto ao filho de Paulo Maluf, que não paga há tres meses a pensão mensal de R$ 217 mil a ex-mulher Jaqueline

Revista Consultor Jurídico, 30 de novembro de 2007


FOTO: Flavio Maluf saindo da cadeia em outubro de 2005

Comentário sobre a notícia:

O primogênito do doutor Paulo Maluf foi obrigado pela justiça a depositar R$ 217 mil por mês na conta da ex-mulher. E como não pagou, o administrador das várias contas bancárias da familia Maluf iria ser preso, mas conseguiu um habeascorpus.

Segue muito bem os passos do pai. Será muito difícil prende-lo.

Lembro que em abril de 2005, em São Paulo, uma mulher chamada Maria Aparecida de Matos, empregada doméstica, 24, que só sabia desenhar o nome, mãe de dois filhos pequenos, que estava há dez meses e 26 dias na prisão por roubar um xampu no valor de "24 Reais", teve o pedido para aguardar o julgamento em liberdade negado pelo Tribunal de Justiça. Depois de ter sido agredida dentro do presídio, Maria Aparecida acabou perdendo a visão do olho direito. A liberdade não lhe foi concedida nem pelo juiz de primeira instância, nem em liminar, pelo Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. A justificativa foi que Maria Aparecida era reincidente. O número de reincidências de Paulo Maluf é incalculável.

Antes que eu fique com vontade de xingar esses caras todos, e perca a razão, voltemos ao queridinho da justiça, Flavio Maluf. Pasmem todos : o cara paga uma pensão de 217 mil reais para a ex-esposa.

Quando erramos, pagamos pelo erro, quando acertamos, não precisamos pagar nada. Como em toda a regra existe a exceção, Paulo Maluf, e familia, é a exceção da regra.

Desde que entrou na vida pública há mais ou menos 40 anos, Paulo Maluf já foi acusado de cometer todos os crimes possíveis e impossíveis contra os cofres públicos.

O fantástico é que ao longo de toda essa história de acusações, nada acontece com o eterno acusado. Um por cento das provas apresentadas contra ele mudariam a história de qualquer marginal menos privilegiado.

Pouco tempo atrás Maluf passou uns dias na cadeia juntamente com o seu abastado filho, Flavio Maluf, que paga 217 mil reais de pensão a ex-esposa.

A prisão temporária do Dr. Paulo e do seu filho Flávio foi um caso atípico, pois cadeias, humilhações e punições foram feitas para os de pés de chinelo que roubam para comer, sejam eles culpados ou inocentes, tais como a Maria Aparecida de Matos, que roubou um xampú de "24 reais", e mofou na cadeia.

Neste país, onde os ladrões de colarinho branco abrem champanhes todo fim de semana para comemorar a impunidade e a estranha benevolência dos juizes, o destino é ficarmos sempre meditando e tentando advinhar como um cara pode pagar 217 mil reais mensais de pensão para uma mulher.

Para compensar os 40 dias que esteve preso em 2005, acusado de crimes contra o sistema financeiro, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Paulo Maluf (PP) foi eleito com a maior votação no país, de mais de 739 mil votos, equivalentes a 3,63% do total de votos válidos de São Paulo.




FOTO: Eleito deputado em 2006


Depois disso, o setentão voltou ao palco da vida pública sorridente, contando piadas, bebendo uisques, irradiando demagogia e cinismo.

E assim caminha o judiciário e o legislativo no Brasil !

Faça alguma coisa, ou deixe-o !


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Seguro-liberdade

por Maria Fernanda Erdelyi


O ministro Humberto Gomes de Barros, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu nesta sexta-feira (30/11) um salvo-conduto ao empresário Flávio Maluf para que ele permaneça em liberdade até que seja julgado definitivamente o seu pedido de Habeas Corpus. O ministro vai decidir o mérito do pedido só depois de receber as informações que requisitou ao Ministério Público. As informações devem ser prestadas logo no início da próxima semana. O salvo-conduto é uma medida que se dá a quem está prestes a sofrer um constrangimento ilegal.

O empresário teve a prisão decretada pela Justiça de São Paulo por falta de pagamento de pensão alimentícia. De acordo com a decisão judicial, Flávio, filho do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, deve mais de R$ 650 mil em pensão à ex-mulher, a advogada Jaqueline Coutinho Torres Maluf. O valor se refere a três meses de pensão.

A advogada de Flávia Maluf, Gladys Maluf Chamma, comemorou a decisão do STJ. “Habeas Corpus serve justamente para decidir sobre a legalidade da prisão. Conseguir a suspensão do decreto de prisão já é um grande alívio. Esperamos que no mérito, o entendimento seja mentido” disse a advogada à reportagem da revista Consultor Jurídico. O caso corre em segredo de Justiça.

O casamento de Flávio Maluf e Jaqueline terminou em junho deste ano. Na separação, ficou acordado que Jaqueline receberia mesada de R$ 217 mil, a maior pensão já estipulada pela Justiça brasileira. Jaquelline receberia por mês seis vezes mais do que o líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, paga à apresentadora Luciana Gimenez, com quem teve Lucas: R$ 35 mil.

Quando fixou a pensão, a Justiça considerou que Jaqueline não poderia perder seu padrão de vida. De acordo com advogados especialistas em Direito da Família, é orientação dos tribunais de todo o país garantir pensão para ex-mulher que chega aos 42 anos, sem profissão. Esse não era o caso de Jaqueline — que é advogada, mas ficou comprovado que ela dedicou grande parte da vida ao marido.

Flávio Maluf, filho mais velho do deputado e ex-prefeito Paulo Maluf, é o administrador da fortuna da família. É considerado o braço-direito do pai nos negócios. Flávio preside a Eucatex, empresa recém-saída de um processo de concordata que se estendia desde 2003. A dívida do grupo era de R$ 315 milhões. A Eucatex se reergueu e faturou R$ 181 milhões só nos primeiros três meses deste ano.

A família declara patrimônio de R$ 75 milhões e nega possuir contas no exterior. No fim do ano passado, Maluf, pai, foi denunciado pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro na Suíça e na Inglaterra. Flávio e sua ex-mulher Jaquelline também foram denunciados. O MP investiga desvio de US$ 200 milhões de obras públicas, na época em que Maluf foi prefeito de São Paulo, para contas secretas do paraíso fiscal da Ilha de Jersey, no Canal da Mancha.

A Justiça pediu prisão de Flávio e Paulo no fim de 2005, sob alegação de que ambos estriam interferindo nas investigações. Flávio e Paulo passaram 41 dias presos. Atualmente, o processo corre no Supremo Tribunal Federal.

Revista Consultor Jurídico, 30 de novembro de 2007

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Sobre o autor:

Maria Fernanda Erdelyi: é correspondente da Revista Consultor Jurídico em Brasília


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