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sábado, 23 de fevereiro de 2008

DÍVIDA EXTERNA


VIDEO: DIVIDA EXTERNA AQUI NO BRASIL NAO 21/02/2008

Comentário sobre a noticia:

Publicado no O GLOBO em 23 de fevereiro de 2008

Publicado no Jornal do Brasil em 24 de fevereiro de 2008

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Aconteceu no Brasil, em setembro de 2000, o Plebiscito da Dívida Externa. A pergunta era se o Brasil deveria pagar ou não a dívida.

Participou 5% do eleitorado brasileiro. O resultado foi que 90% dos consultados achavam que antes do pagamento deveria ser feita uma auditoria pública na origem e no histórico da dívida.

O movimento a favor do "não" pagamento da dívida recebeu o apoio de centenas de sindicatos, movimentos sociais e diversas organizações da sociedade civil, como a CNBB, o CONIC, a CUT, a UNE, o MST, e outros. A estas entidades somaram-se alguns partidos políticos, tendo o PT como porta bandeira.

Lula e os petistas sempre foram contra o pagamento da divida externa. Lula foi eleito e tomou posse em 2002. Colocou no Banco Central um banqueiro internacional.
Hoje, todos os petistas que eram a favor do calote na dívida externa, estão comemorando o pagamento total da mesma. Pagamos tudo sem ter a mínima idéia do que, e porque, estamos pagando.

O governo Lula só dá o calote nas dívidas que tem com o trabalhador, quando este ganha alguma ação na justiça contra o governo. Normalmente, o cidadão envelhece, morre, e não vê a cor do dinheiro.


WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

PARA QUEM TEM PACIÊNCIA, VALE A PENA LER:

Delfim Netto diz que ser credor tem uma importância simbólica

DÍVIDA EXTERNA: LULA X FHC

A IMPAGÁVEL DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA

Nominalismo e a Crise da Dívida Externa

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Manchetes dos principais jornais em 21 de fevereiro de 2008

O GLOBO

- Brasil reúne recursos para pagar toda dívida externa
- Sem a adoção de nenhuma das propostas históricas do PT para o problema (moratória, auditoria ou plebiscito), a dívida externa deixou oficialmente de ser um peso para a economia brasileira. A ação ortodoxa do Banco Central nos últimos anos, acumulando reservas enquanto a economia mundial se expandia, fez com que o país tenha hoje mais recursos em moeda estrangeira do que dívidas a pagar, tanto no setor público quanto na área privada. O BC anunciou ontem que o país dispõe de US$ 187,5 bilhões em ativos. Com isso, seria possível pagar a dívida e ainda sobrariam US$ 4 bilhões. O ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni diz que, com isso, torna-se mais fácil para o país obter o grau de investimento. (págs.1 e 25 a 27)


O ESTADO DE SÃO PAULO

- Brasil vira credor internacional
- Pela primeira vez na história, o Brasil deixou de ser devedor e passou a credor internacional, informou ontem o Banco Central. Em janeiro, os ativos brasileiros no exterior superaram em cerca de US$ 4 bilhões o total da dívida externa pública e privada. "Estamos superando um longo período caracterizado por vulnerabilidade e
crise, causadas principalmente pela dificuldade em honrar o passivo externo do País", afirmou o presidente do BC, Henrique Meirelles, por meio de nota oficial. Em 2003, no início do governo Lula, a dívida externa líquida era de US$ 165,2 bilhões e foi caindo ano a ano. O principal motivo dessa reversão foi o aumento das reservas brasileiras, representadas por investimentos financeiros feitos pelo País no exterior. A mudança aumenta a expectativa de que o Brasil ganhe das agências internacionais de risco o chamado grau de investimento. O anúncio surpreendeu técnicos do Ministério da Fazenda, que só esperavam que o País se tornasse credor em março. (págs. 1 e B1 a B4)

FOLHA DE SÃO PAULO

- Brasil passa de devedor a credor externo
- Na tentativa de mostrar que o Brasil está bem preparado para enfrentar as turbulências do cenário internacional -e que, por isso, mereceria mais confiança do mercado financeiro e de agências de classificação de risco-, o Banco Central anunciou ontem que o país "zerou" sua dívida externa pela primeira vez na história. Segundo o BC, os ativos que governo e setor privado possuíam no exterior ao final de janeiro já superavam o valor de todo o endividamento contraído em outros países. Isso significa que o Brasil seria capaz de pagar toda a dívida externa usando só as aplicações que tem no exterior, o que sinaliza menor dependência dos fluxos internacionais de capital. Segundo relatório publicado pelo BC na internet, em janeiro os ativos brasileiros no exterior superavam a dívida externa em cerca de US$ 4 bilhões, revertendo o quadro observado até dezembro do ano passado, quando, ao contrário, o endividamento era maior do que as aplicações em US$ 4,4 bilhões. (Página 1)

GAZETA MERCANTIL

- O Brasil deve passar a ser investidor externo líquido pela primeira vez em sua história econômica. O relatório de Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil, divulgado ontem pelo Banco Central, mostrou que a dívida externa líquida ficou negativa em US$ 4 bilhões no mês de janeiro. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a passagem do Brasil de devedor para credor reforça as chances de o País receber o grau de investimento. O Brasil torna-se credor em razão do forte acúmulo de reservas internacionais, que cresceram 110% entre 2006 e 2007, saindo de US$ 85,8 bilhões para US$ 180,3 bilhões. E pela significativa redução da dívida externa total líquida, cujo estoque caiu de US$ 165,2 bilhões no fim de 2003 para US$ 4,3 bilhões, previstos para 2007. O Banco Central enfatizou, em nota, que "o Brasil está superando gradativamente um longo período caracterizado por vulnerabilidade e crises, causadas principalmente pela dificuldade em honrar o passivo externo do País. Este feito é resultado direto da implementação, nos últimos anos, de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação". (págs. 1 e A8)

CORREIO BRAZILIENSE

Agora são os gringos que devem ao Brasil

Pela primeira vez, país tem dólares suficientes para pagar a dívida externa e ainda restam US$ 4 bilhões a receber.Nunca na história do país os cofres do Banco Central estiveram tão recheados de dólares. O Brasil encerrou janeiro com dinheiro suficiente para pagar toda a dívida externa, de US$ 197,7 bilhões, e ainda ficar com sobras de US$ 4 bilhões. A notícia deixou o presidente Lula eufórico. Não era para menos. Afinal, desde que tomou o primeiro empréstimo para financiar sua independência, em 1822, o país é visto por credores externos como um devedor contumaz. Agora, no papel de credor, Lula - um ex-defensor do calote na dívida externa - espera que as agências de classificação de risco promovam logo o Brasil à condição de investiment grade. Esse selo de qualidade, além de atrair mais investimentos estrangeiros, colocaria o país numa posição privilegiada neste momento de crise internacional. O mercado financeiro recebeu a notícia com otimismo.

VALOR ECONÔMICO

- O Brasil tornou-se credor externo líquido pela primeira vez na história do país. Segundo o Banco Central, em janeiro os ativos brasileiros aplicados no exterior, como as reservas internacionais e os haveres de bancos brasileiros, superam em US$ 4,3 bilhões a dívida externa pública e privada. Em cinco anos, a divida externa líquida do país foi reduzida em US$ 165,2 bilhões. O fato de o país ter se tornado credor não significa, porém, a completa eliminação da vulnerabilidade externa. Enquanto que a dívida externa líquida foi reduzida, aumentou o passivo externo líquido - de US$ 297 bilhões para US$ 472 bilhões entre 2004 e junho de 2007, um indicador mais amplo que inclui também os investimentos estrangeiros. (págs. 1 e C2)

JORNAL DO BRASIL

- Mesmo com o pessimismo vindo dos Estados Unidos, a bolsa brasileira mostrou fôlego para atravessar a crise. Depois de acumular perdas de mais de 15% no ano, a Bovespa praticamente zerou todo o prejuízo do período. Fechou em ligeira alta, enquanto Wall Street caía 1,15%. O real teve a maior valorização frente ao dólar comercial desde 1999. A moeda americana fechou em R$ 1,712. O Banco Central anunciou que o Brasil se tornou credor externo pela primeira vez. As reservas internas já superam a dívida externa em US$ 4 bilhões. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)

JORNAL DO COMÉRCIO do RS

País é credor pela primeira vez na história

Pela primeira vez em 508 anos de história, o Brasil deixou de ser devedor e passou a ser credor externo. O feito aconteceu em janeiro e foi anunciado na quinta-feira pelo Banco Central (BC). Segundo relatório do BC, baseado em dados ainda preliminares, os ativos brasileiros no exterior superaram o total da dívida externa pública e privada em mais de US$ 4 bilhões no mês passado. As reservas (US$ 188,5 bilhões) ultrapassaram o valor da dívida externa (US$ 184,5 bilhões). De acordo com o BC, o aumento das reservas internacionais em ritmo "sem precedentes" nos últimos meses e a antecipação de pagamentos da dívida externa permitiram ao Brasil deixar a posição devedora para ficar credor em relação a outros países.
O relatório foi publicado na página do BC na internet, mas dados completos serão divulgados apenas na segunda-feira, dia 25. Em nota, o presidente do BC, Henrique Meirelles, comemorou o feito. "Essa melhora significa que estamos superando gradativamente um longo período caracterizado por vulnerabilidade e crises, causadas principalmente pela dificuldade em honrar o passivo externo do País", afirma Meirelles. Ele destacou que os indicadores externos positivos são resultado da "implementação de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação". O relatório do BC lembra que a dívida externa líquida - resultado da diferença entre a dívida total e os ativos brasileiros no exterior - era de US$ 165,2 bilhões no início de 2003, período que coincide com o começo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, o indicador cai anualmente e em ritmo cada vez maior até a inversão dos sinais em janeiro. Nesse indicador, não estão incluídos os investimento diretos brasileiros no exterior, nem os investimentos estrangeiros no Brasil.
O fato de o País ter se tornado credor líquido - tem mais reservas cambiais do que dívida externa - vai acelerar a classificação de investment grade para a economia brasileira. A avaliação foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A situação atual, disse o ministro, permite ao Brasil "impor respeito" em meio à crise de crédito internacional.
De maneira simplificada, o investment grade (grau de investimento) representa uma espécie de indicação das agências especializadas de que o risco de investir em determinado país é muito baixo. Estas agências atribuem notas para o grau de risco de cada país.

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