ATENTADO DO RIOCENTRO EM 30 DE ABRIL DE 1981
Edição extraordinária sobre a Bomba do Riocentro
Comentário sobre a notícia em 26 de abril de 2011:
"Até hoje, essa história do Riocentro está mal contada. Eu diria também que ela está muito mal procurada. Mas uma coisa é certa: havia outra bomba dentro do carro onde estavam o capitão Wilson Machado e o sargento Guilherme Pereira. E todos os telespectadores que assistiam a TV Globo, pelo menos no Rio, viram perfeitamente a reporter de um telejornal da época, que havia entrado no ar em edição extraordinária, fazer uma entrevista com um policial, em que o mesmo afirmava que a bomba que ele tinha na mão estava dentro do carro. Muita gente deve ter visto, porque apesar da hora, isso tudo aconteceu na madrugada do feriado de primeiro de maio. Entretanto, nunca mais se falou no assunto. Silêncio total. A ditadura estava agonizando e ainda era perigoso abrir a boca. Se eu tivesse escrito este comentário para algum jornal naquela época, eu já estava morto há muito tempo. Já que essa história voltou ao noticiário 30 anos depois, a primeira coisa que os interessados deveriam fazer seria procurar saber se este filme ainda existe e onde se encontra. A sua descoberta iria acabar com a dúvida histórica sobre a existência ou não de uma segunda bomba dentro do carro dos militares."
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
Publicado no HOJE EM DIA, MG, "RIOCENTRO", em 27 de abril de 2011
O Globo - 26/04/2011
Após 30 anos, nova testemunha
Testemunha do Riocentro viu 3 cilindros no Puma
Agência o globo: Chico Otavio e Alessandra Duarte
Na noite de 30 de abril de 1981, Mauro César Pimentel esqueceu a carteira no Fusca do amigo que o acompanhava no Riocentro. Foi buscar, e, na volta, passou pelo Puma que tinha ficado estacionado na frente do Fusca. Viu então o homem no banco do carona do Puma mexer numa espécie de cilindro que estava em seu colo. No banco de trás do carro, mais dois cilindros iguais ao da frente.
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ATENTADO DO RIOCENTRO - MEMÓRIA GLOBO
[...] - A Rede Globo começou a noticiar o atentado no Riocentro na manhã seguinte, dia 1º. de maio, em flashes ao longo da programação. A imagem do carro destruído foi exibida no Jornal Hoje, numa matéria da repórter Leila Cordeiro, que informou a identidade dos ocupantes do automóvel e falou sobre a existência de outras duas bombas, desativadas por peritos. A informação foi posteriormente desmentida pelo delegado Newton Costa, diretor do Departamento Geral de Investigações Especiais, e pelo general Gentil Marcondes Filho, comandante do I Exército. Naquela edição foi mostrada a imagem de dois tubos de gás lacrimogêneo, equivocadamente identificados como as outras bombas encontradas no Puma. [...]
[...] - Ainda naquele dia, o incidente dominou toda a edição do Jornal Nacional. A repórter Leila Cordeiro mostrou como foi o atentado. Além de atualizar as informações dos noticiários anteriores, o telejornal apresentou declarações indignadas de políticos, como José Sarney, Mário Andreazzi e Miro Teixeira, e a versão do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, general Waldyr Muniz, que culpou os comunistas pelo atentado. [...]
[...] - A reação ao noticiário do Jornal Nacional foi imediata, e a redação da TV Globo foi ocupada pelos militares na manhã do dia seguinte. A emissora foi obrigada não só a corrigir o seu erro na identificação da imagem, como seria natural, mas também a desmentir a existência de outras bombas no carro, apesar dos rumores de que a informação era correta.
[LEIA TODA A HISTORIA NO SITE DA REDE GLOBO - MEMORIA GLOBO ...]
JORNAL DA MIDIA
Domingo, 24/04/2011
Ditadura
Agenda de autor do atentado no Riocentro revela rede de conspiradores
Deixar que a bomba explodisse em seu colo não foi o único erro do sargento Guilherme Pereira do Rosário na noite de 30 de abril de 1981, no Riocentro. O "agente Wagner" do Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI I), principal centro de tortura do regime militar no Rio, também levava no bolso uma pequena agenda telefônica, contendo nomes reais, e não codinomes, e respectivos telefones, de militares e civis envolvidos com tortura e espionagem.
Quatro deles eram ligados ao "Grupo Secreto", organização paramilitar de direita que desencadeou uma série de atos terroristas na tentativa de deter a abertura política.
Havia ainda nomes-chave da polícia fluminense, como o chefe de gabinete do secretário de Segurança e o chefe da unidade de elite policial da época, o Grupo de Operações Especiais, mais tarde Departamento Geral de Investigações Especiais, setor especializado em explosivos que tinha a responsabilidade de investigar justamente atentados a bomba como os patrocinados pelos bolsões radicais alojados na caserna.
Trinta anos depois do atentado que vitimou o próprio autor e feriu gravemente o então capitão Wilson Machado, O GLOBO localizou a agenda e identificou metade dos 107 nomes e telefones anotados pelo sargento.
De oficiais graduados a soldados, de delegados a detetives, Rosário tinha contatos em setores estratégicos, como o Estado-Maior da PM e a chefia de gabinete da Secretaria de Segurança, além de amigos ligados a setores operacionais, como fábrica de armamento e cadastros de trânsito. (Chico Otavio e Alessandra Duarte, de O Globo)
Atentado do Riocentro - Show 1º de maio - Wikipédia, a enciclopédia livre.
[...]O coronel Job Lorena de Sant'Anna assumiu em seu lugar. O coronel havia comparecido ao enterro de Rosário, onde leu um discurso que declarava que ele fora vítima de um ato terrorista, corroborando a versão divulgada inicialmente pelo Exército, embora várias evidências a desmentissem. Uma delas era o fato da genitália do sargento ter sido destruída, o que não aconteceria se a bomba estivesse do lado do banco. Além disso, os homens do DOI carregavam duas granadas. Imagens delas apareceram inclusive no Jornal Nacional, mas, pressionada pelos militares, a Rede Globo voltou atrás e anunciou que as imagens eram de extintores de incêndio.[...]
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