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quinta-feira, 7 de abril de 2011

OS ESCRAVOS DO PAC


Foto de incêndio ocorrido no final da tarde de terça-feira na usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia.(Alisson Carlos/Rondonia)

Comentário sobre a notícia em 04 de abril de 2011:

"Nos canteiros de obras do PAC espalhados pelo Brasil, vivem e trabalham cerca de 80 mil trabalhadores. A CUT e a FORÇA lutam para controlar a maior parte deste pessoal. Todo muito quer lucrar ao máximo às custas do trabalho dos trabalhadores. Os aliciadores que vão busca-los nas partes mais miseráveis do Brasil os transformam em verdadeiros escravos. No canteiro de obra em Jirau vivem 22.000 desses trabalhadores. Mesmo que desejem sair daquele inferno, jamais conseguem juntar dinheiro para voltar a vida miserável dos seus locais de origem porque estão sempre devendo a alguém. Os políticos do PT cansam de usar as obras do PAC como bandeira eleitoral nos seus palanques. Lula fala até hoje como se o PAC fosse sua propriedade exclusiva. O BNDES financia a maior parte disto tudo. Só na obra lá em Jirau, o banco financia 68%, o que significa a bagatela de R$ 7,2 bilhões, A maior empreiteira do consórcio lucrou R$ 1,7 bilhão. Depois que o BNDES passou a usar esse "s" no final o seu orçamento passou a ser composto pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador e todos os bolsos sociais do cidadão. Sempre é bom lembrar que o BNDES somente 60 anos depois da declaração Universal dos Direitos do Homem, passou a adotar, em 2008, restrições de financiamento as empresas que usassem o trabalho escravo e infantil, e a segregaçao racial em suas políticas de trabalho. Foi preciso os 80 mil trabalhadores do PAC se rebelarem para que os responsáveis pelas obras tomassem alguma atitude. Pimeira delas vai ser acabar com os intermediários que aliciam e levam os trabalhadores para os canteiros das obras. Mas é preciso fazer muito mais se querem realmente que essas obras acabem. Os trabalhadores agora já sabem como chamar atenção para as suas reinvidicações."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "TRABALHADORES DO PAC", em 02 de abril de 2011


Mapa da localização da Usina Hidrelétrica de Jirau e da Usina Hidrelétrica de Santo Antonio, Rondonia.

O Globo - 01/04/2011
Governo, centrais sindicais e empresas querem eliminar 'gatos'
Agencia o globo: Mônica Tavares e Geralda Doca

BRASÍLIA. O fim dos "gatos" - como são conhecidos os intermediários de mão de obra - e a utilização do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para recrutar operários para empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram as principais medidas acertadas ontem por centrais sindicais, empresários e governo no Palácio do Planalto. Eles participaram da primeira reunião do comitê tripartite formado para alinhavar condições básicas de trabalho nos canteiros de obra do PAC em todo o Brasil.

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DIARIO DE SOROCABA - 25/03/2011
Revolta de trabalhadores do PAC preocupa governo
As sucessivas revoltas de trabalhadores em canteiros de obras das hidrelétricas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal vêm preocupando o Palácio do Planalto. Embora exista um monitoramento por parte da segurança institucional, a presidente Dilma Rousseff preferiu tratar o assunto por meio da Secretaria-Geral da Presidência da República e escalou o ministro Gilberto Carvalho para tratar de perto a questão.

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FOLHA DE SÃO PAULO - 17/03/2011
Confronto na usina de Jirau destrói alojamentos e escritórios
Usina de Jirau tem histórico de polêmicas
RODRIGO VARGAS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO (RO)
Trabalhadores da usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, estão deixando o canteiro de obras da hidrelétrica na manhã desta quinta-feira dizendo que um novo confronto incendiou os alojamentos e escritórios que ainda não haviam sido destruídos. Eles carregam malas e mochilas e dizem que não há mais nenhum alojamento ou escritório em pé.

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