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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A triste realidade alucinatória para o ano de 2008


FOTO: O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e seu colega colombiano, Alvaro Uribe, tramaram muito para boicotar Chávez.


Publicado em 03 de janeiro de 2008, no O GLOBO.

Chávez x FARC

O ano de 2007 encerrou suas atividades transbordando com intensidade a realidade alucinatória que dominou os seus 365 dias. O alopramento surgiu de todos os lados. O surrealismo virtual tomou conta de todos os setores politicos e economicos da vida real do planeta Terra. Os alimentos vão subir mais de 50% porque as refinarias de combustivel precisam deles para produzir energia eterna e mais barata. Alguém deverá descobrir que os cadáveres dos humanos que irão morrer de fome poderão ser reciclados para a produção de combustivel "limpo". Para fechar 2007, os fanfarrões mais conhecidos da grande novela internacional, Bush e Chavez, expuseram para todos nós o valor da "menos-valia" da vida humana: em qualquer situação o ser humano não vale nada para eles. Como Lula nunca entendeu o real significado da teoria da "mais-valia", de Karl Marx, ele mandou o assessor para Relações Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, para a Venezuela, na esperança de repartir a carniça politicamente valiosa dos reféns da FARC. Não deu certo. Olhando atentamente o cenário internacional, descobrimos que a maioria dos paises está dominada por políticos que não dão o menor valor à vida humana. Essa é a triste realidade alucinatória para o ano de 2008.
WILSON GORDON PARKER (por e-mail, 02/01), Nova Friburgo, RJ


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O Globo Online

03/01/2008 às 19h04m

Helicópteros retornam da selva e indicam fracasso de resgate de reféns das Farc

Agências internacionais

BOGOTÁ - Os quatro helicópteros enviados à Colômbia para a operação de resgate de reféns das Farc deixaram o aeroporto de Villavicencio de volta à Venezuela nesta quinta-feira, em um mais um sinal de que o plano elaborado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, fracassou. Os dois MI-17 e os dois Bell estavam na Colômbia desde o último sábado, prontos para entrar na selva do país, onde se esperava que as Farc entregariam os três reféns que haviam prometido libertar: Consuelo González, Clara Rojas e seu filho Emmanuel, nascido no cativeiro.

Depois de diversos adiamentos, no entanto, a operação foi suspensa na quando Chávez leu uma carta em que as Farc diziam não ter condições de entregar os reféns. A guerrilha esquerdista alegou que a Colômbia intensificou as operações militares na região desde que foram divulgadas provas de vida dos reféns, em novembro.

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, negou a realização das ações, e levantou a suspeita de que Emmanuel não estaria em poder da guerrilha. Nesta quinta-feira, o homem a quem a guerrilha teria entregado o menino disse que as Farc lhe deram um prazo até 30 de dezembro para devolvê-lo. O governo acusou as Farc de mentirem e de terem enganado o presidente venezuelano e a comunidade internacional. Em troca, Chávez acusou Uribe de mentir e de não colaborar com seu plano.

Agora, o alto comissário para a paz colombiano, Luis Carlos Restrepo, disse que a partida das aeronaves foi acertada com o ministro do Interior da Venezuela, Ramón Rodriguez Chacín, encarregado por Chávez de coordenar a libertação - oferecida pelas Farc como ato de desagravo ao presidente venezuelano depois que ele foi afastado por Uribe das negociações para libertar 47 reféns, entre eles, a ex-candidata à Presidência colombiana Ingrid Betancourt e três americanos. Marulanda pede que Farc preparem 'ofensiva geral' em 2008

O líder máximo das Farc, Manuel Marulanda, conhecido como - Tiro certo - ,
responsabilizou generais colombianos por bloquear a libertação de seqüestrados, segundo uma carta publicada pela Agencia Bolivariana de Noticias (ABN). Ele pediu que os guerrilheiros aproveitem o momento "acrise" do governo colombiano para preparar uma "ofensiva geral".

"É conveniente aproveitar a crise geral que o Governo atravessa e o cansaço refletido em algumas unidades militares para começar a preparar as condições para organizar uma ofensiva geral", diz o texto, datado de 24 de dezembro de 2007, mas publicado apenas nesta quinta-feira pela ABP.

Na mensagem, Marulanda acusa o governo do presidente Álvaro Uribe de comprometimento com grupos paramilitares de direita, "espalhando o terror em todo o país". Ele também fez críticas à "intervenção" dos Estados Unidos. Em referência a acordos de troca de presos por reféns, pediu que os membros das Farc motivem as "massas a lutar para conseguir o Intercambio Humanitário para evitar que guerrilheiros morram nas celas".

Marulanda afirma que os guerrilheiros "estão obrigados a conduzir as organizações de massa na direção da luta por suas reais reivindicações políticas, econômicas, sociais e por soberania". O líder de 77 anos, fundador da maior guerrilha colombiana, diz ainda que é necessário aumentar o número de membros da organização.


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03/01/2008 - 18h21
Farc anunciam "ofensiva geral" em 2008 na Colômbia
da Folha Online


O chefe da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionários da Colômbia), Manuel Marulanda, também chamado de "Tirofijo", fez um apelo a uma "ofensiva geral" em 2008, em mensagem aos combatentes datada do dia 24 de dezembro e publicada nesta quinta-feira pela Agencia Boliviariana de Prensa (ABP), ligada ao grupo.

"É conveniente aproveitar a crise geral pela qual passa o governo e o cansaço refletido em algumas unidades militares para começar a preparar as condições voltadas para uma ofensiva geral", diz o texto, que não faz nenhuma alusão à operação humanitária montada pela Venezuela para recuperar três reféns, que tiveram a libertação prometida pelas Farc.

O líder rebelde, de 77 anos e que fundou as Farc em 1964, acrescentou que seus quadros "estão obrigados" a desenvolver "ações armadas em estradas, caminhos, florestas, centros urbanos, aldeias e quartéis, sem dar trégua ao inimigo, tal como o faz" contra a organização.

Manuel Marulanda reitera a principal exigência das Farc --a desmilitarização dos municípios de Florida e de Pradera, no sul do país-- para realizar uma troca entre 45 reféns, entre eles a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt, e cerca de 500 guerrilheiros presos.

"Se o presidente Uribe ordenasse uma retirada militar de Florida e Pradera, o problema estaria solucionado há anos. E assim, ninguém perderia, todos ganhariam", estima.

Uribe, conhecido pela firmeza em relação à guerrilha, opõe-se categoricamente a essa desmilitarização, estimando que permitiria às Farc ampliar suas posições.

A guerrilha colombiana das Farc completa 44 anos de existência em 2008, e em um clima de confronto total com o atual presidente Alvaro Uribe, que tem combatido a organização rebelde com maior tenacidade do que seus antecessores.

Extremamente influente no país, o movimento que nasceu como uma reação de um grupo de 48 camponeses à violência policial, no dia 27 de maio de 1964, em Marquetalia (sul), no planalto entre as serras de Iquira e Atá, ainda é liderado pelo mesmo homem, Manuel Marulanda Vélez, mais conhecido como "Tirofijo".

Desde então, as Farc sobreviveram a 11 governos, que alternaram políticas combate e de negociação. Neste sentido, os exemplos mais radicais foram os dois últimos presidentes Andrés Pastrana (1998-2002) e o atual Alvaro Uribe.

O confronto entre Uribe e as Farc é tão forte que quando o primeiro assumiu a presidência, em 7 de agosto de 2002, os rebeldes atacaram a sede do governo com bombas, um dia no qual 20 pessoas morreram.

O governo de Uribe prometeu continuar combatendo este grupo armado, que, por sua vez, nega-se ao diálogo, a não ser sobre a troca de vítimas de seqüestro por rebeldes na prisão.

E é justamente a prática de seqüestros, assim como ligações cada vez mais claras com o narcotráfico, que levaram a guerrilha ao desprestígio junto à população.

Repressão

O governo colombiano afirmou nesta quarta-feira que em 2007 morreram 2.963 membros de grupos guerrilheiros, organizações de narcotraficantes e criminosos comuns em confrontos com tropas do Exército.

Segundo relatório das Forças Armadas divulgado pela Casa de Nariño, sede do governo colombiano, outras 5.225 pessoas foram capturadas e 1.403 se entregaram às tropas.

Dos mortos, segundo o documento, 1.731 pertenciam às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), 239 ao Exército de Libertação Nacional (ELN), nove ao Exército Revolucionário do Povo (ERP) e três ao Exército Popular de Libertação (EPL).

Ainda segundo o Exército, houve 2.507 combates das tropas com organizações ilegais, com o desmantelamento de 1.968 acampamentos guerrilheiros.

Com France Presse


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Do G1, em Brasília

27/12/2007 - 13h18 - Atualizado em 27/12/2007 - 17h57

Reféns da Farc: Lula recomenda cautela a assessor que irá à Venezuela

Segundo Marco Aurélio Garcia, libertação deve ocorrer na sexta-feira.

Assessor participará como observador da ação mediada pela Venezuela.


Tiago Pariz

Marco Aurélio Garcia afirmou não ter detalhes técnicos sobre sua viagem, porém esclareceu que nesta sexta-feira (28) deve partir de Caracas de avião para uma outra base, da qual seguirá de helicóptero para encontrar os reféns em território colombiano. Ainda segundo Marco Aurélio Garcia, sua função no local será observar a operação, acompanhando uma missão internacional.

"É um ato humanitário parcial. Acreditamos que seja o primeiro passo para a continuidade de um programa de libertação de outros reféns o que, talvez, possa abrir caminho para a paz na Colômbia, que é uma coisa desejada por todos nós", declarou o assessor presidencial.

Ainda segundo Garcia, a atuação do Brasil na questão colombiana já ocorre há muito tempo por meio de conversas por parte dos governos."Não somos convidados de última hora. Há muito tempo discretamente desenvolvemos iniciativas para que se chegue a essa negociação", declarou.

Marco Aurélio não confirmou o dia que retornará de viagem, mas afirmou que pretende passar a virada do ano em São Paulo.

Segundo o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, a libertação ocorrerá "provavelmente na sexta-feira (28)". Marco Aurélio Garcia disse que irá ao local onde os reféns serão colocados em liberdade.

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