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segunda-feira, 23 de março de 2009

31 de março de 1964, O DIA DA QUARTELADA


"A resistencia na Universidade de Brasília e outros herois. Para que os atuais políticos não se esqueçam do passado"

Comentário sobre a notícia, em 23 de março de 2009:

Há muitos anos atrás, no dia 31 de Março de 1964, aconteceu em nossa terra, uma tragicômica quartelada, que iria colocar o Brasil nas mãos dos militares, permitindo que eles fizessem o que bem entendessem com o País e todo o seu povo.

Desde o início dos anos 50, quando houve a eleição democrática de Getúlio Vargas, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes, que as elites brasileiras estavam tentando implantar no País um governo que as favorecesse.

Com o suicídio de Vargas em agosto de 1954, depois de muita confusão, tivemos a conturbada posse do vice-presidente Café Filho na presidência.

Logo após, o povo elegeu Juscelino Kubitchek, que iria fazer 50 anos em 5, e havia derrotado o candidato das elites, o general Juarez Távora.



"Uma homenagem ao grande Presidente do Brasil Juscelino Kubitschek! jingle da campanha JK-55"

Tentaram derrubar o Juscelino do poder, iniciando uma quartelada na selvas amazônicas, em Jacareacanga e Aragarças, lá pelo lado do Pará. Mas o negócio era muito louco e não deu certo.

Por fim, em 1960, as nossas elites conseguiram eleger o seu representante para a presidência do País, um aloprado chamado Jânio Quadros, o homem que iria "varrer" a corrupção doBrasil.

Por motivos ocultos, e segundo o mesmo, "pressionado por forças ocultas", o referido personagem resolveu largar a presidância seis meses depois de eleito. Antes de entrar no navio que iria levá-lo para um exílio etílico na terra do wiskey, o ainda presidente Jânio Quadros, lucidamente , assinou uns decretos que favoreciam as multinacionais.

Como o vice-presidente eleito era o João Goulart, que personificava as classes trabalhadoras , não pode ser empossado, porque os militares, que representavam as elites, não queriam.

Assim sendo, foi adotado o regime parlamentarista no Brasil. Tempos depois, com o País voltando ao presidencialismo, João Goulart tomou posse.

Mesmo sendo um grande proprietário de terras, ele assumiu um compromisso com as forças progressistas da nossa sociedade, de levar avante todas as reformas de base.

No entanto, a sua visão política era muito limitada, e, ao invés de isolar os conservadores dentro de suas próprias contradições, o que fez foi unir todos eles contra sí.

João Goulart foi um dos políticos mais frágeis que o Brasil já teve, conciliador sem nunca conseguir conciliar nada, fraco nas articulações políticas, e um reformista que não soube conduzir a reforma.

Ele lutou pela reforma agrária e urbana, pela nacionalização do sistema bancário, não executou nenhuma política de achatamento salarial, e fez com que o Congresso Nacional aprovasse a lei que limitava a remessa de lucros para o exterior.

Mas tudo isto foi feito atabalhoadamente, e ao invés de unir as forças políticas em torno de si, conseguiu distanciá-las.

O capitalismo nacional, que estava surgindo, se uniu ao capitalismo internacional. Pelo temor que Goulart provocava, os empresários do campo se uniram aos da cidade.

E para completar o festival de inconpetência, rompeu com a hieraquia militar, comparecendo a um comício no Rio de Janeiro, patrocinado pelos sargentos.



"Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas. Ele anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para a implementação da reforma agrária, numa tentativa desesperada de conseguir apoio popular."

Depois disto tudo, em 31 de março de 1964, aconteceu a quartelada, um golpe militar arquitetado e tramado pelas elites brasileiras, gerenciada pelo embaixador americano Lincoln Gordon.

Como era unanimidade entre os militares, não foi necessário que se disparasse qualquer tiro, mas aconteceram alguns lances cômicos e rocambolescos.

No Rio de Janeiro, o filho de uma tradicional família de milicos, capitão na época, saiu da Vila Militar, cruzou a cidade a bordo de um potente tanque usado na Segunda Guerra mundial pelos USA, e foi estacioná-lo no palácio Guanabara, residência do governador golpista Carlos Lacerda, para defendê-lo de uma possível invasão que os fuzileiros navais, supostamente aliados de Goulart, iriam fazer, desembarcando na praia de Botafogo, vindos da cidade de Niterói.

Na praia de Copacabana, Posto Seis, o coronel do exército, conhecido por Montanha, depois de tomar alguns chopps no bar que fica ao lado do Forte Copacabana, acompanhado de alguns outros bêbados, resolveu invadir a fortaleza militar. Adentrando de peito aberto pela guarita, mostrou a sua carteira, tomou o fuzil do sentinela, e determinou que a partir daquele momento o forte estava sob seu comando.

Os oficiais do forte estavam tomando banho, pois tinham acabado de jogar o habitual e cansativo vôlei de praia.

Ao mesmo tempo, partia de Minas Gerais, em ritmo de piquenique cívico, um grande comboio militar, comandado por alguns generais, que estavam a serviço do banqueiro Magalhães Pinto, governador do estado.

Dias depois, eles iriam se confraternizar num grande churrasco na cidade de Petrópolis, com as tropas do 1º exército, sediadas no Rio de Janeiro, supostamente leais ao presidente.

O grande "amigo" de João Goulart, General Amauri Kruel, tinha o comando do 2º exército. Alí estava o ponto mais importante do mapa militar barsileiro. Mas depois de algumas conversinhas de bastidores, o referido general mudou de casaca, e colocou a sua tropa a serviço do embaixador Lincoln Gordon.



"Operação Brother Sam - Imagens do Filme Jango mostrando a verdade (revelada anos depois pela CIA) sobre o apoio norte americano a um golpe militar em países que os contarie, como fazem mundo afora"

No sul, o histerismo inútil de Brizola, sempre foi de grande valia para a queda do presidente constituído. Naquela época, o grande caudilho ainda não tinha se dado conta que já tinha passado o tempo em que o sujeito saia lá do sul e vinha amarrar o cavalo em algum monumento aqui no sudeste.

Assim sendo, atolados nos seus erros de avaliação política, Goulart, Brizola, Arraes e todos os outros que defendiam as reformas de base na sociedade brasileira, foram obrigados a deixar o país, e entregá-lo nas mãos dos militares, que iriam dar início a era da tortura, da corrupção sem limites, do endividamento externo e interno, e da obra mais satânica da quartelada de 1964, que foi a despolitização de toda uma geração, transformando os nossos jovens em brasileiros sem nenhuma emoção cívica.

Toda esta podridão moral e cívica que vemos hoje em dia neste País, devemos a esta tragicômica quartelada de 31 de março de 1964.



"Joana Ferraz, professora da UNI-RIO, nos conta sobre os dois momentos da ditadura militar no Brasil"

DENIZE GOULART tinha apenas seis anos quando saiu às pressas da Granja do Torto, acompanhando os pais, na noite do dia primeiro de abril de 1964, deixando Brasília para um longo exílio no Uruguai. Em 22 de maio de 2007, ela concedeu esta entrevista, "Em nome do pai, João Goulart" ...
[Leiam Aqui...]

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


"Lula elogiando o general Médici, isto é, a ditadura militar. Muitos dizem que o general Golbery foi quem lançou Lula na política, para que ele fizesse frente ao Brizola."

O QUE FAZEM OS SENADORES ?



Comentário sobre a notícia em 23 de março de 2009:

"Os senadores não sabiam da existência de 181 diretores no senado. Será que eles sabem o que devem fazer naquela Casa Legislativa? Diante dos últimos acontecimentos envolvendo a volta de Collor, a permanência de Renan e a terceira volta de Sarney, tenho certeza absoluta que nenhum deles sabe o que deve fazer naquele lugar. Acho que somente os dezenove senadores suplentes sabem porque, e para que, estão naquela Casa Legislativa. Afinal, a maioria deles gastou muito dinheiro do próprio bolso para eleger o senador que foi votado pelo povo, e precisa recuperar o capital investido. São os senadores sem voto, mas com dinheiro, os únicos que sabem o que devem fazer no senado. Infelizmente, muitos eleitores também não tem a minima idéia do que deve fazer um senador. Se tivessem, a maioria dos senadores não passaria nem pela porta dos fundos daquele recinto. O senador deve zelar pelos direitos constitucionais do povo em geral, e não somente para os seus amigos; propor, debater e aprovar leis de interesse nacional, e não somente aquelas que interessam ao seus amigos; aprovar a escolha presidencial dos presidentes e diretores de empresas públicas, membros do poder judiciário e diplomatas, que não precisam ser necessariamente seus amigos; autorizar operações financeiras externas e condições de crédito, que não precisam ser somente para os seus amigos. Fiscalizar o Presidente da República e avaliar os seus Projetos de Lei, não aceitando nenhum acordo de toma-lá-dá-cá para aprova-los. Parágrafo Único: ser honesto!"

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

ESTADO DE SÃO PAULO, Domingo, 22 de Março de 2009

'Clube de amigos' do Senado faz folha de pagamento crescer 42%

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Publicado no DIÁRIO CATARINENSE, 24 de março de 2009
SENADO

[Leia Aqui...]

Publicado na GAZETA DO POVO, Paraná, em 24 de março de 2009
SENADO

[Leia Aqui...]


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, 24 de março de 2009


Publicado no JORNAL DO BRASIL em 25 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

*---------------Poema em linha reta---------------*


*-----------------Poema em linha reta-----------------*

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


*---------------Poema em linha reta---------------*

sexta-feira, 20 de março de 2009

NO SENADO OS DIRETORES NÃO SÃO DIRETORES


O 1º secretário do Senado Federal, Heráclito Fortes, declara que os diretores não são diretores, no programa da GloboNews, ENTREASPAS, de 19 de março de 2009

Comentário sobre a notícia em 20 de março de 2009:

"Leio, ouço e vejo na imprensa que não são 136 diretores no senado. São 181. Entretanto, o 1º secretário da Casa, Heráclito Fortes, diz que na realidade as diretorias não são "diretorias", isto é, não existem diretores no senado. O que acontece, segundo o novo "Almodovar" do Senado Federal, é que as pessoas nomeadas para controlarem determinadas seções naquela casa, receberam o apelido de "diretores". É a versão política do "parece mas não é". Só não explicou que isto talvez se deva ao fato de que o salário e as gratificações que os 181 "diretores" recebem na folha de pagamento são dignas dos diretores de qualquer multinacional do planeta. A descrença nos políticos ja é um tumor crônico na alma do brasileiro. Todos sabem que a auditoria que será feita no Senado Federal não passa de mais uma farsa. Ela apenas servirá para locupletar o caixa das instituiçoes contratadas para fazer este serviço. A história das diretorias do senado é um acontecimento tão mirabolante e absurdo que deixa as pessoas atônitas e confusas. E quando todos começarem a perceber a extensão desta malandragem, deverá surgir um novo escandalo, muito mais terrível que o atual. E assim caminha o Congresso Nacional."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

ÚLTIMO SEGUNDO
Agência Estado - 20 de março de 2009
Senado divulga lista dos 50 diretores exonerados

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OS SENADORES



Comentário sobre a notícia em 19 de março de 2009:

"O filósofo francês Jean Paul Sartre dizia que "o inferno são os outros". Entretanto, muitas vezes descobrimos que o inferno começa dentro de nós mesmos. Produzimos os mais terríveis demônios, e, inconscientemente, achamos que não temos nada a ver com a nossa criação. Todos os deputados e senadores estão no Congresso Nacional com os nossos votos. No livro de Albert Camus, "O Mito de Sísifo", os deuses condenaram o personagem Sísifo a empurrar, sem descanso, uma enorme pedra até o cume de uma montanha, de onde ela despencava, em conseqüência do seu peso. Nós, brasileiros, fomos condenados a colocar, sem descanso, o nosso voto nas urnas. Assim como Sísifo, que tem a esperança de algum dia ver o seu esforço recompensando, nós brasileiros ainda teremos uma compensação digna para todos os votos que colocamos nas urnas ao longo de toda a nossa vida. Mesmo diante de mais este escândalo que acontece no Senado Federal, não podemos desanimar do sistema democrático. Vamos tentar achar um meio de acabar com a falta de vergonha que tomou conta dos senadores. Vamos acabar com eles, não com a democracia. Vamos lutar e protestar. Vamos gritar. Vamos às ruas. Vamos coloca-los de lá para fora. Vamos fazer de tudo para acabar com a impunidade que tomou conta da nação. Vamos anotar na nossa memória o corporativismo que tomou conta dos senadores, transformando o Senado Federal na matriz da falta de vergonha nacional. Vamos lutar contra tudo isso, mas vamos continuar a votar, até acertar. É preciso imaginar que um dia seremos felizes."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


O Mito de Sísifo
Albert Camus

Os deuses condenaram Sísifo a incessantemente rolar uma rocha até o topo de uma montanha, de onde a pedra cairia de volta devido ao seu próprio peso.Eles pensaram, com alguma razão, que não há punição mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança

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O SENADO TEM 136 DIRETORES



Comentário sobre a notícia em 18 de março de 2009:

Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO em 19 março 2009

"A Petrobrás tem seis diretores, a Vale tem sete, e o Senado Federal tem cento e trinta e seis diretores. É inacreditável! Isto já não é mais uma vergonha. É um absurdo total. O cinismo desta história é que todos os senadores parecem estar espantados com a descoberta. Nenhum deles sabia de nada. Sem dúvida nenhuma eles preferem se passar por idiotas do que dizer que já sabiam da existência deste absurdo administrativo. Quando pensamos não ser possível surgir um escandalo maior que o do momento, sempre aparece um outro muito além da nossa imaginação. O Senado Federal é uma gangrena no corpo da democracia brasileira. Salvemos a democracia!"

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

FOLHA DE SÃO PAULO, 18 de março de 2009

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Os 136 diretores do Senado que foram obrigados a colocar os cargos à disposição pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), vão permanecer nas suas funções até que a instituição analise a atuação individual de cada um

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terça-feira, 17 de março de 2009

AJUDANDO OS VIGARISTAS


Sede da seguradora AIG, em Nova York, que recebeu bilhões de dólares do governo dos EUA, e está distribuindo a grana toda para um bando de vigaristas. [2/3/2009 REUTERS/Mike Segar (EUA)]

Comentário sobre a notícia em 16 de março de 2009:

"Este é o capitalismo que precisa acabar: a seguradora americana AIG, que meses atrás já havia recebido uma ajuda de US$ 90 bilhões, recebeu mais um socorro de US$ 180 bilhões do governo americano. A primeira ajuda foi distribuida entre os bancos ligados a vigarice das operações lastreadas em hipotecas subprime. A segunda ajuda foi para pagar os serviços dos grandes picaretas que trabalham na Unidade de Produtos Financeiros, adeptos deste golpe do vigário chamado "subprime", num total de US$ 165 milhões . Pelo dinheiro que o governo americano jogou neste antro de vigaristas chamado AIG, a maior seguradora do planeta ja deveria estar sendo controlada por um conselho de administração constituido por orgãos fiscalizadorers do governo e pelos contribuintes, que são os fornecedores do dinheiro. Este filme de roubalheira real que roda em terras americanas, é exatamente o mesmo que vemos pelo mundo afora. O enrêdo desta história é o dinheiro retirado dos cofres públicos mediante uma monumental chantagem feita pelos vigaristas de colarinho branco que conseguiram conectar a falência dos seus negócios à falência de todo o povo da região onde exercem suas atividades. É a chantagem globalizada."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Publicado no DIÁRIO CATARINENSE em 26 de março de 2009

Capitalismo e chantagens

Este é o capitalismo que precisa acabar: a seguradora americana AIG, que meses atrás já havia recebido uma ajuda de US$ 90 bilhões, recebeu mais um socorro de US$ 180 bilhões do governo dos Estados Unidos.[...]

[Leia a matéria aqui ...]

FOLHA DE SÃO PAULO, 17 de setembro de 2008

Entenda a operação de resgate da seguradora AIG
da BBC Brasil

[LEIA AQUI...]

Multinacional AIG salva por grupo português
Quinta-feira, Setembro 18, 2008

[LEIA AQUI...]

COM QUEM VAI FICAR O GAROTO SEAN ?



Comentário sobre a notícia em 15 de março de 2009:

"David, americano, e Bruna, brasileira, se casaram, e tiveram um filho, Sean. Brigaram. Bruna trouxe o garoto para o Brasil e se casou denovo. Morreu no parto do segundo filho. O americano diz que a família de Bruna é rica, influente, e impediu durante quatro anos que ele visitasse ofilho. O viúvo de Bruna e a familia dela, dizem que o americano é mentirosoe que já deram bastante dinheiro para o mesmo. David, que é ex-modelo,descola uma grana num site na internet, tratando o caso como sequestro, fazendo listas, contando histórias, e vendendo camisetas e bonés com a foto do filho. Dizem que no encontro que a Hillary Clinton, e o chanceler Celso Amorim, tiveram no fim de fevereiro em Washington, o assunto foi comentado. Dizem também que o Obama falou com o Lula sobre essa história. Dá vontade de rir só de imaginar a cara do Obama ouvindo o Lula dizer: "Quem? Que garoto? Sei de nada não, Obama." Aqui no Brasil vão surgindo passeatas contra a volta de Sean aos Estados Unidos, e lá nos Estados Unidos cresce o movimento a favor da volta de Sean. No meio disto tudo, aumenta a venda de camisetas, bonés, e muitos outros produtos vão surgindo para patrocinar a solidariedade de ambos os lados. Com a ótima exposiçaõ na mídia, tanto os personagens aqui do Brasil, quanto os que estão lá nos Estados Unidos, poderão tentar a vida política. Conforme diz um provérbio italiano 'Si non è vero, è bene trovato'."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Sean Richard Bianchi Carneiro Ribeiro Goldman

Se tivesse de superar apenas a perda prematura da mãe, Sean Richard Bianchi Carneiro Ribeiro Goldman (seu nome completo) seria um menino privilegiado. Mas ele está no centro de uma disputa judicial rancorosa entre duas famílias – e entre dois países, o Brasil e os Estados Unidos.[...]

[LEIA AQUI ...]

UM MENINO E DOIS PAÍSES

Mãe brasileira foge para o Rio com o filho que teve com um americano, casa-se de novo, morre – e o garoto? Volta para o pai nos EUA? Fica com o padrasto no Brasil? O caso está virando um enrosco diplomático entre os países [...]

[LEIA AQUI...]

segunda-feira, 16 de março de 2009

A VOLTA DO "CAÇADOR DE MARAJÁS"


Renan emplacou Collor, seu ex-chefe, na Presidência da Comissão de Infraestrutura do senado, com o apoio de Sarney e toda a turma de oportunistas do senado

Comentário sobre a notícia em 13 de março de 2009:

O caçador de marajás voltou. Estou falando daquele caçador de marajás lá de Alagoas, que multiplicou a sua fortuna no período em que esteve na presidência da República, supostamente, caçando marajás. Descoberta a burla, o caçador de marajás foi demitido em 1992. Como todo bom político oportunista, Collor ficou pacientemente de tocaia durante todos estes anos, para dar o tiro na hora certa. Já naquela época o falso caçador dizia que só tinha uma bala. O seu tiro agora em 2009 foi certeiro. Ele acertou na Presidência da Comissão de Infraestrutura do senado. Num país onde ser corrupto não siginifica nada, muito pelo contrário, parece que grande parte das pessoas admira a corrupção dos políticos, Collor será sem dúvida nenhuma um forte candidato à presidência da Republica em 2010.

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Panorama do Ciclo Collor - Brasil 1990 á 1992 - Um breve resumo sobre a apoteótica trajetória de Fernando Collor de Mello ''O Caçador de Marajás'' e sua hilariante trupe, desde a sua ascensão em 1990 até o seu declínio e queda em 1992!!!

EDITORIAL DE O GLOBO em 13 de março de 2009

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO

AO DEIXAR no passado o princípio de partido ético, para cumprir o projeto de sustentação do governo Lula a qualquer custo — o mensalão está nesta conta —, o PT passou a padecer de ironias armadas pelo destino.

COMO AGORA, quando o senador Collor, da base do governo no Congresso, aprova, como primeiro ato na presidência da Comissão de Infraestrutura, o endurecimento das sabatinas dos indicados pelo Planalto para as agências reguladoras.

QUISERAM AS trapaças da sorte que o governo do PT recebesse aula de ética e seriedade administrativa de um expresidente cassado por corrupção.

DILMA NÃO TEME GRAMPO

Dilma Roussef, em 19 de dezembro de 2008, após reunião do conselho da Petrobras. À dir., Dilma na abertura oficial da 36ª Couromoda, em São Paulo. Foto: Montagem - Agência Brasil e AE. Dilma, em 11 de março de 2009, declarou que não tem receio de que alguém escute suas conversas telefônicas, pois não tem nada a esconder.

Comentário sobre a notícia em 11 de março de 2009:

"Em toda esta história oportunista e surrealista que envolve as declarações histéricas, demagógicas e falsas sobre as escutas telefõnicas, a declaração da ministra Dilma Rousseff, condenando a bisbilhotice policial, mas dizendo não temer nenhum grampo no seu telefone, mostra que a candidata está aprendendo a falar o que o povo gosta de ouvir. Isto mesmo, Dilma. O povo quer escutar em alto e bom som a pessoa dizer que qualquer um pode ouvir o que ela fala ao telefone, porque não tem nada a esconder. Mesmo que não pense nada disto, nota dez para você, Dilma. Está aprendendo rápido a arte da comunicação popular. Passei a acreditar que você pode evitar o terceiro mandato do teu patrão. Entendeu não? Daqui uns tempos você vai entender."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Quarta-feira 11 de março de 2009

Dilma diz que não 'tem problema com grampo'
Agência Estado

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, condenou nesta quarta-feira a arapongagem no país, mas disse não temer as escutas telefônicas. Ao deixar a sede da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde fez uma exposição sobre o pré-sal, a convite do Conselho Permanente da entidade, Dilma foi questionada por um repórter sobre as notícias dando conta de que teria sido alvo de bisbilhotagem, por parte do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. "Ah, meu filho. Eu não tenho problema com grampo", disse a chefe da Casa Civil, já entrando no carro.

"Mas, pessoalmente, acho que isso não é correto", destacou ela. Os repórteres quiseram saber, então, se a ministra considerava o procedimento ilegal durante investigações. "Uai, se houve grampo teve (ilegalidade)", respondeu ela, caprichando no sotaque mineiro. "Vocês sabem se todo aquele relatório é fidedigno?", indagou a pré-candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Sabem se houve esse grampo mesmo?"

Dilma se referia à notícia, veiculada pela Revista Veja desta semana, de que um computador apreendido por policiais na casa do delegado Protógenes mostrou que, durante a investigação sobre o ex-banqueiro Daniel Dantas, ele espionou secretamente autoridades dos três Poderes. Segundo a reportagem, Protógenes teria até mesmo bisbilhotado a vida amorosa da ministra da Casa Civil.

MAIS UMA DO SENADO: HORAS EXTRAS NO RECESSO

O senador Efraim Moraes, durante discurso sobre o pagamento das horas extras dos servidores - Foto Fábio Rodrigues Pozzebom-ABr _2009-03-10

Conmentário sobre a notícia em 10 de março de 2009:

Quatro dias antes de deixar o cargo que o autorizava a conceder qualquer privilégio absurdo aos funcionários do senado, o então primeiro secretário da Casa senador Efraim Morais (DEM-PB), assinou uma ordem autorizando o recebimento de horas extras durante o recesso parlamentar. Por ocasião deste último recesso parlamentar, os 3.883 funcionários do senado receberam R$ 6,2 milhões em horas extras. É inacreditável! Meu Deus ! Salvai o Brasil! O elemento que assinou um disparate destes só pode estar pensando que todo o povo brasileiro é imbecil. É muita falta de vergonha e pudor. Umacoisa dessas é um verdadeiro atentado terrorista a democracia brasileira. A coisa é tão absurda que o absurdo presidente do senado, José Sarney, disseque o negócio é um absurdo. Mas aqui no Brasil a coisa é sempre assim: muita gritaria hoje, mas dentro de um ou dois dias, surgirá no senado algo mais absurdo ainda, que levará ao total esquecimento o absurdo de hoje. O Senado Federal é a mais absurda 'gaiola de oportunistas' de todos os parlamentos mundiais. Seria muito bom para a economia nacional o fechamento dessa gaiola de coisas absurdas, transferindo todo o bloco de oportunistas para a Câmara dos Deputados. Os funcionários poderiam ser remanejados para o IBAMA, onde iriam fiscalizar a floresta Amazônica, sem direito a horas extras. Parece uma solução absurda.

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

FOLHA DE SP - Online, 10 de março de 2009

No recesso, Senado paga hora extra para 3.883 funcionários

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sexta-feira, 13 de março de 2009

O que vai acontecer com a Globalização ?


Vídeo introdutório para explicar a Globalização

Vocês conhecem a Globaliazção ? Quem é o Mercado ?


Globalização e Mercado em UM Minuto

O Mercado é o bode expiatório, o laranja, que representa aquelas pessoas e entidades, riquissimas, que dominam o planeta Terra, e que ganharam vários trilhões de dolares que estão girando pelo mundo, as custas da morte de milhões de sêres humanos, estimulando guerras e invasões, genocídeos, desastres ecológicos, destruição geral, enfim, toda a sorte de tragédias que levaram,e levam lucro aos mesmos.

Esses homens e coisas que manipulam o tal Mercado, não dão o mínimo valor a vida humana, porque são alienígenas que abortaram aqui no planeta Terra. Eles não possuem os sentimentos e escrúpulos que todo ser humano normalmente tem.

Não é possível que a humanidade aceite como normal e correto, um sistema econômico que ignora o ser humano, desprezando completamente qualquer espécie de sentimento, que só pense no lucro desvairado, colocando o homem como um simples consumidor de bens e serviços, cujo fim único é sustentar a voracidade incontrolável do tal Mercado.

Aqui no Brasil, mais ou menos cinquenta milhões de pessoas ganham salário mínimo. Trinta milhões vivem na pobreza total, sendo que dez milhões de pessoas passam fome.

No Nordeste, cinquenta por cento da população está abaixo da linha de pobreza. Nesta região, na decada de 80, dez por cento dos chefes de família que viviam nesta faixa de pobreza, ganhavam menos de meio salário mínimo. No inicio da decada de 90 esse número passou para vinte e sete pro cento.

Outro dia ouvi um economista dizer que “ainda bem que o nosso lixo é o melhor do universo”.

De tempos em tempos surge no mundo uma onda de fome. Segundo a ONU, vinte milhões de crianças morrem de fome anualmente, e cerca de quarenta mil crianças com menos de cinco anos morrem de fome diáriamente.

Os representantes do Mercado aqui no Brasil não estão nem um pouco preocupados com esses detalhes, pois aos seguidores do Mercado não importa se o ser humano morre de fome, ou se sobrevive comendo no prato ou na lixeira.

O importante é que este tipo de ser humano não produza prejuízo ao sistema globalizado, e que a morte dessas pessaos não tragam ônus aos investidores, fazendo com que tais fatos possam afetar os seus lucros.

“Nenhuma escravidão no mundo tem sido mais cruel que o capitalismo neoliberal. Nenhuma escravidão fez mais escravos, nenhuma guerra tem feito mais vítimas que o neoliberalismo mundializado, isso é evidentíssimo.O enoliberalismo é uma macro doitadura? [Dom Pedro Casaldaliaga, Arcebispo de São Felix do Araguaia, Revista Caros Amigos, Fevereiro 1998]

Carolina Maria de Jesus, poetisa favelada da cidade de São Paulo, escreveu no seu livro “Quarto de Despejo”, que foi lido em quarenta paises e traduzido em treze idiomas: “Fico pensando na vida atribulada e nas palavras do Frei luiz que nos diz para sermos humildes. Penso: se o Frei Luiz fosse casado e tivesse filhos e ganahsse salário mínimo, aí eu qeuria ver se o Frei Luiz era humilde. Diz que Deus dá valor só aos que sofrem em resignação. Se o Frei Luiz visse os seus filhos comendo gêneros deteriorados, comidos pelos corvos e ratos, havia de revoltar-se, porque a revolta surge das agruras”.




Diante dos últimos acontecimentos, quando começaram a pipocar nos Estados Unidos escandalos financeiros jamais imginados pelos crentes e seguidores da religião monetária do Tio Sam, podemos dizer que o capitalismo começou a se envenenar com a própria lei da ganância que o faz ficar vivo até hoje.

A falta de escrúpulos que está no sangue dos grandes executivos, contaminou os seus subalternos, que começaram a roubar em causa própria, e não apenas para os seus “big boss”.

Uma ambição milionária e suicida tomou conta dos chamados “executivos’ das grandes corporações.

O capitalismo neoliberal começou a chafurdar na própria bosta, e está virando o sistema financeiro mundial de cabeça para baixo.

O fedor se espalha por todos os lados, e os “inocentes” seguidores do sistema estão começando a questionar os seus dogmas.

Começou a faltar dinheiro para os ladrões da globalização neoliberal.

Será o Fim ?


O autor, Wilson Gordon Parke, é escritor

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

quinta-feira, 12 de março de 2009

SEXTA-FEIRA, 13

Algarve preserva sexta-feira 13. À falta de 13 boas razões para ficar em casa, o "Expresso" arriscou visitar o famoso "Jantar dos 13", organizado pelo parapsicólogo Professor Herrero. Escutem o que ele diz...


Eu Acredito em Tudo ! Todo cuidado é pouco numa Sexta-Feira, 13

terça-feira, 10 de março de 2009

O "PAC" NOSSO DE TODO DIA

PAC, "Programa de Aceleração de Crescimento".

O Lula antes de tomar posse no primeiro mandato disse em alto e bom som que durante a sua administração ele jamais iria baixar um "PACOTE". Lula deve detestar coisas empacotadas. Ele vive diminuindo o tamanho das coisas que não são favoráveis aos seus negócios.

O caso dessa crise nternacional que rodopia no pano verde das Bolsas de Valores e nas arapucas financeiras espalhadas ao redor do mundo, criada em solo americano, ou seja, lá na capital mundial da agiotagem, Wall Street, é um exemplo de que o Lula não gosta de coisas grandes.

A crise provocou um verdadeiro 'tsunami' na economia mundial, mas o Lula declarou aos berros, numa de suas ruidosas "Happy Hours", que aqui no Brasil essa onda iria ser uma "marolinha".

Nos dias de hoje - escrevo isto em 10 de março de 2009 - o presidente Lula já mudou de opinião.

Entretanto, tudo o que ele faz no governo pode ter qualquer nome, menos "pacote".

Ele quase lançou um "pacote", que passou linguisticamente raspando, pois levou o nome de PAC. Faltou o "OTE".

Este quase "pacote" tem várias finalidades. Dizem que a principal é eleger a Dilma para presidente.

Pois eu acho que o Lula não tem a menor vontade de eleger a Dilma, ou qualquer outro, como seu sucessor. O que ele quer mesmo é arrumar um grande pretexto, com base até no crescimento dessa "marolinha", para fazer um grande "toma-lá-dá-cá" com os oportunistas que infestam o Congresso Nacional , e ser reeleito para um "Terceiro Mandato".

Mas o "PAC" está sendo maravilhoso para os oportunistas no Brasil.

Empreiteiras, prefeituras, governadores, e todo este incrivel mundo de privilegiados que circula de norte a sul do Brasil, está se dando muito bem com estas fantasticas obras do PAC.

A maioria dos brasileiros não tem idéia real da filosofia do PAC, do Lula.

Sendo assim, eu resolvi dar uma ideia bem simples do principio básico do PAC, ou seja, o quase "pacote" do Lula.

O "PAC" é uma "marolinha" que permite a sobrevivência de muitos trabalhadores, e um MAROLÃO para o bolso dos seus administradores.

Vejam os quatro videos que fiz aqui em Mury, Debossan, Nova Friburgo.

Os vídeos são o resumo do PAC "Programa de Aceleração de Crescimento", do Lula.



PAC 1 - O INICIO DA OBRA



"Urubu,na guerra é galinha." [Provérbio brasileiro]

PAC 2 - A CHUVA



"Deus fez as pessoas e o diabo as junta." [Provérbio belga]

PAC 3 - AS PEDRINHAS



"Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar,e você o estará alimentando pelo resto da vida." [Provérbio chinês]

PAC 4 - O FIM DA OBRA



'Si non è vero, è bene trovato' [Proverbio italiano]

segunda-feira, 9 de março de 2009

ABORTO E RELIGIÃO


JORNAL NACIONAL - A CNBB divulgou apoio ao arcebispo de Olinda e Recife que mandou excomungar os envolvidos no aborto da menina de nove anos que foi estuprada pelo padrasto. O Vaticano também concordou com sua decisão

Comentário sobre a notícia em 06 de março de 2009:

Publicado no Diário de S.Paulo, de 10/03/2009

"Em qualquer parte do mundo onde exista uma religião dominante, vale sempre como última palavra para a sociedade local, as leis escritas, sempre em nome de Deus, pelos fundadores desta religião. Não importa que isto tenha acontecido há 2.000 anos passados. A única coisa importante é a preservação do poder religioso e a manutenção do 'status quo' entre os seus seguidores. Uma menina de 9 anos foi engravidada pelo padrasto, tinha fetos gêmeos, e, segundo os médicos, provavelmente todos morreriam se a gravidez prosseguisse. Foi feito o aborto. Mas como vale o que está escrito há 2.000 anos atrás, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, excomungou médicos e parentes que participaram do aborto. A vida da menina para o bispo católico nada mais é do que um mero detalhe burocrático dentro do jogo de interesses de uma teologia envelhecida pelo tempo. e avessa a qualquer mudança nas suas leis."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, 07 março 2009


O comentarista Arnaldo Jabor afirmou que a excomunhão do arcebispo de Olinda e Recife não deve ser temida pelos responsáveis do aborto da menina. Para ele, Deus não está do lado do religioso. [Jornal da Globo - Quarta-feira, 04/03/2009]

A VOLTA DE COLLOR COM RENAN E SARNEY



Comentário sobre a notícia em 05 março 2009:

Publicado no O GLOBO de 08 de março de 2009

"Diante do acôrdo enojoso feito no senado entre Sarney, Renan eCollor, para trazer de volta ao mundo político este último, e da fotografia asquerosa destes tres oportunistas, sou obrigado a usar o palavreado preferido do presidente Lula: fui ao banheiro vomitar! Por falar em Lula, como sempre acontece nestas negociações espúrias que se desenvolvem na periferia do palácio presidencial, ele desapareceu de cena. Certamente deveter feito, às escondidas, um fantástico toma-lá-dá-cá entre a fina flor da podridão do senado. Vejam a que ponto o Brasil chegou: a importante presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal ficar restrita a escolha destas duas figuraças do legislativo: Collor de Mello e Idelli Salvatti. Espero que este acontecimento enojador propicie forças ao senador Jarbas Vasconcelos para que ele inicie realmente uma luta sem trégua contra a corrupção e a falta de vergonha total da maioria dos senadores."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

ESTADO DE SÃO PAULO, 06 março 2009
EDITORIAL
Aliança espúria


A vitória do senador Fernando Collor (PTB-AL) sobre a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), na conquista da presidência de uma das mais importantes Comissões do Senado - a da Infraestrutura, que examina questões ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), maior trunfo político e eleitoral do governo Lula -, causou indignação e revolta nos que viram nisso manobra desleal do PMDB, rompendo a proporcionalidade regimental da representação dos partidos. O senador Aloizio Mercadante, por exemplo, depois de um azedo bate-boca com o líder peemedebista Renan Calheiros (AL), desabafou: "Foi uma aliança espúria que interferiu no direito legítimo e democrático do PT." Não que isso tenha deixado de ocorrer, mas o fato é que "aliança espúria" é a própria estrutura de sustentação político-parlamentar do governo federal, montada à custa do mais fisiológico toma-lá-dá-cá. Quando se imaginaria, há poucos anos, que Sarney, Collor e Lula acabariam politicamente amalgamados em torno da força agregadora de Renan?

O fato de o Partido dos Trabalhadores (PT) ter sido fragorosamente derrotado pelo próprio Planalto, de sua combativa ex-líder ter sido desalojada por manobra conduzida por quem ela defendera, com ênfase solidária (e solitária) em 2007 - quando Renan renunciou à presidência do Senado para não ser cassado -, de o ex-presidente Collor ter recebido os mais rasgados elogios do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, homem da maior confiança do presidente Lula, tudo isso fica em segundo plano como subproduto do nível ético que prevalece em certos círculos políticos, tão bem descritos nos recentes pronunciamentos do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Nesse quadro, o Senado tem sofrido um desgaste de imagem não comparável a qualquer outro período de sua existência. E que melhor símbolo haveria, para demonstrar isso, do que o ressurgimento triunfante do ex-presidente Fernando Collor de Mello, nas circunstâncias em que se deu?

Tudo isso são componentes do imbróglio que tem impedido a Casa de iniciar seu funcionamento neste ano - já entrado março, nada foi discutido ou votado -, resultante dos "acertos" - feitos e não cumpridos - para garantir a eleição de Sarney para presidir o Senado.

Quando o ex-presidente (da República e do próprio Senado) José Sarney resolveu entrar na disputa pela direção da Casa, causou a ruptura do acordo anteriormente celebrado entre seu partido, o PMDB, e o PT, em torno do apoio ao candidato petista Tião Viana (AC). Ao mesmo tempo, deixou a ver navios (afundados no Planalto) seu correligionário Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que nem tivera tempo de usar os cinco ternos novos comprados para exercer a presidência da Casa - cargo em que até surpreendentemente estava se saindo bem, demonstrando alguma independência em relação ao governo -, ninguém, em sã consciência, julgava que o senador maranhense do Amapá impunha sua candidatura apenas pelo prestígio obtido junto a seus pares, em sua longa carreira política. Em obediência à franciscana tradição do "é dando que se recebe", sabia-se muito bem que estavam sendo transacionadas as barganhas que levariam à vitória de Sarney.

Mas é claro que, especialmente numa Casa Legislativa onde não há novatos na política - antes pelo contrário - as cobranças dos acertos haveriam de vir, e fortes. Como houve mais promessas de cargos na Mesa e nas 11 Comissões temáticas do Senado do que a quantidade real desses cargos, alguns senadores e bancadas partidárias, que apoiaram Sarney em troca das promessas, sobraram. E veio o pandemônio, pois no Senado não vigora o costume de se deixar barato o prometido e não cumprido.

Logo de saída, "rifou-se" o senador Garibaldi Alves Filho, a quem havia sido prometida a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos - para dá-la ao PT -, sendo-lhe oferecida, como prêmio de consolação, a Comissão Mista de Orçamento. Mas ele rejeitou o arranjo: "Estou me sentindo como marido traído, sou o último a saber." Não estava sozinho nessa incômoda posição, como viria a constatar a ex-líder do PT Ideli Salvatti, atropelada pelo rolo compressor dirigido por Renan Calheiros, o novo condestável do Senado.

domingo, 8 de março de 2009

DISCURSO DE JARBAS VASCONCELOS NO SENADO

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), discursando na tribuna do Senado

Comentário sobre a noticia em 04 março9 2009:

"Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), subiu na tribuna do senado, e falou que existe um quadro aterrador de corrupção no Brasil. Ele cobrou do Lula a agência anticorrupção que o mesmo havia prometido em 2002. Esse negócio de agência contra roubalheira nunca vai dar certo aqui no Brasil. Primeiro porque o cidadão decente e honesto seria proibido de passar por perto de tal confraria. Acho que o senador Jarbas Vasconcelos já está tentando sair pela tangente. Sua entrevista a revista Veja foi ótima, lembrou a nação brasileira algo que todos sabemos, e colocou todos os corruptos do PMDB indignados e mais unidos do que nunca. Todos foram para o plenário do Senado dispostos a revidar violentamente as novas declarações que o senador, supostamente, iria fazer. Coagiram e amedrontaram Jarbas Vasconcelos. O unico elemento do PMDB citado por ele na tribuna foi Renan Calheiros. Este todo mundo esculhamba porque se transformou, literalmente, no boi das piranhas de Brasília. A grande verdade é que a cleptomania que tomou conta do Brasil só acontece porque nenhum nenhum desses ladrões de colarinho branco vai para a cadeia. Todos estão livres. Os corruptos do legislativo são julgados e absolvidos pelos colegas. Todos os ladrões que tem pedigree se protegem nas leis brasileiras que foram feitas na medida para que nenhum corrupto milionário seja condenado. É difícil aceitar uma impunidade epidêmica, mas o cidadão revoltado tem que resistir a tentação de parar com a luta. Devemos continuar cutucando a ferida exposta no corpo da corrupção que se oculta na sombra escorregadia das leis brasileiras. Não podemos deixar de lutar, porque algum dia a justiça aqui no Brasil será igual para todos. Vamos aproveitar alguma coisa da fala de Jarbas Vasconcelos, e transforma-la numa bandeira de luta contra os corruptos do PMDB, PT & outros. Vamos obrigar a oposição, PSDB, DEM & outros, a tomar vergonha na cara e fazer o que já deveriam estar fazendo há muito tempo."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

FOLHA DE SÃO PAULO, 04 de março de 2009

ALMAS PENADAS
Eliane Cantanhêde

O TSE acaba de cassar o segundo governador este ano, Jackson Lago, do Maranhão. O Senado derrubou o seu diretor-geral, Agaciel Maia, por ter uma casa avaliada em R$ 5 milhões não declarada ao fisco. Na Câmara, a Corregedoria corre atrás de Edmar Moreira, o do castelo, e está sendo formada a Frente Anticorrupção, embalada pelo discurso do senador Jarbas Vasconcelos contra a transformação do Congresso numa casa de "atravessadores". [...]
[LEIA MAIS...]


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO em 04 março 2009

Americano diz que família brasileira mentiu e a familia brasileira diz que americano mente

David, o americano,Bruna, a brasileira, e o filho Sean

Comentário sobre a notícia em 02 março 2009:

"David, americano, e Bruna, brasileira, se casaram, e tiveram um filho. Brigaram. Bruna trouxe o filho para o Brasil e se casou de novo. Morreu no parto do segundo filho. O americano diz que a família de Bruna é rica, influente e afastou o filho dele durante quatro anos. A familia de Bruna diz que já deu bastante dinheiro para o americano, que por seu lado descola uma grana num site na internet vendendo camisetas e bonés com a foto do filho. No meio dessa historia fantástica, agora aparecem dois novos personagens: a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o chanceler Celso Amorim. Dizem que os dois irão negociar a questão. Conforme diz um provérbio italiano 'Si non è vero, è bene trovato'."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

O Globo

Assunto: Rio
Título: 1a Americano diz que família brasileira mentiu
Data: 02/03/2009
Crédito: Marília Martins

[CLIQUE AQUI...]

Site do americano que faz campanha pela volta de Sean Goldman para os Estados Unidos
[CLIQUE AQUI ...]

A EMBRAER ACORDOU O LULA


Nova Família de Jatos Executivos da EMBRAER. (Foto Divulgação Embraer)

Comentário sobre a notícia em 20 fevereiro 2009:

"Parece que o Lula acordou com a demissão dos 4.200 funcionários da Embraer, ou seja, 20% da sua força de trabalho. Acho que o povo também acordou junto com o Lula. Num programa de toda sexta-feira, a Globo News coloca tres assuntos para o telespectador escolher qual deles irá para a pauta de um programa, onde um técnico irá responder as perguntas sobre o assunto escolhido. Esta semana foram os seguintes: 1 - crise na Europa, 2 - violência no futebol e 3 - como o cidadão pode se defender do desemprego e não ficar endividado. Advinhem qual foi o vencedor? O assunto 3 - como se defender do desemprego, que obteve uma escolha record de 79%. É Lula, acho que todo mundo acordou. No caso da Embraer não vai adiantar muito você ficar vermelho de raiva em cima do palanque e começar a pedir de volta o dinheiro público que o governo colocou nos cofres daquela empresa, pensando que isto resolveria o assunto. Deve ter resolvido o problema dos intermediários da negociata. Usando um palavreado que o Lula adora, devo dizer que 'o negócio é mais embaixo, companheiro'."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

O Globo de 20 de fevereiro de 2009

Embraer alega crise sem precedentes e demite 20%


País teve o pior janeiro em dez anos: 101 mil vagas foram fechadasNo mais drástico enxugamento de pessoal de uma empresa brasileira desde o agravamento da crise internacional, em setembro de 2008, a Embraer, uma das maiores fabricantes de jatos comerciais do mundo, começou ontem a demitir mais de 4.200 funcionários, o que representa 20% de sua força de trabalho. As demissões devem atingir também as unidades na França, em Cingapura e nos EUA. A notícia irritou o presidente Lula, que pretende chamar para uma conversa o presidente da empresa, Frederico Curado. Lula foi avisado previamente dos cortes, mas o governo não teve tempo para buscar uma alternativa. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, e a BNDES têm participação no capital da Embraer. Recentemente, Lula tinha demonstrado desaprovação às 1.300 demissões na Vale, o que considerou “um absurdo”. Ontem, a Vale anunciou lucro de US$ 13,2 bilhões em 2008 — alta de 11,78% sobre 2007. No quarto trimestre, no entanto, o resultado despencou 72%, em dólar. Em janeiro, o país perdeu 101.748 vagas com carteira assinada, o pior resultado para o mês em dez anos. [Páginas 19 e 20]

"Jarbas Vasconcelos diz que PMDB é um antro de corruptos"


Meu comentário falado sobre discurso de Jarbas Vasconcelos em 17 de fevereiro de 2009, abaixo transcrito conforme lido e enviado aos jornais.

"O senador do PMDB, Jarbas Vasconcelos, numa entrevista explosiva, disse que o seu partido é um antro de oportunistas que só pensam nos seus interesses particulares e não estão nem ai para o povo. O eleitor brasileiro precisa ter tripas de aço para poder conviver com toda esta imoralidade. Quando vemos eleições como as que foram realizadas para as presidências do Senado e da Câmara, com a eleição do Sarney, nada mais se pode esperar desta pobre nação. A situação política do Brasil está mais deprimente do que nunca, e só tende a piorar. Não existe uma luz de decência no fim do tunel democrático. Não existe mais ilusões. Não existe mais pureza ideológica, mas sim, necessidade fisiológica e oportunista. Os políticos não são mais de esquerda, direita ou centro. Moralidade e ética no Congresso Nacional passou a ser sinônimo de cerceamento da liberdade. O que existe são objetivos pessoais que precisam ser alcançados de qualquer maneira, sejam quais forem os meios. Enquanto isso, o presidente da Republica transforma os palanques que frequenta em verdadeiras Happy Hours eleitorais e de profundo mal gosto. Devo dizer ao senador Jarbas Vasconcelos que a sua entrevista foi ótima, sua intençao deve ter sido muito boa, mas infelizmente, tudo vai continuar na mesma. Homens como Sarney, Renan, Maluf, Lula, e a maioria dos políticos, principalmente dos pemedebistas, estão imunes a qualquer sentimento de vergonha, e devem estar rindo da sua atitude ousada e corajosa."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Publicado no JORNAL DO BRASIL, em 19 fevereiro 2009


Charge do IQUE publicada no JORNAL DO BRASIL