"O Senado Federal se tornou um cancro que está levando a democracia brasileira para um estado terminal."
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Publicado no Jornal do Brasil, em 06 de dezembro de 2007
Renan escapa outra vez
"Segundo alguns, a renúncia de Renan Calheiros conseguiu colocar a cassação de seu mandato em segundo plano. Esta situação foi o pretexto que os seus comparsas procuravam para não cassar o mandato de um chantagista e corrupto que tem todos eles na palma da mão.
É impossível que os eleitores aceitem com naturalidade mais essa agressão moral e cívica que este bando de covardes e corruptos praticou contra toda a sociedade. Como a votação foi secreta, e não se pode separar o joio do trigo, temos que colocar todos, safados e honestos, no mesmo barco.
Ademais, são todos culpados pela manutenção das votações secretas.
Realmente, o Senado Federal se tornou um cancro que está levando a democracia brasileira para um estado terminal. Um tumor maligno que terá que ser extirpado das entranhas do Brasil. Ninguém sabe direito como, mas alguma coisa tem que ser feita.
Não é possivel mais conviver diáriamente com os escândalos que nascem dentro dessa arapuca democrática. São poucos os que escapam da marginalidade naquela gaiola de ouro.
Neste momento, o que está em primeiro plano é como acabar com aquele covil constitucional.
Há que ter uma solução legal que possa encerrar as atividades espúrias dos elementos eleitos para o Senado Federal."
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
RENAN SOLTO SINOPSE JORNAIS EM 05 DE DEZEMBRO DE 2007
JORNAL DO BRASIL - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007
- Renan escapa outra vez
- O senador Renan Calheiros renunciou ontem ao cargo de presidente do Senado, cumprindo o acordo que havia fechado com seus possíveis aliados no PSDB e no DEM. Com isso, acabou absolvido por 48 votos contra 29 e três abstenções, na sessão secreta em que foi votado o parecer do Conselho de Ética acusando-o de ter usado laranjas para comprar rádios em Alagoas. A disputa pela sucessão de Renan no
comando do Senado, deflagrada imediatamente após a votação, tem o PMDB como favorito e é grande a corrida interna no partido, com pelo menos sete candidatos no páreo. O presidente interino, senador Tião Viana (PT-AC), marcou para a quarta-feira da semana que vem a eleição do sucessor de Renan. (pág. 1 e País, págs. A2 e A3)
O GLOBO - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007
- Renan renuncia antes da hora e complica a CPMF
- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) rompeu acordo com o governo e renunciou à presidência do Senado antes da votação da CPMF. Garantiu
assim votos na oposição que, somados aos de seus aliados, impediram a perda de seus direitos políticos: por 48 votos a favor de Renan, 29 contra e três abstenções, foi rejeitado o parecer de Jefferson Peres, que recomendava a cassação do mandato do senador alagoano
O ESTADO DE SÃO PAULO - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007
- Renan deixa cargo e escapa da cassação
- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) renunciou ontem à presidência do Senado e, quatro horas e meia depois, foi absolvido pelo plenário da acusação de comprar um jornal e emissoras de rádio em nome de testas-de-ferro. Foram 48 votos pela absolvição, 29 pela perda do mandato e 3 abstenções. "Me sinto de alma lavada", comemorou Renan. A renúncia já era esperada: não causou surpresa entre os senadores nem nas galerias. As atenções estavam voltadas mais para as discussões sobre quem sucederá Renan no comando do Senado. "Isso aqui não parece sessão de julgamento. Está todo mundo falando de tudo, menos apresentando a acusação e a defesa", protestou o senador Pedro Simon (PMDB-RS). O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), marcou para a próxima quarta-feira a eleição do sucessor de Renan - embora o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), tenha tentado retardar o processo, alegando que "o ideal é não fazer a escolha" antes da votação da prorrogação da CPMF. (págs. 1 e A4 a
A8)
FSP - SINOPSE 05 DE DEZEMBRO DE 2007
Acordo salva Renan pela segunda vez
- O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), 52, foi absolvido pela segunda vez, no plenário do Senado, de processo de cassação de mandato por quebra de decoro. No início da sessão, ele renunciou à presidência da Casa. Em votação secreta, 48 senadores optaram pela absolvição, 29 pela cassação e 3 se abstiveram. Faltaram 12 votos para cassar o peemedebista. (pág. 1)
- Eliane Cantanhêde: Com renúncia, senador conseguiu deixar cassação em segundo plano - Renan Calheiros decidiu enfim dar os anéis para salvar os dedos: renunciou para manter o mandato de senador e os direitos políticos. Com a renúncia, deu um pretexto para a parte da Casa que se sentia compelida a puni-lo, mas sem radicalizar cassando-lhe o mandato. (...) Com o gesto de ontem, Renan desanuviou o clima e desviou o foco das discussões: sua cassação ou não passou a segundo plano. No Senado, só se falavam em duas coisas: a disputa pela presidência e o reflexo da crise na votação da CPMF, o que, de fato, preocupa o Planalto. (...) (pág. 1)
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