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sábado, 29 de março de 2008

LULA E CABRAL NA ELEIÇAO DO RIO E JANEIRO


LULA E CABRAL TROCAM TUDO NA SURDINA

Comentário sobre a notícia:

Publicado no JORNAL DO BRASIL, em 27 de Março de 2008

Tenho certeza absoluta que 90% da população da cidade do Rio de Janeiro não tem a mínima idéia de quem são Alessandro Molon e Régis Fichtner. Sérgio Cabral, uma das principais marionetes estaduais de Lula, colocou para escanteio o seu secretário Eduardo Paes, que largou o PSDB em outubro de 2007, para ser candidato a prefeito pelo PMDB em 2008.

Nada como um dia atrás do outro.

Os que conhecem a trajetória política de Eduardo Paes devem estar morrendo de rir. O objetivo maior dos dois grandes oportunistas, Lula e Cabral, não é a eleição dos dois estranhos no ninho, Alessandro Molon e Régis Fichtner, mas sim, apoiar, num segundo turno, o bispo Crivela, que deverá enfrentar o Gabeira, ou a Jandira Feghali, colocando toda a máquina Federal e Estadual a serviço dos interesses eleitorais do pastor Crivela.

Como esses dois, Lula e Cabral, nunca fazem nada às claras, eles preferem fingir que estão muito empenhados na eleição para prefeito no primeiro turno, transformando o apoio à Crivela no segundo turno, como uma contingência forçada pela disputa eleitoral. Qualquer iniciante em politica sabe que é impossivel os dois ilustres desconhecidos disputarem o segundo turno da eleição.

Resta agora advinhar para onde o prefeito virtual Cesar Maia vai enviar o seu e-mail.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


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O Globo - EDIÇÃO DO DIA 26 de março de 2008.

Cabral troca Paes por petista

Governador acerta com Lula e Picciani chapa com Molon e seu homem de confiança
como vice
Chico Otavio

No almoço de aniversário do presidente da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB), oferecido ontem pelo governador Sérgio Cabral, quem acabou na frigideira foi o secretário estadual de Esporte e Lazer, Eduardo Paes. Ele deixou de ser o candidato de Cabral à sucessão do prefeito Cesar Maia. Numa articulação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador acertou com Picciani o apoio do PMDB a um petista na disputa da prefeitura: o deputado estadual Alessandro Molon.

Será uma dobradinha do PT com o PMDB. Para vice na chapa, Cabral indicou o advogado peemedebista Regis Fichtner, secretário estadual de governo. Homem de confiança do governador, une o partido e agrada, inclusive, a Picciani.

O almoço a dois, no Palácio das Laranjeiras, serviu para aparar arestas.

Picciani desistiu da aliança com o DEM, de Cesar Maia e da pré-candidata Solange Amaral. Mas o acerto entre os dois deverá abrir uma crise no PMDB. Ontem mesmo, após a divulgação dos resultados do encontro, o exgovernador Anthony Garotinho e o deputado Marcelo Itagiba criticaram a dobradinha e prometeram reagir.

Os dois personagens do acordo se esquivaram de falar. Tanto Molon como Paes se recusaram a comentar a decisão. Paes se reuniu ontem com o governador, e foi avisado que tinha sido preterido. Hoje, Cabral receberá Molon, em encontro que também terá Picciani, Regis Fichtner e o presidente estadual do PT, Alberto Cantalice, para acertar os detalhes do acordo.Garotinho diz que não foi consultado Cantalice disse que Molon foi o último a saber do acerto. Ao lembrar que o PT fará uma prévia no domingo para tratar do assunto, disse que pretende levar para a direção do PT tudo aquilo que sair da reunião de hoje.

— Sempre trabalhamos com a perspectiva do apoio do PMDB e do governador. Mas, com essa aliança, a candidatura petista passa a ser a mais forte na disputa.

O ex-governador Garotinho, defensor da aliança com o DEM, disse ontem que Cabral não pode achar que o PMDB fluminense é uma extensão do governo estadual.

— O governador incorre em grande equívoco ao tomar esta atitude sem consultar as bases.

Garotinho advertiu que a aliança do PMDB com o DEM foi aprovada pelo diretório
estadual do partido e só pode ser mudada numa reunião do mesmo diretório. Segundo ele, o partido de Cesar Maia fez intervenção em mais de 80 diretórios municipais, para garantir o apoio do partido aos candidatos do PMDB.

— Tomar uma decisão dessa magnitude sem comunicar ao prefeito Cesar Maia seria uma traição, palavra facilmente encontrada no dicionário do governador Sérgio Cabral, mas não no meu — atacou.

Logo que soube, Marcelo Itagiba também cobrou uma decisão de partido e não de gabinete: — Isso contraria posição do partido, expressa em manifesto da bancada, de que sem aliança marcharíamos com candidatura própria.Teremos de decidir no partido. Rompese o acordo? Aceita-se a proposta do governador? Já o prefeito Cesar Maia evitou a polêmica: — Cabe aos demais partidos respeitarem a decisão. E cabe ao eleitor decidir.

Dois outros pré-candidatos comentaram o acerto: — Desejo boa sorte para ele (Molon).

Acho que é uma indicação que vai manter o bom nível da campanha — disse o deputado Fernando Gabeira, pré-candidato de uma frente que une PV-PSDB-PPS.

— Eles se merecem e o povo é que não os merece — ironizou o pedetista Paulo Ramos.

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