Jornal O Rebate

POLITICOS CORRUPTOS

Comentário sobre a notícia em 23 de novembro de 2010:

"Quando uma coisa não anda bem no Brasil, costumamos dizer que falta vontade política. Mas é muito mais que isto o que acontece com os projetos de combate a corrupção que estão paralizados no Congresso Nacional. Todos eles estão engavetaos há anos. A expressão "falta de vontade política" é muito suave para explicar o que realmente acontece nos bastidores do parlamento em Brasília. A grande verdade é que o lobbie que defende a corrupção enterra todos os projetos destinados a punir os ladrões do dinheiro público. Até hoje apenas 5% do dinheiro roubado, nas roubalheiras que foram descobertas, foi recuperado pelos cofres públicos. A Controladoria-Geral da União (CGU) tenta há anos mudar as regras para combater a corrupção, mas o Congresso Nacional, numa ação suprapartidária, consegue engavetar todos os projetos. O projeto que pretende responsabilizar as empresas que fraudam as licitações públicas tramita em regime de prioridade mas a criação da Comissão Especial nunca foi feita. A trasnformação da corrupção em crime hediondo aguarda julgamento pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A criminalização do enriquecimento ilícito de agente público aguarda inclusão na pauta do plenário desde 12/9/2007. A resolução para impedir que os funcionários públicos de alto escalão deixem os seus cargos para prestar assessorias em empresas privadas foi bloqueada na Câmara pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) em 2008, e desde então está esperando aprovação na Comissão de Trabalho da Câmara. Este cenário de total impunidade faz com que o ato de roubar os cofres públicos no Brasil seja um crime seguro e lucrativo."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

CORREIO BRAZILIENSE - 22 de novembro de 2010
Combate à corrupção na gaveta e submerso em lobbies
Izabelle Torres e Edson Luiz
Sem interesse dos políticos, projetos contra desvio de dinheiro público adormecem no Legislativo. Projetos anticorrupção empacam nas gavetas do Congresso Nacional e sequer andam nas comissões técnicas. Menos de 5% dos recursos desviados voltam para os cofres públicos[...]
[LEIA MAIS...]