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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

BIG BROTHER PATRIÓTICO



Comentário sobre a notícia:

"É fácil advinhar o futuro aqui no Brasil. Principalmente quando se trata de casos de corrupção que envolvem colarinhos brancos 'ricos & famosos'.

Até poucos dias atrás, Dantas, Nahas e Pita, estavam à beira da guilhotina. Nessa mesma época chegou Cacciola, alegre e sorridente. Os políticos se esconderam. Várias personalidades da República desapareceram da mídia.

O delegado que comandava o processo policial contra os elementos acima citados, que só tinha meia duzia de assistentes, resolveu fazer um "curso técnico".

O presidente da República desceu a rampa do Palácio para dizer que o delegado só poderia abandonar a investigação se dissesse em alto e bom som que estava saindo por livre e espontânea vontade. O delegado confirmou.

Já entrou um outro, segundo dizem, mais técnico, com cinquenta assistentes a tira-colo. Cacciola deve ser solto em pouco tempo. Os outros já estão livres.

Quando o povo começa a ficar revoltado ao ouvir diáriamente as conversas telefônicas grampeadas com autorização da justiça, nos telejornais, onde os ladrões dizem em alto e bom som que estão roubando milhões de reais dos cofres públicos, sem o mininimo pudor, é quando aparecem os defensores da Democracia e do Estado de Direito, sob a alegação de que a divulgação destes fatos é uma invasão de privacidade.

O povo deveria exigir que fosse votada uma lei que colocasse câmeras tipo Big Brother, com som, em todos os orgãos públicos, gabinetes, ante-salas, em todos os lugares, e dentro de todos os aposentos do Congresso Nacional, e nas dependencias do Palacio do Planalto, onde todos deveriam andar com um microfone na lapela. Todas as conversas telefônicas seriam ouvidas. Tudo seria gravado.

E uma coisa importante: todas as emissoras de TV poderiam transmitir este patriótico Big Brother."


Wilson Gordon Parker
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo - RJ

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