É PARA ISTO QUE SERVE O SENADO FEDERAL ...
Jornal do Brasil Domingo, 6 de abril de 2008
Leandro Mazzini
INFORME JB:
Collor começa a sua campanha para 2010
Dois andares separam os gabinetes dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL), mas, para quem já caminha junto num projeto eleitoral, não há desejo que sucumba aos degraus que levam ao poder. A dupla articula a sucessão do governador de Alagoas, Teotônio Vilella (PSDB). Renan decidiu tirar o PMDB da gestão de Teo. Acredita no projeto do ex-presidente da República, de quem foi líder do governo na Câmara: Collor vai ajudar Renan a se reeleger senador em 2010, mesmo ano em que o peemedebista apoiará Collor para o governo de Alagoas – que já administrou (1987-89).
É tão evidente o plano de Collor que manobras explícitas denunciam estratégia familiar. Collor cedeu três meses de seu mandato para o primo suplente Euclydes Mello sentir o prazer de pisar no Senado (gostou tanto que não sai mais). A visibilidade reforçará a campanha de Euclides para prefeito da pequena Marechal Deodoro (AL). Agora, Collor decidiu ajudar outra prima, Ada Mello, segunda suplente. O senador vai tirar nova licença, de quatro meses, no segundo semestre. É a primeira vez que um senador dá lugar a dois suplentes em tão pouco tempo. As férias vão render. Collor coordenará as campanhas dos candidatos do PTB no seu reduto.
Comentário sobre esta notícia :
Pronunciamento do Senador Fernando Collor de Mello em 15 de março de 2006
O informe JB nos conta que Fernando Collor vem aí em 2010. Se a sua memória é curta, vale a pena lembrar que o mesmo foi demitido do cargo de presidente em 1992. Retornando a política, foi eleito senador em 2006. No dia 15 de Março de 2007, o marajá das Alagoas fez um pronunciamento de tres horas, para comemorar a sua volta.
Collor usou a tribuna do Senado Federal, estranhamente lotado, para se "defender" da ação de "impeachment" que o afastou do cargo, aprovada pelos membros do Congresso Nacional, que ouviram de cabeça baixa as acusações do orador de que tudo foi uma grande armação.
Uma história absurda digna de ser levada ao cinema pelo diretor Pedro Almodovar.
O revoltante daquele evento foi o monumental silêncio dos senadores durante todo o seu pronunciamento. Nenhum senador foi contra o ex-morador da Casa da Dinda.
Silêncio total. Nenhum protesto.
Collor disse simplesmente que todo o Brasil estava errado e ele foi o único certo em toda aquela história.
Tudo não passou de uma rixa pessoal entre ele e Ibsen Pinheiro.
Nada mais.
Depois do discurso, Collor foi fazer uma visita ao homem que comandou a luta a favor do seu "impeachment" e hoje é Presidente da República.
Foi ao Palácio do Planalto abraçar o Lula, e dizer que não tinha cicatrizes em seu coração, e bater um papo sobre amenidades durante duas horas.
Nos telejornais e nos jornais apenas a descrição do discurso.
Aqui, e alí, algumas opiniões que pareciam sair da cabeça de extraterrestres perdidos no espaço e no tempo.
O luto que cobriu o período Collor foi apenas um rio de lama passageiro que a nossa memória já esqueceu.
Como sempre, nada parecia ter acontecido no Brasil em 1992. Esqueçamos o ocorrido, era a palavra de ordem. Muitos senadores chamam o atual senador Fernando Collor de "Presidente". Alguns vão além, e falam "Meu presidente".
Positivamente, temos que aceitar como verdade uma frase que está na entrada de uma Casa de Saúde Psiquiátrica aqui em Nova Friburgo: "Fora da loucura não há salvação".
Todos podem estar certos que Collor será candidato a presidência em 2010, e, sem dúvida nenhuma, com forte chance de ser eleito pela segunda vez.
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
Leandro Mazzini
INFORME JB:
Collor começa a sua campanha para 2010
Dois andares separam os gabinetes dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL), mas, para quem já caminha junto num projeto eleitoral, não há desejo que sucumba aos degraus que levam ao poder. A dupla articula a sucessão do governador de Alagoas, Teotônio Vilella (PSDB). Renan decidiu tirar o PMDB da gestão de Teo. Acredita no projeto do ex-presidente da República, de quem foi líder do governo na Câmara: Collor vai ajudar Renan a se reeleger senador em 2010, mesmo ano em que o peemedebista apoiará Collor para o governo de Alagoas – que já administrou (1987-89).
É tão evidente o plano de Collor que manobras explícitas denunciam estratégia familiar. Collor cedeu três meses de seu mandato para o primo suplente Euclydes Mello sentir o prazer de pisar no Senado (gostou tanto que não sai mais). A visibilidade reforçará a campanha de Euclides para prefeito da pequena Marechal Deodoro (AL). Agora, Collor decidiu ajudar outra prima, Ada Mello, segunda suplente. O senador vai tirar nova licença, de quatro meses, no segundo semestre. É a primeira vez que um senador dá lugar a dois suplentes em tão pouco tempo. As férias vão render. Collor coordenará as campanhas dos candidatos do PTB no seu reduto.
Comentário sobre esta notícia :
Pronunciamento do Senador Fernando Collor de Mello em 15 de março de 2006
O informe JB nos conta que Fernando Collor vem aí em 2010. Se a sua memória é curta, vale a pena lembrar que o mesmo foi demitido do cargo de presidente em 1992. Retornando a política, foi eleito senador em 2006. No dia 15 de Março de 2007, o marajá das Alagoas fez um pronunciamento de tres horas, para comemorar a sua volta.
Collor usou a tribuna do Senado Federal, estranhamente lotado, para se "defender" da ação de "impeachment" que o afastou do cargo, aprovada pelos membros do Congresso Nacional, que ouviram de cabeça baixa as acusações do orador de que tudo foi uma grande armação.
Uma história absurda digna de ser levada ao cinema pelo diretor Pedro Almodovar.
O revoltante daquele evento foi o monumental silêncio dos senadores durante todo o seu pronunciamento. Nenhum senador foi contra o ex-morador da Casa da Dinda.
Silêncio total. Nenhum protesto.
Collor disse simplesmente que todo o Brasil estava errado e ele foi o único certo em toda aquela história.
Tudo não passou de uma rixa pessoal entre ele e Ibsen Pinheiro.
Nada mais.
Depois do discurso, Collor foi fazer uma visita ao homem que comandou a luta a favor do seu "impeachment" e hoje é Presidente da República.
Foi ao Palácio do Planalto abraçar o Lula, e dizer que não tinha cicatrizes em seu coração, e bater um papo sobre amenidades durante duas horas.
Nos telejornais e nos jornais apenas a descrição do discurso.
Aqui, e alí, algumas opiniões que pareciam sair da cabeça de extraterrestres perdidos no espaço e no tempo.
O luto que cobriu o período Collor foi apenas um rio de lama passageiro que a nossa memória já esqueceu.
Como sempre, nada parecia ter acontecido no Brasil em 1992. Esqueçamos o ocorrido, era a palavra de ordem. Muitos senadores chamam o atual senador Fernando Collor de "Presidente". Alguns vão além, e falam "Meu presidente".
Positivamente, temos que aceitar como verdade uma frase que está na entrada de uma Casa de Saúde Psiquiátrica aqui em Nova Friburgo: "Fora da loucura não há salvação".
Todos podem estar certos que Collor será candidato a presidência em 2010, e, sem dúvida nenhuma, com forte chance de ser eleito pela segunda vez.
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
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