O GOVERNO BISBILHOTA A VIDA ALHEIA
"Veio bisbilhotar a minha vida?" (paulohs2)
Comentário sobre a notícia em 03 de setembro de 2010:
"Fraudes a granel na Receita Federal. Aqui em terras brasileiras, qualquer malandro com dinheiro e prestígio pode bisblilhotar a vida financeira alheia. Como estas informaçoes estão guardadas por gente do governo, isto só pode acontecer se o bisbilhotado não for ligado ao governo. A bisbilhotada da vez é Veronica Serra, filha do candidato da oposição, José Serra. Primeiro, os chefes da Receita Federal disseram que a bisbilhotagem tinha sido uma pesquisa legal. Depois admitiram que a coisa tinha sido ilegal. E agora estão investigando. Daqui algum tempo, todo mundo já esqueceu e não se fala mais nisso. O brasileiro tem uma péssima memória, pois exatamente a um ano atrás surgiram histórias incríveis sobre bisbilhotagem na vida fincanceira do pessoal da oposição. Naquela época, alguém soprou para outro alguém, que deveria ser fuçado o que alguém do governo FHC andou gastando com os cartões corporativos da presidência. Escolheram uma especialista em bisbilhotagem, para pinçar com bastante agudeza os detalhes mais chamativos de toda a gastança que começou em 1998. Na primeira versão pública desta historia, a Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que tudo era pura invenção da oposição. Entretanto, a secretária-executiva da ministra, Erenice Guerra, confessou que armou o negócio por conta própria. Os escãndalos no Brasil são diversificados. Podem acontecer na Terra, na Água, ou no Ar. Na época, a ex-diretora da Anac, Denise Abreu, também aterrisou na pista escorregadia da Casa Civil do governo Lula, onde a candidata Dilma Rousseff mantém seu escritório eleitoral, sempre assessorada pela fiel escudeira, Erenice Guerra. Denise Abreu touxe na bagagem a história de uma negociata que aconteceu por ocasião da venda da Variglog. Dilma também disse que era tudo mentira. Tempos depois, a ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira reafirmou em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no final de 2008, quando lhe foi pedido para "agilizar" a fiscalização sobre o filho de Sarney, É "incabível", declarou. Dilma nega tudo, como sempre. Assim sendo, bisbilhotar não é uma palavra estranha ao atual governo, nem aos seus candidatos. O povo deveria exigir que fosse votada uma lei que colocasse câmeras com som em todos os orgãos públicos, gabinetes, ante-salas, em todos os lugares, e dentro de todos os aposentos do Congresso Nacional, em todas as Assembeias Legislativas, no judiciário, nas dependencias do Palacio do Planalto, e nas sedes dos governos estaduais e municipais, onde todos deveriam andar com um microfone na lapela. Todas as conversas telefônicas seriam ouvidas. Tudo seria filmado e gravado. Todos teriam a vida devassada. Nada de segredos. Desta forma teriamos uma verdadeira democracia."
WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ
ESTADO DE SÃO PAULO
Areia nos olhos do público
31/08/2010
EDITORIAL
A Receita Federal é um curioso organismo. Trata com implacável rigor o contribuinte, tido por definição como um sonegador em potencial a quem incumbe provar, obedecendo a exigências não raro bizantinas, que está com a sua vida fiscal em ordem. Ao mesmo tempo, para se autoconceder um atestado de inocência política, não se vexa de alegar que o vazamento das declarações de renda de pessoas ligadas ao candidato presidencial do PSDB, José Serra, se explicaria pelos indícios de existência de "um balcão de compra e venda de dados sigilosos", na delegacia do Fisco em Mauá, na Grande São Paulo, com vítimas a granel.[...]
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