Resultado da pesquisa de casos de DENGUE: imoral e desonesto
Video: Tobby entrevista Capitão Nascimento e o Mosquito da dengue
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Publicado no JORNAL DO BRASIL 26 de Março de 2008
É vergonhosa a dificuldade que os organismos governamentais de saúde pública colocam para que o cidadão desista de registrar um caso de dengue.
Todas as barreiras possíveis são colocadas no seu caminho para que ele não impetre tal ação, como o enfrentamento de filas para o registro, e na obtenção dos relatórios médicos.
Somos governados por verdadeiras máfias que se entronizam temporariamente no poder, onde usam de todos os meios, legais e ilegais, para que possam permanecer o máximo de tempo possível levando vantagens pessoais em tudo.
A estátistica da dengue no Rio pode até estar oficialmente certa, mas é imoral e desonesta.
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)
*
O Globo - EDIÇÃO DO DIA 22 de março de 2008
Doentes esperam horas por um hemograma
Pessoas com suspeita de dengue enfrentam longas filas de atendimento nos hospitais do Rio na Sexta-Feira Santa
Vitor Machado e Waleska Borges
A Sexta-Feira Santa foi de filas nos hospitais do Rio. No Lourenço Jorge, da rede municipal, a sala de espera pelo resultado de hemograma estava lotada de pessoas com suspeita de dengue. Sérgio Santos levou o filho Henzo Alves, de 1 ano, que já teve a doença diagnosticada, para fazer um segundo exame, realizado às 11h. Mas o resultado só saiu às 14h50m.
— Na segunda-feira nós chegamos às 9h. O exame foi feito às 16h e o resultado saiu às 21h30m — conta Sérgio, com Henzo, cheio de manchas vermelhas, no colo. A demora ontem era tanta que os pacientes ficaram revoltados.
Às 14h30m, cerca de 15 deles cercaram a voluntária Maria da Glória para cobrar agilidade. Uma mulher gritou que já estava esperando desde 10h. Avoluntária respondeu que havia pessoas aguardando desde 5h.
Na fila, muitas pessoas vindas do bairro Gardênia Azul, na Zona Oeste. As irmãs Sheila e Mônica Belo estão com os sintomas da doença, assim como o padrasto delas. Já Lúciade Fátima Araújo, também moradora do bairro, que estava com dengue até semana passada, levou ontem ao Lourenço Jorge duas filhas, de 11 e 14 anos. Elas estavam com dor de cabeça e cobertas de manchas.
No Hospital Albert Schweitzer, da rede estadual, em Realengo, onde morreu anteontem a menina Ana Clara Gonçalves, de 7 meses, a espera também era longa. Ângela de Abreu Mariano estava com a filha Graciele de Abreu, de 7 anos. Elas moram em Bangu. A menina estava com o nariz sangrando. Ângela estava com dor de cabeça e febre: — Estou com medo da epidemia.
Tenho vários vizinhos com sintomas.
O açougueiro Jeová Rodrigues estava junto da mulher, Rita de Souza, que está com
sintomas da dengue. Eles procuraram a Unidade de Pronto Atendimento Guilherme da
Silveira, mas não tinha médico.
Por isso, engrossavam a fila no Albert Schweitzer.
Em outra unidade estadual, o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, pacientes afirmaram que tinham que esperar de quatro a seis horas para o resultado do exame de sangue. A moradora de Acari Cláudia dos Santos, de 35 anos, mãe de Bruno dos Santos, de 13, chegou ao hospital às 7h. Segundo ela, o resultado do exame só saiu às 13h. No Hospital Miguel Couto, da rede municipal, a situação era semelhante.
Alguns pacientes com sintomas da dengue esperavam mais de quatro horas pelo atendimento.
A Federação dos Hospitais Particulares do Rio informou que o número de atendimentos nas emergências aumentou até 100%, como mostrou ontem o “RJ-TV”.
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