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sábado, 23 de julho de 2011

A PARTILHA CONTINUA



Comentário sobre a notícia em 15 de junho de 2011:

Em fevereiro de 2011, o governo realizou um corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, e achou por bem suspender os concursos públicos. Mesmo os que passaram em concursos já realizados, não foram admitidos. Os que estudaram com afinco, passaram noites sem dormir, trabalhando e estudando, confiando que os cargos seriam ocupados por aqueles que mais se dedicassem ao estudo, conheceram na carne a verdadeira face do poder público no Brasil. A desilusão é a visita da realidade. Entretanto, poucos meses depois deste estranho corte de despesas, no dia 14 de junho de 2011, o Senado aprovou, por 49 votos a 12, a Medida Provisória 525/2011, que prevê a contratação temporária de 16.000 professores universitários. Pelo que está escrito no texto da Medida Provisória, os novos contratados poderão começar a trabalhar recebendo o teto salarial da categoria. Vale a pena lembrar que o professor concursado vai subindo a escada salarial ao longo dos anos pelo próprio mérito. Depois da gente pensar um pouco, descobrimos que a única razão possível para esta armação do governo, é que ela faz parte da partilha eleitoral que é feita para beneficiar os políticos da base governamental.

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)


Publicado no ESTADO DE SÃO PAULO, "A PARTILHA CONTINUA", em 16 de junho de 2011


Publicado no DIÁRIO DA MANHÃ, "PARTILHA", em 17 de junho de 2011


Publicado no IMPRENSA LIVRE, "A PARTILHA CONTINUA", 17 de junho de 2011

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