DEVOLUÇÃO DA MP 446

Comentário sobre a notícia:

"Há muito tempo não elogio ardorosamente qualquer político que esteja exercendo a atividade parlamentar. E nem tenho visto alguém faze-lo. Mas ao cair da tarde do dia da Bandeira, em Brasilia, tive o prazer de ver o presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves (PMDB-RN), assumir uma atitude digna e corajosa, ao devolver a Medida Provisória 446, por ser a mesma imoral e indecorosa. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse não saber no que Garibaldi se apoiou. É uma constatação triste de que o ilustre deputado não sabe distinguir quando uma coisa é imoral e indecorosa. Somente em 1989, quando Sarney era presidente, é que havia acontecido uma devolução de MP por parte do presidente do Senado na época, José Ignácio Ferreira (ES). Por ocasião da votação que haverá no plenário do Senado para saber se a atitude de Garibaldi Alves foi certa ou errada, o senadores poderão mostrar a todos os brasileiros que a maioria deles sabe avaliar perfeitamente quando uma coisa é imoral e indecorosa. Se isto acontecer, todos deverão ser ardorosamente elogiados."

WILSON GORDON PARKER
wgparker@oi.com.br
Nova Friburgo (RJ)

Publicado no O GLOBO, 21 novembro 2008

Publicado na FOLHA DE SÃO PAULO, 21 novembro 2008
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ESTADO DE SÃO PAULO, 21 novembro 2008

EDITORIAL
"Garibaldi redime o Senado"
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JORNAL DO BRASIL, 21 novembro 2008

EDITORIAL
"O grito de alerta do Senado"
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), pôs uma pedra no atalho construído pelo governo para anistiar 2.274 entidades filantrópicas ameaçadas de perder os benefícios de isenção fiscal. Devolveu a Medida Provisória 446, chamada de MP das Filantrópicas, considerando-a "inconstitucional e inoportuna".
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JORNAL DO BRASIL, 21 NOVEMBRO 2008

"Governo recua, mas ainda quer anistia
Surpreendido com a decisão do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), de devolver ao Executivo a Medida Provisória 446, que trata do recadastramento das entidades filantrópicas..."
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Publicado no Estdado de São Paulo, 21 novembro 2008